«Mínimos» não param a luta no Metropolitano de Lisboa

Com adesão ele­vada, como re­feriu à agência Lusa uma di­ri­gente da Fec­trans/​CGTP-IN, os tra­ba­lha­dores do Me­tro­po­li­tano de Lisboa fi­zeram greve an­te­ontem, dia 25, cum­prindo os ser­viços mí­nimos im­postos por uma de­cisão, for­te­mente con­tes­tada, do pre­si­dente do tri­bunal ar­bi­tral do Con­selho Eco­nó­mico e So­cial.

Ana­bela Car­va­lheira, em de­cla­ra­ções pu­bli­cadas na manhã do dia da pa­ra­li­sação, rei­terou a pre­o­cu­pação com a se­gu­rança da ope­ração do Metro, nestas con­di­ções, já ex­pressa na vés­pera pela fe­de­ração e de­mais es­tru­turas que con­vo­caram a luta.

Es­teve mar­cada uma greve para dia 12, que os sin­di­catos adi­aram, de­pois de ser no­meado um juiz-pre­si­dente co­nhe­cido por de­clarar que exige sempre ser­viços mí­nimos «por ques­tões ide­o­ló­gicas».

Para a de­cisão sobre a greve de ontem, o ár­bitro-pre­si­dente aceitou «pseu­do­provas» da ad­mi­nis­tração, sem ouvir as or­ga­ni­za­ções sin­di­cais, que de­ci­diram «não des­con­vocar, nem se­quer sus­pender» a greve.

Num co­mu­ni­cado con­junto, que in­ti­tu­laram «Não vão parar as lutas no Metro!», ape­laram «ao sen­tido de res­pon­sa­bi­li­dade dos tra­ba­lha­dores no­ti­fi­cados» para cum­prir ser­viço. Para os seis sin­di­catos, «a con­dição pri­mor­dial é ga­rantir a se­gu­rança dos uti­li­za­dores do nosso ser­viço pú­blico de trans­porte, não es­que­cendo todas as normas e re­gu­la­mentos em vigor, pois a em­presa la­men­ta­vel­mente de­mitiu-se dessa função».

O re­curso à greve foi de­ci­dido em ple­ná­rios de tra­ba­lha­dores e con­cre­ti­zado de­pois de os sin­di­catos re­ce­berem a in­for­mação de que a ad­mi­nis­tração do Metro não evo­luiria na sua po­sição ne­go­cial, por não ter au­to­ri­zação do Go­verno.

Paula Santos, da Co­missão Po­lí­tica do Co­mité Cen­tral do PCP e de­pu­tada, des­locou-se com ou­tros ca­ma­radas até às ins­ta­la­ções do Metro na Ave­nida Si­dónio Pais, na ma­dru­gada de se­gunda-feira, no início da greve. No con­tacto com o pi­quete, re­a­firmou a so­li­da­ri­e­dade do PCP para com esta justa luta, pela va­lo­ri­zação dos sa­lá­rios, pela con­tra­tação de pes­soal e por me­lhores con­di­ções de tra­balho.

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