Por igualdade no trabalho e na vida

A igual­dade na lei deve ser efec­ti­vada no tra­balho e na vida, exige a CGTP-IN, através da sua Co­missão para a Igual­dade entre Mu­lheres e Ho­mens (CIMH), ao as­si­nalar o 8 de Março, como dia in­ter­na­ci­onal da mu­lher tra­ba­lha­dora.

Desde se­gunda-feira, de­corre a Se­mana da Igual­dade, com ac­ções por todo o País, exi­gindo res­postas do pa­tro­nato e do Go­verno para que sejam re­mo­vidos os fac­tores que geram de­si­gual­dades. A CIMH as­si­nala que mais de 60 por cento das jo­vens (me­nores de 25 anos) têm em­pregos pre­cá­rios, in­se­guros e mal pagos, en­quanto per­siste a dis­cri­mi­nação sa­la­rial para tra­balho igual. O tra­balho por turnos, à noite e ao fim-de-se­mana, que abrange mais de 873 mil mu­lheres, im­pede a con­ci­li­ação do tra­balho com a vida fa­mi­liar e pes­soal.

Em dez dis­tritos, foram agen­dadas ini­ci­a­tivas pú­blicas «A Igual­dade está na Rua».

A Se­cre­tária-geral da CGTP-IN, Isabel Ca­ma­rinha, es­teve ontem, dia 8, na Dan Cake, onde de­corria uma greve (ver pág. 32) e, de tarde, iria par­ti­cipar numa marcha, em Lisboa, entre a Ma­ter­ni­dade Al­fredo da Costa e o Mi­nis­tério do Tra­balho.

No dia 7, es­teve na es­tação de Santa Apo­lónia, na vi­gília do pes­soal dos bares dos com­boios Alfa e In­ter­ci­dades.

Estes tra­ba­lha­dores (mu­lheres, na mai­oria, e al­guns ca­sais), or­ga­ni­zados nos sin­di­catos da Ho­te­laria do Norte e do Sul (da Fe­saht/​CGTP-IN), en­traram em greve no dia 1, por tempo in­de­ter­mi­nado, e mantêm vi­gí­lias desde dia 6 nas es­ta­ções de Cam­panhã e Santa Apo­lónia. Têm o sa­lário de Fe­ve­reiro por re­ceber, mas há dez meses que o pa­ga­mento aos tra­ba­lha­dores teve de ser exi­gido com con­vo­cação de greves.

A CP é res­pon­sa­bi­li­zada pela de­cisão de en­tregar o ser­viço – es­sen­cial e obri­ga­tório por lei – à Ape­a­deiro 2020, uma con­ces­si­o­nária «muito vul­ne­rável», por um valor «in­su­fi­ci­ente para manter os postos de tra­balho e as­se­gurar o ser­viço», como disse Fran­cisco Fi­guei­redo à agência Lusa. O di­ri­gente da Fe­saht rei­terou a exi­gência de que a CP as­se­gure di­rec­ta­mente o ser­viço e os postos de tra­balho e pague os sa­lá­rios em dí­vida.

Para ontem, ao final da manhã, es­tava mar­cada uma reu­nião no Mi­nis­tério do Tra­balho (Porto), com re­pre­sen­tantes dos tra­ba­lha­dores, da CP e da con­ces­si­o­nária.

Du­arte Alves, de­pu­tado do PCP (que ques­ti­onou o Go­verno, a 27 de Fe­ve­reiro), es­teve com os tra­ba­lha­dores na con­cen­tração re­a­li­zada junto do Mi­nis­tério das Infra-es­tru­turas, dia 1, o pri­meiro dia da greve, e também na vi­gília, em Lisboa.

No dia 3, sexta-feira, um grupo de en­fer­meiras dis­cri­mi­nadas por terem sido mães, foram à se­cre­taria de Es­tado da Igual­dade, exigir que seja posto fim a uma si­tu­ação que per­dura desde 2018 na Ad­mi­nis­tração Re­gi­onal de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo. Zo­raima Prado, di­ri­gente do SEP/​CGTP-IN, ex­plicou que há re­gisto de 25 en­fer­meiras da ARSLVT que não ti­veram pro­gressão sa­la­rial e não foram in­te­gradas na ca­te­goria de es­pe­ci­a­lista, pelo facto de terem usu­fruído do di­reito a li­cença pa­rental.

 



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