Adido militar francês no Burkina Faso expulso por actividades subversivas

O Burkina Faso expulsou o adido militar da embaixada francesa em Uagadugu, por actividades «subversivas», informou no dia 15 a agência noticiosa burquinense AIB.

As autoridades deram um prazo de duas semanas ao diplomata e a todo o pessoal militar da embaixada para abandonar o país africano. Em paralelo, o Burkina Faso encerrou na véspera a sua missão militar em Paris.

No início de 2022, militares burquinenses, chefiados pelo tenente-coronel Sandaogo Damiba, destituíram o presidente Roch Kaboré e assumiram o poder em nome do Movimento Patriótico de Salvaguarda e Restauração. Em Setembro de 2022, um grupo de militares, do mesmo movimento, liderado pelo capitão Ibrahim Traoré, derrubou Damiba.

Em Janeiro deste ano, o Burkina Faso pôs fim a todas as operações militares dirigidas pela França no seu território, onde se encontravam forças francesas ao abrigo de um acordo assinado em 2018, segundo o qual Paris ajudaria Uagadugu a combater grupos jihadistas que actuam no Sahel.

Tal como aconteceu com o Mali e o Níger, os laços do Burkina Faso com a França deterioraram-se. Os três países africanos e seus novos dirigentes – que assinaram no dia 16 um pacto de defesa colectiva denominado Aliança dos Estados do Sahel – acusam a antiga potência colonial de, no plano militar, ter contribuído para o agravamento do terrorismo na região e de, no plano político e económico, pretender continuar a impor-lhes relações neocolonialistas, ameaçando a sua independência e soberania e impedindo o desenvolvimento dos seus povos.




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