Fórum de São Paulo solidário com Cuba, Venezuela e Nicarágua

Decorreu em Caracas, a 18 e 19 de Novembro, a reunião do Grupo de Trabalho do Fórum de São Paulo, com a participação de 60 delegados de 25 países da América Latina e das Caraíbas, da América do Norte e da Europa.

Depois de dois dias de trabalho – «de reflexão, definição e planificação para 2023» –, o organismo ratificou a solidariedade com Cuba, Venezuela e Nicarágua, face aos combates contra as forças da direita e do imperialismo.

A declaração final do encontro exigiu o levantamento imediato do recrudescido bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América ao povo cubano.

Exigiu também a exclusão de Cuba da espúria lista de países patrocinadores do terrorismo e reafirmou a solidariedade com a Revolução Cubana, rechaçando o assédio das campanhas mediáticas e manipuladoras visando subverter a ordem constitucional na ilha.

Expressou, além disso, o pleno reconhecimento do avanço vitorioso das lutas do povo nicaraguense na preservação da sua soberania nacional, saudou as suas conquistas e exigiu o cessar imediato das políticas agressivas dos EUA e da União Europeia. Pediu, além disso, o levantamento das medidas unilaterais e dos bloqueios contra a Nicarágua «livre, soberana e sandinista».

O texto destacou que a estabilidade política, a recuperação progressiva da economia e o aprofundamento da democracia revolucionária que a Venezuela vive é produto da intensa mobilização da unidade cívico-militar e da consciência patriótica do povo, protagonista fundamental do processo revolucionário.

Considerou que, na Venezuela, o diálogo nacional e a resistência frente ao plano posto em prática pelo imperialismo e a direita neoliberal tornou possível romper o cerco político e diplomático ao país e desencadear uma luta no plano nacional contra o bloqueio.

A República Bolivariana está no cenário internacional com a sua proposta de cooperação, de unidade dos povos, de equilíbrio da economia mundial e de paz, destaca a declaração.

 

Novas relações internacionais

Os delegados participantes no Grupo de Trabalho do Fórum de São Paulo consideraram que este é o momento histórico para retomar e aprofundar as transformações no campo da economia e da geopolítica. De igual modo, apelaram a acelerar «a transição para a multipolaridade democrática do mundo, com base em novas relações internacionais de cooperação e solidariedade».

E respaldaram os triunfos de Lula da Silva, no Brasil; de Gustavo Petro, na Colômbia; de Xiomara Castro, nas Honduras; de Gabriel Boric, no Chile; de Pedro Castillo, no Peru; de Luís Arce, na Bolívia; e de Alberto Fernández, na Argentina – os quais modificaram o mapa político da região. A declaração apoiou também as transformações sociais no México, encabeçadas pelo presidente López Obrador.

A declaração final do encontro do Grupo de Trabalho do Fórum de São Paulo partilhou a proposta de ex-presidentes e intelectuais da região para promover o renascimento da União das Nações Sul-americanas. Da mesma maneira, valorizou o intenso trabalho em prol da unidade política e cooperação realizado pela Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América-Tratado de Comércio dos Povos, que conseguiu ultrapassar dificuldades e enfrentar imensos desafios.




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