Vitória histórica do partido Sinn Fein nas eleições na Irlanda do Norte

O partido Sinn Fein conquistou uma vitória eleitoral histórica na Irlanda do Norte ao ganhar a maioria dos assentos parlamentares nessa província britânica.

Com dois lugares ainda por definir, o Sinn Fein, que defende a unificação da Irlanda do Norte com a República da Irlanda, contava já com 27 dos 90 assentos que formam o Stortmont, como é chamada a assembleia local.

O Partido Democrático Unionista (DUP), que em 100 anos nunca tinha perdido uma eleição na Irlanda do Norte, obteve pelo menos 24 assentos e ficou em segundo lugar. Seguiu-se a Aliança, uma força liberal centrista, que conseguiu 17 lugares. Os restantes assentos repartiram-se por outras forças, a maioria cisões dos dois principais partidos.

Falando em Belfast, a vice-presidente do Sinn Fein e actual vice-primeira-ministra, Michelle O’Neill, prometeu liderar um governo inclusivo e diverso. Mas a vitória do Sinn Fein não significa que os republicanos dirijam o governo de imediato, pois os acordos de paz de 1988 obriga-os a partilhar o governo com o DUP, o que exigirá conversações.

Nas eleições locais parciais do dia 5, no Reino Unido, o Partido Conservador britânico, liderado por Boris Johnson, primeiro-ministro, perdeu quase 500 mandatos autárquicos em Inglaterra (338), em Gales (81) e na Escócia (62).

Analistas explicam a derrota dos conservadores pelos escândalos das festas ilegais envolvendo governantes durante a pandemia de COVID-19 e, sobretudo, pela subida dos preços da electricidade e do gás, pela inflação galopante e pelo aumento dos impostos.

A par do recuo do Partido Conservador, os resultados indicam avanços eleitorais dos trabalhistas e, sobretudo, dos liberais-democratas. Na Escócia, o Partido Nacional Escocês, à frente do governo autónomo regional, reforçou posições.




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