Fiscalização dos serviços de informações

O PCP quer al­terar o re­gime de fis­ca­li­zação par­la­mentar do Sis­tema de In­for­ma­ções da Re­pú­blica Por­tu­guesa (SIRP), tendo apre­sen­tado um pro­jecto de lei nesse sen­tido. Pelo ac­tual re­gime, esta fis­ca­li­zação não é feita di­rec­ta­mente pela As­sem­bleia da Re­pú­blica, mas através da in­ter­po­sição de um Con­selho de Fis­ca­li­zação in­te­grado por três per­so­na­li­dades, in­di­cadas por acordo entre os dois com maior re­pre­sen­tação par­la­mentar, o PS e o PSD.

Para o PCP, a As­sem­bleia da Re­pú­blica não se res­tringe a estes par­tidos, cujos de­pu­tados não têm uma le­gi­ti­mi­dade su­pe­rior à dos res­tantes. Assim, con­si­dera o PCP numa nota emi­tida no dia 24 de Maio, «não há fis­ca­li­zação par­la­mentar de­mo­crá­tica de coisa ne­nhuma quando uma parte do Par­la­mento é pura e sim­ples­mente ex­cluída do exer­cício dessa fis­ca­li­zação. Im­porta por isso re­pensar se­ri­a­mente o modo de fis­ca­li­zação par­la­mentar dos Ser­viços de In­for­ma­ções.

No seu pro­jecto, o PCP propõe o es­ta­be­le­ci­mento claro dos li­mites de ac­tu­ação dos Ser­viços de In­for­ma­ções, ve­dando ab­so­lu­ta­mente a sua pos­si­bi­li­dade de aceder, di­recta ou in­di­re­ta­mente, a quais­quer dados ob­tidos por via de in­ge­rência da cor­res­pon­dência, te­le­co­mu­ni­ca­ções e de­mais meios de co­mu­ni­cação (in­cluindo dados de trá­fego, lo­ca­li­zação ou ou­tros). Quanto à fis­ca­li­zação, deve ser as­se­gu­rada di­rec­ta­mente pela As­sem­bleia da Re­pú­blica, através de uma Co­missão de Fis­ca­li­zação pre­si­dida pelo pre­si­dente da As­sem­bleia da Re­pú­blica e que in­tegre os pre­si­dentes dos grupos par­la­men­tares e das co­mis­sões par­la­men­tares de As­suntos Cons­ti­tu­ci­o­nais, Di­reitos, Li­ber­dades e Ga­ran­tias, de De­fesa Na­ci­onal e de Ne­gó­cios Es­tran­geiros.

O PCP su­blinha ainda que os acon­te­ci­mentos re­centes re­la­ci­o­nados com uma in­ter­venção ma­ni­fes­ta­mente ilegal por parte do Ser­viço de In­for­ma­ções de Se­gu­rança, e a ac­tu­ação do Con­selho de Fis­ca­li­zação do SIRP pe­rante tal ocor­rência, co­locam uma vez mais em causa a cre­di­bi­li­dade dos ac­tuais me­ca­nismos de fis­ca­li­zação.

 



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