Greve na Novadis exige negociação

Os tra­ba­lha­dores da No­vadis, em­presa de dis­tri­buição de be­bidas, es­ti­veram em greve nos dias 15, 16 e 21 de De­zembro, tendo neste úl­timo re­a­li­zado uma con­cen­tração em Lisboa com o ob­jec­tivo de «fazer ouvir aos seus pa­trões que estão firmes na luta, porque é justa e ne­ces­sária, face à ir­re­du­ti­bi­li­dade da No­vadis contra a ne­go­ci­ação do ca­derno rei­vin­di­ca­tivo».

«Sem ne­go­ci­ação, não sai o ca­mião», «para se ter Sa­gres na tor­neira, mais sa­lário na car­teira» e «contra a im­po­sição, a luta é so­lução», foram al­gumas das pa­la­vras de ordem en­to­adas pelos tra­ba­lha­dores, que nos panos que em­pu­nhavam de­fen­diam au­mentos sa­la­riais e pro­tes­tavam contra a pre­ca­ri­e­dade, os bancos de horas e o roubo dos di­reitos.

A pa­ra­li­sação segue-se à re­cusa da em­presa a ne­go­ciar o ca­derno rei­vin­di­ca­tivo cons­truído pelos tra­ba­lha­dores nos ple­ná­rios re­a­li­zados em di­versos es­ta­be­le­ci­mentos da em­presa por todo o País e de­pois en­viado pelo SINTAB à ad­mi­nis­tração. A em­presa re­mete para o que se en­contra con­sa­grado na con­tra­tação co­lec­tiva que mantém com o sin­di­cato da UGT e que os tra­ba­lha­dores sempre re­cu­saram por «não re­pre­sentar os seus in­te­resses», re­alça o SINTAB.

No ca­derno rei­vin­di­ca­tivo exige-se au­mentos sa­la­riais de 10 por cento em todos os sa­lá­rios, com ga­rantia de au­mento mí­nimo de 120 euros, me­lhoria do sub­sídio de ali­men­tação e da con­ci­li­ação da ac­ti­vi­dade pro­fis­si­onal com a vida pes­soal dos tra­ba­lha­dores.

 



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