Romagem ao Mausoléu dos Tarrafalistas integrada nos 50 anos do 25 de Abril

Em 2024, a homenagem organizada anualmente pela União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP) aos tarrafalistas será integrada nas comemorações dos 50 anos do 25 de Abril.

Este foi um dos maiores crimes do fascismo

A ideia foi avançada por Cláudia Martins, do Conselho Nacional da URAP, na romagem ao Mausoléu dos Tarrafalistas, que aconteceu no sábado passado, no cemitério do Alto de S. João, em Lisboa, «onde repousam os restos mortais de 32 presos políticos que, entre as centenas que o fascismo salazarista enviou para o “Campo da Morte Lenta”, no Tarrafal, não resistiram às condições prisionais terríveis e lá terminaram os últimos dias de suas vidas».

Assim, revelou, a próxima evocação deverá ser «iniciada por um desfile popular numa praça da cidade (de Lisboa), com os activistas da URAP e com muitas outras e outros democratas, empunhando cravos e as nossas bandeiras». A dirigente apelou ainda a «outras gerações» que «se juntem nesta luta que continua», mas também que «se juntem os esforços de todos os que estão com a democracia, para que o regime democrático português persista como uma conquista irreversível» e «o povo português siga na senda do progresso social, da justiça e da paz».

Cláudia Martins confirmou ainda que a URAP vai «continuar a contribuir para que a 27 de Abril do próximo ano, dia da libertação dos presos políticos do fascismo, finalmente se inaugure o Museu Nacional Resistência e Liberdade, na Fortaleza de Peniche, uma outra grande conquista de Abril em resultado da grande luta travada por ex-presos políticos, familiares e amigos, no amplo movimento de democratas e antifascistas que a URAP ajudou a criar e a dinamizar».

Numa cerimónia apresentada por Edgar Costa e com a presença de antifascistas de vários núcleos, foi colocada uma coroa de flores naquele monumento inaugurado há 45 anos. O dirigente deu ainda a conhecer o trabalho que a URAP está a realizar, tendo destacado as sessões em escolas de todo o País e as comemorações dos 50 anos do Congresso de Aveiro, no próximo dia 1 de Abril, sob o lema «A caminho do 25 de Abril».

No final, os «Hino de Caxias», «Companheiros, unidos», «Canta camarada, canta», «Firmeza», «Jornada» e «Acordai» foram entoados pelo Coro Lopes Graça, dirigido por Alexandre Branco, que chamou os presentes a cantar em conjunto, numa simbiose só possível entre pessoas que defendem os ideais de Abril.

A cerimónia – que contou com a solidariedade e apoio da Voz do Operário e da União de Sindicatos de Lisboa – terminou com «Grândola vila morena».

 



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