EUA com despesas militares recorde

O or­ça­mento mi­litar dos EUA para 2023 atinge a verba re­corde de 858 mil mi­lhões de dó­lares, tendo cres­cido mais de quatro por cento nos úl­timos dois anos. No Con­gresso, tanto os de­mo­cratas como a mai­oria dos re­pu­bli­canos apro­varam o do­cu­mento, tendo au­men­tado em 45 mil mi­lhões a pro­posta ini­cial.

Or­ça­mento do Pen­tá­gono para o pró­ximo ano atinge 858 mil mi­lhões de dó­lares

Os Es­tados Unidos da Amé­rica estão em vias de ver apro­vado um or­ça­mento mi­litar na­ci­onal para o pró­ximo ano fiscal que atinge os 858 mil mi­lhões de dó­lares, in­formam meios de co­mu­ni­cação em Washington.

O or­ça­mento, já apro­vado tanto pela Câ­mara dos Re­pre­sen­tantes como pelo Se­nado, e ob­jecto de longas ne­go­ci­a­ções no Con­gresso entre os par­tidos De­mo­crata e Re­pu­bli­cano, é su­pe­rior em 45 mil mi­lhões à pro­posta apre­sen­tada pelo pre­si­dente Joe Biden. Agora, o do­cu­mento só aguarda pela as­si­na­tura pre­si­den­cial, que acon­te­cerá antes do fim do ano. O or­ça­mento do Pen­tá­gono para 2023 cresceu 4,3 por cento no úl­timo biénio – sem contar com a in­flação –, um au­mento su­pe­rior ao ve­ri­fi­cado entre 2015 e 2021.

As des­pesas em aqui­si­ções su­birão con­si­de­ra­vel­mente no pró­ximo ano, in­cluindo um au­mento de 55 por cento no fi­nan­ci­a­mento do exér­cito para com­prar novos mís­seis e de 45 por cento para mais armas. Por mais que a ad­mi­nis­tração norte-ame­ri­cana re­la­cione este au­mento com a si­tu­ação na Ucrânia, a ver­dade é que estes não têm pa­rado de crescer nos úl­timos anos, re­pre­sen­tando sempre acima de um terço do total das des­pesas mi­li­tares mun­diais, ou seja, da de todos os ou­tros 192 países do mundo.

Vá­rios ana­listas ad­vertem que, na re­a­li­dade, para tentar con­servar a sua he­ge­monia, os EUA atiçam ten­sões em vá­rios pontos do pla­neta, as quais além do mais re­sultam num ne­gócio lu­cra­tivo para a in­dús­tria ar­ma­men­tista norte-ame­ri­cana.

Muito antes do eclodir das ac­ções mi­li­tares no Leste da Eu­ropa, em Fe­ve­reiro deste ano, o diário Global Times alertou que, por de­trás de tudo, estão as in­ten­ções da Casa Branca de sa­tis­fazer o ape­tite voraz do seu com­plexo mi­litar-in­dus­trial, que é quem mais ganha com a guerra. Nestes 10 meses, os EUA já en­vi­aram para a Ucrânia quase 20 mil mi­lhões de dó­lares em ar­ma­mento.

Além da «ajuda» mi­litar di­recta a Kiev, o or­ça­mento para 2023 des­tina também mais de seis mil mi­lhões de dó­lares para a cha­mada Ini­ci­a­tiva Eu­ro­peia de Dis­su­asão, um pro­grama lan­çado pela Casa Branca em 2014 para au­mentar a pre­sença norte-ame­ri­cana no con­ti­nente eu­ropeu por su­postos «mo­tivos de se­gu­rança».




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