Bloqueio dos EUA a Cuba é criminoso e deve acabar

A pre­si­dente do Con­selho Mun­dial da Paz (CMP), So­corro Gomes, de­nun­ciou o cri­mi­noso blo­queio norte-ame­ri­cano contra Cuba há mais de seis dé­cadas e des­tacou o exemplo da ilha ca­ri­benha na sua luta para con­ti­nuar a avançar.

O ob­jec­tivo do blo­queio é sub­jugar Cuba e o seu povo

«O blo­queio mata, é cri­mi­noso, é uni­la­teral e deve acabar. Os Es­tados Unidos da Amé­rica devem deixar Cuba viver em paz», su­bli­nhou a ac­ti­vista bra­si­leira numa in­ter­venção através do canal Eu­ropa para Cuba, que trans­mitiu no dia 3 uma «ma­ra­tona me­diá­tica» em so­li­da­ri­e­dade com a ilha. A pre­si­dente do CMP in­dicou que, para os mi­li­tantes que lutam em todo o mundo pela paz, é muito im­por­tante a de­fesa das ga­ran­tias dos di­reitos de Cuba.

So­corro Gomes as­si­nalou que Cuba de­cidiu de­fender-se como nação de­ter­mi­nada a ser in­de­pen­dente e dona do seu des­tino e fez uma re­vo­lução ba­seada nos di­reitos e nas ne­ces­si­dades dos mais hu­mildes e opri­midos. «Rompeu com o do­mínio do co­lo­ni­a­lismo e im­pe­ri­a­lismo norte-ame­ri­cano e con­quistou a sua so­be­rania, fruto da grande uni­dade do seu povo, que pro­cura cons­truir uma so­ci­e­dade justa, so­be­rana, hu­ma­nista, so­li­dária e in­ter­na­ci­o­na­lista no seu ca­minho de cons­trução so­ci­a­lista», en­fa­tizou.

Ad­vertiu que, ao longo de 60 anos, a pe­quena ilha teve de en­frentar os EUA, «a po­tência mais cruel, per­versa», e «o seu go­verno fora da lei» que con­tinua a des­ferir golpes e a tentar as­fi­xiar a po­pu­lação cu­bana para que o de­ses­pero leve o povo a re­belar-se contra as suas au­to­ri­dades re­vo­lu­ci­o­ná­rias. Essa é a ma­neira de Washington «tentar con­se­guir que Cuba se sub­meta aos de­síg­nios egoístas da do­mi­nação he­ge­mó­nica». É o mesmo que «o im­pe­ri­a­lismo norte-ame­ri­cano tenta fazer por todo o mundo», disse.

A di­ri­gente la­tino-ame­ri­cana in­surgiu-se contra a con­ti­nu­ação dessa po­lí­tica norte-ame­ri­cana apesar das re­so­lu­ções apro­vadas pelas Na­ções Unidas ao longo de 29 anos com o apoio da mai­oria dos países do mundo, que votam contra o cri­mi­noso blo­queio.

O ca­rácter ex­tra­ter­ri­to­rial das me­didas «pu­ni­tivas» per­mite aos EUA san­ci­onar bancos e em­presas que co­mer­ciam com Cuba e levar essas ins­ti­tui­ções pe­rante tri­bu­nais norte-ame­ri­canos. «Qual o ob­jec­tivo? Sub­jugar e vencer a Re­vo­lução Cu­bana», con­si­derou.

Co­mentou que o blo­queio, o mais longo e cruel da his­tória mo­derna, foi acom­pa­nhado desde 1961 pela in­vasão mer­ce­nária de Playa Girón, por anos de aten­tados, sa­bo­ta­gens e guerra me­diá­tica. «A res­posta de Cuba foi mais edu­cação, mais saúde, mais re­vo­lução, mais in­ter­na­ci­o­na­lismo», res­saltou.

Cuba res­ponde
com so­li­da­ri­e­dade

So­corro Gomes acen­tuou ainda que a cru­el­dade da po­lí­tica norte-ame­ri­cana foi pu­bli­ca­mente ex­posta du­rante os úl­timos anos, quando no meio da crise pro­vo­cada pela pan­demia de COVID-19 o go­verno norte-ame­ri­cano im­pediu a venda de me­di­ca­mentos e ali­mentos a Cuba.

Men­ci­onou que en­quanto o mundo pro­cu­rava so­lu­ções, quando era mais ne­ces­sária a co­o­pe­ração, a so­li­da­ri­e­dade entre povos e entre países, os EUA re­cru­des­ceram – de forma egoísta e de­su­mana – as san­ções contra a ilha e proi­biram a venda de equi­pa­mento mé­dico, meios de pro­tecção sa­ni­tária e ma­té­rias-primas para a pro­dução de me­di­ca­mentos.

«A res­posta de Cuba pe­rante essa si­tu­ação foi tra­ba­lhar com de­ter­mi­nação, sa­ga­ci­dade, in­te­li­gência e so­be­rania para des­co­brir quatro va­cinas contra a COVID-19», ex­pressou. E lem­brou como neste pe­ríodo de di­fi­cul­dades para toda a hu­ma­ni­dade, a nação ca­ri­benha dis­po­ni­bi­lizou bri­gadas de pro­fis­si­o­nais da saúde para ajudar vá­rios países pelo mundo. Ou seja, «Cuba res­ponde com hu­ma­nismo, com so­li­da­ri­e­dade, com co­o­pe­ração, en­quanto o go­verno norte-ame­ri­cano a agride», re­sumiu.

Se­gundo a pre­si­dente do CMP, «o im­pério de­ca­dente chocou com a von­tade de um povo digno, so­be­rano, de­ter­mi­nado a cons­truir o seu pró­prio des­tino frente à força bruta». Para So­corro Gomes, Cuba, com o seu exemplo, ga­nhou o apoio dos mo­vi­mentos de so­li­da­ri­e­dade assim como o res­peito e a ad­mi­ração de todos os povos do mundo.



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