Partido eslovaco defende solução de paz para Ucrânia

A Es­lo­vá­quia foi às urnas, em elei­ções le­gis­la­tivas an­te­ci­padas. Está agora em curso o pro­cesso de for­mação de um novo go­verno, ta­refa de que foi en­car­re­gado o líder da força mais vo­tada, Ro­bert Fico, do par­tido Smer.

Força mais vo­tada na Es­lo­vá­quia afirma ser contra o envio de armas para a Ucrânia

A pre­si­dente da Es­lo­vá­quia, Zu­zana Ca­pu­tova, en­car­regou na se­gunda-feira, 2, Ro­bert Fico, líder do par­tido Smer, da ta­refa de formar go­verno, in­formou a im­prensa em Bra­tis­lava.

Nas elei­ções le­gis­la­tivas an­te­ci­padas de 30 de Se­tembro, o Smer, ca­rac­te­ri­zado como so­cial-de­mo­crata, foi o par­tido mais vo­tado, com 22,94 por cento dos votos, as­se­gu­rando 42 as­sentos dos 150 da As­sem­bleia Na­ci­onal (par­la­mento). Em se­gundo lugar, ficou o par­tido li­beral Es­lo­vá­quia Pro­gres­sista, com 17,96 por cento e 32 de­pu­tados.

Num país de cerca de 5,5 mi­lhões e ha­bi­tantes, a par­ti­ci­pação elei­toral foi ele­vada, tendo vo­tado 68,4 por cento dos 4,3 mi­lhões de elei­tores ins­critos.

Ne­nhuma das duas for­ma­ções mais vo­tadas conta com mai­oria par­la­mentar para formar um go­verno uni­par­ti­dário, pelo que terão de pro­curar en­ten­di­mentos para uma so­lução go­ver­na­mental.

Ana­listas es­lo­vacos su­gerem que Ro­bert Fico ten­tará co­ligar-se com a ter­ceira força po­lí­tica mais vo­tada, o Hlas, que ob­teve 14,7 por cento dos votos (27 de­pu­tados) e é uma dis­si­dência do Smer. Po­derá também en­trar na co­li­gação o par­tido na­ci­o­na­lista SNS, que con­se­guiu 5,62 dos votos (10 as­sentos). Juntas, estas três forças te­riam 79 de­pu­tados, lo­grando assim uma mai­oria ab­so­luta par­la­mentar.

Ro­bert Fico, caso con­siga formar go­verno, exer­cerá o cargo de pri­meiro-mi­nistro pela ter­ceira vez. Antes, che­fiou o go­verno es­lo­vaco em dois pe­ríodos (2006-2010 e 2012-2018). Antes das le­gis­la­tivas de 30 de Se­tembro, ma­ni­festou-se contra o envio de armas para Kiev e pro­nun­ciou-se a favor de uma so­lução po­lí­tica para a guerra na Ucrânia, opondo-se também à en­trada desse país na NATO, bem como às san­ções eco­nó­micas im­postas à Rússia. Na cam­panha elei­toral, pugnou pela de­fesa dos in­te­resses na­ci­o­nais da Es­lo­vá­quia em de­tri­mento de um ali­nha­mento in­ter­na­ci­onal com as po­si­ções be­li­cistas dos Es­tados Unidos da Amé­rica, da NATO e da União Eu­ro­peia.

 



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