Organizações Regionais do Partido reflectem a luta de todos os dias

É todo um país que está ao al­cance do vi­si­tante. Co­nhecê-lo, na sua di­ver­si­dade e no que tem de me­lhor: desde logo as suas gentes, os que pro­duzem a ri­queza, os tra­ba­lha­dores, as suas as­pi­ra­ções e a sua luta pelos di­reitos la­bo­rais e so­ciais, por uma vida me­lhor. Mas também a sua cul­tura, o pa­tri­mónio, a gas­tro­nomia, pro­dutos de ex­ce­lência como a do­çaria, os vi­nhos, queijos ou en­chidos, o ar­te­sa­nato. É tudo isto que du­rante três dias as or­ga­ni­za­ções re­gi­o­nais do PCP ofe­recem ao vi­si­tante da Festa.

«As con­quistas de Abril» é o tema do es­paço dos Açores, que traz con­sigo a luta deste ter­ri­tório au­tó­nomo em de­fesa do em­prego e de di­reitos, como acon­teceu, por exemplo, na Co­faco, no co­mércio, es­cri­tó­rios e ser­viços, na Co­o­pe­ra­tiva Praia Cul­tural, nas cre­ches e jar­dins de in­fância, nos ma­ta­douros, nas es­colas, na jus­tiça, na Ad­mi­nis­tração Pú­blica.
Des­taque ainda para as rei­vin­di­ca­ções em torno da me­lhoria dos ca­mi­nhos agrí­colas, da saúde e da edu­cação.

 

Sob o tema «Le­van­tado do Chão», a partir da evo­cação do cen­te­nário do es­critor co­mu­nista José Sa­ra­mago, o espaço Alen­tejo afirma a his­tória e o fu­turo desta terra, tendo como ele­mentos prin­ci­pais a va­lo­ri­zação do tra­balho e dos tra­ba­lha­dores, par­ti­cu­lar­mente agrí­colas, a uti­li­zação da terra e o de­sen­vol­vi­mento dos ter­ri­tó­rios, o papel da luta dos tra­ba­lha­dores e das po­pu­la­ções, o papel do PCP na re­gião. Uma vez mais no es­paço ha­verá va­lo­ri­zação e di­vul­gação do pa­tri­mónio, no ar­te­sa­nato, nos vi­nhos e na gas­tro­nomia.

 

O Al­garve aborda a pro­dução re­gi­onal, um dos muitos temas abor­dados du­rante as jor­nadas de tra­balho dos de­pu­tados co­mu­nistas no Par­la­mento Eu­ropeu no dis­trito de Faro em Julho. Este é ponto de en­contro de muitos que aqui tomam con­tacto com a in­ter­venção, acção e pro­postas do PCP na re­gião e com as lutas dos tra­ba­lha­dores e das po­pu­la­ções.

 

O es­paço de Aveiro é de­di­cado à pro­dução na­ci­onal, des­ta­cando-se a im­por­tância do sector pri­mário no dis­trito, a sua con­tri­buição para a so­be­rania ali­mentar, as prin­ci­pais di­fi­cul­dades sen­tidas e as pro­postas do PCP.

 

O livro «Margem Es­querda» será apre­sen­tado em Braga, com a pre­sença do autor Abílio Ma­chado. Esta obra de­bruça-se sobre a vida e ex­pe­ri­ên­cias na vila ope­rária de Riba D’Ave, si­tuado na margem es­querda do rio Ave e onde as lutas ope­rá­rias foram um im­por­tante con­tri­buto para o de­sen­vol­vi­mento da cons­ci­ência de classe em todo o Vale do Ave. No es­paço, des­taque para o ar­te­sa­nato, feito pelas mãos de ho­mens e mu­lheres do Minho.

 

Bra­gança tem uma de­co­ração do es­paço e ex­po­sição de­di­cada ao olival tra­di­ci­onal, que se en­contra ame­a­çado em vá­rias frentes e ne­ces­sita, com ur­gência, de uma es­tra­tégia na­ci­onal para a sua de­fesa.

 

O pa­vi­lhão de Cas­telo Branco e Guarda re­flecte a ac­tu­a­li­dade da luta pelos va­lores de Abril no fu­turo de Por­tugal e a ac­ti­vi­dade do Par­tido nos dois dis­tritos, com des­taque para as Jor­nadas Par­la­men­tares do PCP na Serra da Es­trela e as cam­pa­nhas «Viver me­lhor na nossa terra» e «Mais força aos tra­ba­lha­dores».

 

Si­mul­ta­ne­a­mente, os co­mu­nistas de Coimbra afirmam a luta mais geral do Par­tido, o seu pro­jecto de so­ci­e­dade, re­la­ci­o­nando-a com temas con­cretos da in­ter­venção no dis­trito e no País.

 

«No dis­trito de Leiria – Toma-se a ini­ci­a­tiva, re­força-se o Par­tido» é o lema que dá mote à de­co­ração po­lí­tica de Leiria. Num im­por­tante dis­trito do ponto de vista eco­nó­mico, onde a classe ope­rária é abun­dante e a acção or­ga­ni­zada dos tra­ba­lha­dores e das po­pu­la­ções tem his­tória, o tempo pre­sente é de luta pelos di­reitos la­bo­rais e so­ciais e pela res­posta às ne­ces­si­dades pre­mentes, no­me­a­da­mente no plano da saúde, edu­cação, mo­bi­li­dade e trans­portes.

 

Com di­versos pai­néis cri­ados por di­fe­rentes ar­tistas, Lisboa dá ex­pressão à luta, bem como às pro­postas do PCP para ga­rantir o di­reito à ha­bi­tação. «Com as con­di­ções de vida a agra­varem-se, com o au­mento do custo de vida, no­me­a­da­mente das taxas de juro e rendas, a ga­rantia do di­reito à ha­bi­tação é questão cen­tral na vida do povo e tra­ba­lha­dores do dis­trito de Lisboa», con­si­deram os co­mu­nistas.
Ali, são dis­po­ni­bi­li­zados es­paços como o Al­far­ra­bista, a Feira da Ladra, o Pa­vi­lhão do Co­lec­ci­o­nador e o Sai-Sempre. Des­taque também para as noites de fado, todos os dias, a partir das 20h00.

 

A Ma­deira apre­senta uma ex­po­sição in­ti­tu­lada «CDU con­tigo todos os dias, a tua voz na As­sem­bleia Re­gi­onal», que in­cide sobre o tra­balho de­sen­vol­vido pelo PCP e a CDU na Re­gião, no com­bate à po­lí­tica de ex­plo­ração e em­po­bre­ci­mento le­vada a cabo pelos su­ces­sivos go­vernos re­gi­o­nais do PSD, com ou sem o CDS, afir­mando que é pos­sível viver me­lhor na Re­gião Au­tó­noma da Ma­deira.

 

O Porto as­si­nala os 90 anos de Álvaro Siza Vi­eira, com a sessão «A obra de Álvaro Siza Vi­eira. Ar­qui­tec­tura e pro­gresso so­cial». O es­paço dá ainda des­taque à ex­po­sição evo­ca­tiva da «Greve dos 71 dias», que os pes­ca­dores de Ma­to­si­nhos re­a­li­zaram em pleno fas­cismo e que contou com amplo apoio e so­li­da­ri­e­dade de ou­tros tra­ba­lha­dores e da po­pu­lação.

 

No âm­bito dos 50 anos da Re­vo­lução de Abril, San­tarém evi­dencia a con­quista do Ser­viço Na­ci­onal de Saúde (SNS). A ex­po­sição tem vá­rios ele­mentos sobre as con­sequên­cias da po­lí­tica de di­reita no dis­trito.

 

Se­túbal fala de outra con­quista do 25 de Abril: o Poder Local De­mo­crá­tico. As­si­nala-se também o cen­te­nário do nas­ci­mento do Bar­rei­rense Au­gusto Ca­brita, um dos mai­ores fo­tó­grafos por­tu­gueses do sé­culo XX. Neste es­paço marcam pre­sença os de­bates sobre ques­tões e temas como «Os ho­rá­rios e os ritmos de tra­balho – Tra­balho noc­turno e por turnos. E as pro­postas do PCP».

 

Viana do Cas­telo apre­senta um painel com a men­sagem «25 de Abril, so­li­da­ri­e­dade sempre». Noutro «mural» su­blinha-se a luta pela cri­ação de uma rede de trans­portes pú­blicos, ro­do­viá­rios e fer­ro­viá­rios, no dis­trito, que ga­ranta a res­posta às ne­ces­si­dades e a ga­rantia de preços com­pa­tí­veis com o poder de compra, e equi­pa­rados aos pra­ti­cados nas áreas me­tro­po­li­tanas.


Vila Real foca-se nas mai­ores ri­quezas da re­gião: os re­cursos na­tu­rais, desde os bal­dios e flo­resta, às bar­ra­gens e raças au­tóc­tones, entre ou­tros. Neste sen­tido, terá lugar o de­bate «Ri­queza na­tural e de­si­gual­dade so­cial: re­pensar a gestão dos re­cursos de Trás-os-Montes e Alto Douro».


O pa­vi­lhão de Viseu re­corda o papel de Aqui­lino Ri­beiro e da sua obra, com o de­bate «É pos­sível falar do Douro sem re­fe­rência a Alves Redol?». Aqui, o vi­si­tante po­derá en­con­trar vá­rios pro­dutos re­gi­o­nais.



Emi­gração

O Pa­vi­lhão da Emi­gração é o es­paço ha­bi­tual de en­con­tros, re­en­con­tros e con­vívio, so­bre­tudo para os que vivem e tra­ba­lham fora de Por­tugal. É aqui que se juntam e matam sau­dades dos tra­di­ci­o­nais pe­tiscos que são um ver­da­deiro de­safio aos sen­tidos.

 

Pa­vi­lhão do Imi­grante

A so­li­da­ri­e­dade entre tra­ba­lha­dores de todas as na­ci­o­na­li­dades, unidos contra a ex­plo­ração, as in­jus­tiças e as de­si­gual­dades e na luta por um mundo me­lhor, está, uma vez mais, pre­sente no Pa­vi­lhão dos Imi­grantes.

Neste es­paço es­tará pa­tente uma ex­po­sição que abor­dará os 50 anos do 25 de Abril e a luta em de­fesa dos di­reitos dos Imi­grantes e as pro­postas do Par­tido para a Imi­gração.

 

Pa­vi­lhão da Mu­lher

O Pa­vi­lhão da Mu­lher dá cen­tra­li­dade, por di­versas formas, aos 50 anos de Abril e o efeito li­ber­tador e re­vo­lu­ci­o­nário na con­dição da mu­lher na fa­mília, no tra­balho e na so­ci­e­dade, co­lo­cando a luta das mu­lheres como ele­mento ful­cral para cum­prir Abril na vida das mu­lheres.

50 anos de­pois, muitas das con­quistas da Re­vo­lução dos Cravos estão por con­cre­tizar, de facto, na vida das mu­lheres, mas os seus va­lores e di­reitos afirmam no pre­sente e para o fu­turo justas e ne­ces­sá­rias ra­zões de luta das mu­lheres por me­lhores con­di­ções de vida, pela igual­dade no tra­balho e na vida, num ca­minho que vise a sua eman­ci­pação so­cial.

Será evi­den­ciado o papel do PCP como o mais só­lido aliado das as­pi­ra­ções das mu­lheres, na con­cre­ti­zação de uma nova po­lí­tica que res­peite e faça cum­prir os seus di­reitos, an­co­rados nos va­lores de Abril e na Cons­ti­tuição da Re­pú­blica.

 



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