Sapatos para os ricos e pobreza para quem os faz

Di­ri­gentes e ac­ti­vistas de sin­di­catos fi­li­ados na Fe­sete (que reúne os sec­tores do cal­çado, la­ni­fí­cios, têxtil, entre ou­tros) con­cen­traram-se no dia 21 no Porto, junto à loja do pre­si­dente da as­so­ci­ação pa­tronal, Luís Onofre. A acção teve como ob­jec­tivo ma­ni­festar o pro­testo pú­blico contra o con­ge­la­mento dos sa­lá­rios em 2022, a re­tri­buição sa­la­rial de parte sig­ni­fi­ca­tiva dos tra­ba­lha­dores apenas com o sa­lário mí­nimo e um baixo valor de sub­sídio de ali­men­tação.

A es­colha do local para a con­cen­tração tem sig­ni­fi­cado, ga­rante a fe­de­ração: Luís Onofre «vende pares de sa­patos por cen­tenas de euros, al­guns in­clu­sive su­pe­ri­ores ao sa­lário lí­quido mensal dum tra­ba­lhador que produz estes sa­patos. A esta prá­tica de pro­duzir sa­patos de alta qua­li­dade e ele­vado valor para calçar os mais ricos, im­pondo aos tra­ba­lha­dores sa­lá­rios no li­miar da po­breza, a Fe­sete e os seus sin­di­catos dizem Basta!»

A Se­cre­tária-geral da CGTP-IN, Isabel Ca­ma­rinha, es­teve pre­sente na con­cen­tração em que se exigiu uma ac­tu­a­li­zação sa­la­rial de 100 euros, o au­mento do sub­sídio de re­feição para 4,5 euros e o res­peito pelos ac­tuais di­reitos con­sa­grados no Con­trato Co­lec­tivo de Tra­balho.

 



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