Estudar e aprender para transformar o mundo

A for­mação de cons­ci­ência de classe não é um pro­cesso li­near. Pelo con­trário, são muito di­fe­rentes os mo­tivos e os ele­mentos que guiam uma pessoa até ao Par­tido que, de forma ímpar, de­fende os in­te­resses dos tra­ba­lha­dores e do povo por­tu­guês.

Al­guns em­batem na du­reza do con­fronto dos in­te­resses de classe no local de tra­balho e pro­curam a força po­lí­tica que res­ponde aos seus an­seios. Ou­tros co­nhecem o PCP e a jus­teza das suas pro­postas através de um amigo, de um co­lega ou de um fa­mi­liar. Apesar da mul­ti­pli­ci­dade dos ca­mi­nhos que guiam os novos mi­li­tantes até ao Par­tido, o ponto de che­gada é o mesmo: con­tri­buir, na me­dida das suas pos­si­bi­li­dades, para o re­forço do co­lec­tivo par­ti­dário e para a di­na­mi­zação da ac­ti­vi­dade do Par­tido e da luta dos tra­ba­lha­dores e do povo.

Os novos mi­li­tantes co­mu­nistas com quem o Avante! con­versou esta se­mana fi­zeram um ca­minho di­fe­rente. Foi a lei­tura de obras mar­xistas o pri­meiro passo que os le­varia ao mar­xismo-le­ni­nismo e, pos­te­ri­or­mente, ao PCP.

Hugo tem 29 anos e é na­tural do Rio de Ja­neiro, mas vive em Por­tugal há cerca de três anos. Ainda no Brasil, de­pois de ter­minar a li­cen­ci­a­tura, co­meçou a tra­ba­lhar numa em­presa na po­sição de «chefe de loja», as­su­mindo fun­ções onde passou a lidar com a vida de ou­tros tra­ba­lha­dores. A partir dessa po­sição, aper­cebeu-se de in­jus­tiças e des­pertou a cons­ci­ência de classe.

Foi através de vá­rios con­teúdos na In­ternet, que co­lo­cavam certas coisas de forma mais sim­ples, que co­meçou a sua jor­nada. Foi avan­çando, par­tindo para lei­turas mais com­plexas, co­nheceu o PCP através das redes so­ciais e, no final do ano pas­sado, bateu à porta de um Centro de Tra­balho.

Desde então que par­ti­cipa em todas as ini­ci­a­tivas em que pode e, mesmo assim, não em tantas quanto gos­taria. Ainda no fim-de-se­mana pas­sado par­ti­cipou na As­sem­bleia da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal de Aveiro, conta.

Apela a que todos man­te­nham uma mente aberta e um pen­sa­mento crí­tico em re­lação a tudo o que ouvem, que es­tudem e re­a­lizem um exer­cício de auto-co­nhe­ci­mento. Ele pró­prio, até há uns anos, oriundo de uma fa­mília de di­reita, con­si­de­rava estar po­si­ci­o­nado no «centro» do es­pectro po­lí­tico.

Ques­ti­o­nado em re­lação ao fu­turo, Hugo res­ponde que sabe que o seu ob­jec­tivo é ser co­mu­nista para a vida in­teira.

An­dreia tem 28 anos, é na­tural de Al­ber­garia-a-Velha e é bió­loga. Co­meçou a in­te­ressar-se pelo PCP quando ainda tra­ba­lhava na Uni­ver­si­dade de Aveiro (UA). Em con­junto com amigos, co­meçou a ler Marx e a aprender um pouco sobre mar­xismo. Foi algo que, ime­di­a­ta­mente, lhes fez sen­tido, uma vez que todos os seus amigos, ao verem inú­meras in­jus­tiças, sempre «ti­veram von­tade de mudar o mundo».

Con­tactou o Par­tido, di­rigiu-se a um Centro de Tra­balho e, em Ou­tubro do ano pas­sado, ins­creveu-se. Co­meçou por par­ti­cipar nas reu­niões da cé­lula do Par­tido na Uni­ver­si­dade de Aveiro e au­xi­liou o pro­cesso de cri­ação do Clube Mar­xista da­quela ins­ti­tuição. Tendo mu­dado de em­prego para a Fa­cul­dade de Ci­ên­cias da Uni­ver­si­dade de Lisboa, está hoje in­te­grada na or­ga­ni­zação con­ce­lhia de Al­ber­garia-a-Velha.

A cada dia que passa, está cada vez mais certa de que o ca­minho que pro­cu­rava está no PCP.

 



Mais artigos de: PCP

Impõe-se uma viragem nas políticas ambientais

O PCP as­si­nalou o Dia da Árvore na se­gunda-feira, 21, com a plan­tação de duas novas ár­vores na Quinta da Ata­laia e uma de­cla­ração de Je­ró­nimo de Sousa sobre a vi­ragem que se impõe nas po­lí­ticas am­bi­en­tais.

101 anos assinalados na Quinta da Atalaia

O 101.º ani­ver­sário do PCP foi co­me­mo­rado pelos ca­ma­radas da es­tru­tura cen­tral do Par­tido, na se­gunda-feira, 21, com al­moço na Quinta da Ata­laia.

Ida de Mário Machado à Ucrânia motiva indignação e revolta

O PCP olha com per­ple­xi­dade a de­cisão de um juiz do Tri­bunal Cen­tral de Ins­trução Cri­minal (TCIC) de dis­pensar das obri­ga­ções ju­di­ciais a que está su­jeito o mi­li­tante neo-nazi Mário Ma­chado para ir à Ucrânia.

Deslizes, ataques e falta de princípios

Se, nos dias que correm, é fácil definir tema na hora de escrever sobre os truques mediáticos usados para atacar o PCP, mais difícil é escolher um exemplo. A propaganda de guerra está montada, mas à medida que o tempo passa os descuidos e a incompetência vão evidenciando a propaganda mascarada de informação. A...

Aplicar subsídio de mobilidade na Madeira

O PCP considera «inaceitável» e «uma verdadeira falta de respeito pelos madeirenses e porto-santenses» a não aplicação do subsídio social de mobilidade para serviços aéreos e marítimos entre o continente e a Região Autónoma da Madeira e entre esta e a Região Autónoma dos Açores. A prestação, com objectivos de coesão...