PCP bate-se pelo direito à mobilidade

Nos dis­tritos de Braga e de Viana do Cas­telo, as or­ga­ni­za­ções re­gi­o­nais do PCP re­a­firmam po­si­ções em de­fesa do di­reito à mo­bi­li­dade da po­pu­lação de ambas as re­giões mi­nhotas. O mesmo que faz, aliás, em todo o País.

No dis­trito de Braga, a im­ple­men­tação do passe so­cial in­ter­modal – quatro anos após a sua cri­ação na Áreas Me­tro­po­li­tanas de Lisboa e do Porto – con­tinua por se con­cre­tizar. A de­núncia é da Di­recção da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal de Braga (DORB) do PCP, numa nota de im­prensa emi­tida no início deste mês. Se­gundo o or­ga­nismo, são, so­bre­tudo, as op­ções do Go­verno e a pas­si­vi­dade dos di­fe­rentes exe­cu­tivos ca­ma­rá­rios PS e PSD da re­gião, que têm tra­vado a im­ple­men­tação desta im­por­tante me­dida que ser­viria os ter­ri­tó­rios e a po­pu­lação das Co­mu­ni­dades In­ter­mu­ni­ci­pais (CIM) do Cá­vado, do Ave e da Área Me­tro­po­li­tana do Porto.

Apesar de avanços re­gis­tados com o Pro­grama de Apoio à Re­dução Ta­ri­fária (que surgiu no Or­ça­mento do Es­tado para 2019 por força do PCP), como a re­dução dos va­lores pra­ti­cados pelas di­fe­rentes em­presas que servem a re­gião, a in­ter­mo­da­li­dade e a apli­cação si­mul­tânea dos mesmos ainda não se con­cre­tizou de forma plena no dis­trito. «Con­ti­nuam a chegar ao PCP re­latos de si­tu­a­ções de utentes que são for­çados a com­prar di­versos tí­tulos de vá­rias ope­ra­doras com âm­bitos ge­o­grá­ficos di­fe­rentes dentro da re­gião de Braga, in­cluindo para vi­a­gens curtas, ou de blo­queios na apli­cação das re­du­ções ta­ri­fá­rias», sa­li­enta a nota da DORB.

Para além da im­pres­cin­dível con­cre­ti­zação da re­dução do custo dos passes, da apli­cação de um único tí­tulo in­ter­modal de trans­porte, de mais oferta e qua­li­dade, de se­gu­rança e fi­a­bi­li­dade dos trans­portes, a DORB do PCP exige que a aposta nos trans­portes pú­blicos seja uma pri­o­ri­dade «mais sig­ni­fi­ca­tiva e equi­ta­tiva para todo o ter­ri­tório na­ci­onal».

A DORB ga­rante ainda que os eleitos au­tár­quicos da CDU nos con­ce­lhos da re­gião se em­pe­nharão, através da apre­sen­tação de pro­postas con­cretas, na de­fesa da con­cre­ti­zação de um Passe So­cial In­ter­modal que sirva estes ter­ri­tó­rios.

 

Viana do Cas­telo

A Di­recção da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal de Viana do Cas­telo (DORVIC) do PCP apontou que o con­curso pú­blico in­ter­na­ci­onal apre­sen­tado, no mês pas­sado, pela CIM do Alto Minho, em ar­ti­cu­lação com dez câ­maras mu­ni­ci­pais do dis­trito, é «mais uma opor­tu­ni­dade per­dida para re­solver pro­blemas».

De acordo com a or­ga­ni­zação co­mu­nista, o con­curso para a rede in­ter­mu­ni­cipal – lan­çado sem um co­nhe­ci­mento real da oferta, pro­cura e ne­ces­si­dades da po­pu­lação – apenas junta as car­reiras exis­tentes já muito in­su­fi­ci­entes, não prevê a im­ple­men­tação das verbas ins­critas no Or­ça­mento do Es­tado para a re­dução ta­ri­fária e re­forço da oferta e não con­templa re­gras de qua­li­dade nem pe­na­li­za­ções para o in­cum­pri­mento de ser­viços para o ope­rador pri­vado.

 

Ou­tras lo­ca­li­dades

Vá­rias ou­tras or­ga­ni­za­ções do PCP têm as­su­mido po­si­ções em de­fesa do di­reito à mo­bi­li­dade. Uma delas foi a Or­ga­ni­zação de Re­for­mados do Con­celho de San­tarém que se re­feriu às in­su­fi­ci­ên­cias do ser­viço de trans­portes Mobi.Sé­nior pres­tado pelo mu­ni­cípio, exi­gindo mais ho­rá­rios, car­reiras e uma maior adap­ta­bi­li­dade e con­forto dos veí­culos para os seus utentes.

Já as or­ga­ni­za­ções de fre­guesia da Bo­ba­dela e Santa Iria da Azoia, no con­celho de Loures, exi­giram a re­a­bi­li­tação das es­ta­ções fer­ro­viá­rias de ambas as fre­gue­sias, de forma a com­pa­ti­bi­lizar e har­mo­nizar a cir­cu­lação da po­pu­lação e dos mi­lhares de jo­vens que são es­pe­rados na re­gião para a Jor­nada Mun­dial da Ju­ven­tude.

Por úl­timo, a Co­missão Con­ce­lhia de Leiria deu um pa­recer ne­ga­tivo à pro­posta de des­lo­ca­li­zação da es­tação ro­do­viária para a zona des­por­tiva do con­celho. Esta, ga­rante, deve servir à prá­tica do des­porto, com a ins­ta­lação de equi­pa­mentos des­por­tivos, como o já pre­visto pa­vi­lhão de des­portos. Por outro lado, o or­ga­nismo co­mu­nista mantém a con­si­de­ração de que a saída da es­tação ro­do­viária do local onde se en­contra há de­zenas de anos aba­lará, de forma es­tru­tural, a eco­nomia do centro da ci­dade.

 



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