Defender e aprofundar Abril na Constituição

«Con­cre­ti­zando-se este pro­cesso de re­visão cons­ti­tu­ci­onal nos termos que estão apon­tados, o PCP in­ter­virá, com a sua pró­pria ini­ci­a­tiva, no sen­tido de de­fender os va­lores de Abril e apro­fundar o pro­jecto de fu­turo que a Cons­ti­tuição da Re­pú­blica com­porta».

Estão à vista ob­jec­tivos de des­vir­tu­a­mento e mu­ti­lação da CRP

A po­sição do Par­tido foi di­vul­gada pelo seu ga­bi­nete de im­prensa face ao de­sen­ca­de­a­mento de pro­postas de al­te­ração ao texto fun­da­mental e, en­tre­tanto, apre­sentou já um con­junto de pro­postas na As­sem­bleia da Re­pú­blica. Mas o sen­tido é o de dar «firme com­bate a con­cep­ções an­ti­de­mo­crá­ticas que visam a im­po­sição de re­tro­cessos e a li­qui­dação de di­reitos no plano cons­ti­tu­ci­onal».

Isto porque «o PCP con­si­dera que o que é re­le­vante e de­ci­sivo a res­peito da Cons­ti­tuição da Re­pú­blica Por­tu­guesa (CRP) é o seu cum­pri­mento, a apli­cação e con­cre­ti­zação dos di­reitos que con­sagra, a efec­ti­vação da sua con­cepção ampla de de­mo­cracia, nas di­men­sões po­lí­tica, eco­nó­mica, so­cial e cul­tural».

O PCP su­blinha que «no cum­pri­mento da CRP e do seu pro­jecto, o povo por­tu­guês en­contra o sen­tido da res­posta que é pre­ciso dar às prin­ci­pais pre­o­cu­pa­ções e pro­blemas do pre­sente, mas também o ca­minho para um fu­turo de de­sen­vol­vi­mento so­be­rano, pro­gresso e jus­tiça so­cial».

Neste sen­tido, «a aber­tura de mais um pro­cesso de re­visão cons­ti­tu­ci­onal é uma de­cisão pre­ci­pi­tada, sem qual­quer ur­gência e em que estão já à vista ob­jec­tivos de des­vir­tu­a­mento e mu­ti­lação da CRP, do seu texto e pro­jecto e dos di­reitos que con­sagra».

«Ob­jec­tivos a que o PS, com a sua mai­oria ab­so­luta, de­cidiu dar aval e pos­si­bi­li­dades de con­cre­ti­zação», acusa, a con­cluir, o Par­tido.



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