República Popular da China comemorou 74 anos

O povo chinês fes­tejou os 74 anos da fun­dação da Re­pú­blica Po­pular da China, com os olhos postos no fu­turo, na cons­trução de um «país po­de­roso» e na «re­vi­ta­li­zação da nação».

Reu­ni­fi­cação da China «cons­titui uma ne­ces­si­dade his­tó­rica»

As ce­le­bra­ções re­a­li­zaram-se no do­mingo, 1 de Ou­tubro, no qual se as­si­nala o dia na­ci­onal e os 74 anos da cri­ação da Re­pú­blica Po­pular da China. Nesse dia, em 1949, o Par­tido Co­mu­nista da China (PCC) de­clarou a vi­tória na Guerra de Li­ber­tação e pro­clamou a Re­pú­blica Po­pular da China, num acto re­a­li­zado na Praça de Ti­a­nanmen.

Neste ano, para co­me­morar a efe­mé­ride, lu­gares pú­blicos, edi­fí­cios e vi­a­turas foram or­na­men­tados com ban­deiras ver­me­lhas. E de­corre a Se­mana de Ouro, ini­ci­a­tiva do go­verno que con­cede sete dias aos tra­ba­lha­dores para vi­sitar fa­mi­li­ares.

As­si­na­lando a data, o pre­si­dente Xi Jin­ping lem­brou os êxitos da China e falou dos de­sa­fios que en­frenta. Pe­rante ou­tros di­ri­gentes do PCC e do Es­tado, e do corpo di­plo­má­tico acre­di­tado em Pe­quim, de­fendeu uma nova con­cepção de de­sen­vol­vi­mento na­ci­onal que per­mita a mo­der­ni­zação do país e o cum­pri­mento do ob­jec­tivo da «grande re­vi­ta­li­zação da nação».

Alertou para os de­sa­fios que o gi­gante asiá­tico en­frenta num con­texto in­ter­na­ci­onal de in­tensas trans­for­ma­ções. E instou a au­mentar o em­prego, a con­so­lidar a luta contra a po­breza e a re­solver ou­tros pro­blemas que pre­o­cupam o povo. «Con­tem­plamos ho­ri­zontes pro­mis­sores, a união faz a força e a con­fi­ança vale mais que ouro, há que le­vantar o ânimo para su­perar di­fi­cul­dades e avançar juntos até à gran­diosa meta de cons­truir um país po­de­roso e a re­vi­ta­li­zação da nação», disse.

O pre­si­dente chinês re­a­firmou a po­lí­tica de «um país, dois sis­temas» e de, nesse quadro, con­ti­nuar a apoiar Hong Kong e Macau no de­sen­vol­vi­mento da sua eco­nomia. Des­tacou a im­por­tância do prin­cípio de Uma Só China, ga­ran­tindo que a reu­ni­fi­cação da pá­tria é a as­pi­ração maior do povo, «cons­titui uma ne­ces­si­dade his­tó­rica e ne­nhuma força a po­derá deter».

Nestes 74 anos, as­se­gurou, a China passou de um país pobre a um país mais prós­pero em todos os as­pectos e que per­segue a mo­der­ni­zação. E con­firmou que a eco­nomia chi­nesa mostra «bom ím­peto de cres­ci­mento», man­tendo-se es­tável a so­ci­e­dade.

China acusa EUA de ser um «im­pério de men­tiras»
Os factos de­mons­traram uma e outra vez que os Es­tados Unidos da Amé­rica (EUA) são um «im­pério de men­tiras» de uma ponta a outra e que o go­verno norte-ame­ri­cano «é o maior pro­pa­gador de de­sin­for­mação na his­tória do mundo», acusou a China.

Um porta-voz do Mi­nis­tério dos Ne­gó­cios Es­tran­geiros da China fez estas afir­ma­ções, no sá­bado, 30, em Pe­quim, em res­posta a um re­la­tório re­cente do De­par­ta­mento de Es­tado norte-ame­ri­cano que alega que a China di­funde de­sin­for­mação em todo o mundo. O porta-voz, ci­tado pela Xi­nhua, afirmou que o re­la­tório é, em si mesmo, de­sin­for­mação, já que ter­gi­versa os factos e a ver­dade.

«De facto, são os EUA que in­ven­taram o ar­ma­men­tismo do es­paço da in­for­mação global», lem­brou, acres­cen­tando que quem urdiu o re­la­tório de­dica-se à pro­pa­ganda e à in­fil­tração e é fonte de de­sin­for­mação e o centro de co­mando da «guerra de per­cepção».

Apre­sen­tando os EUA como «um im­pério de men­tiras», o porta-voz chinês lem­brou a Ope­ração Moc­king­bird, que su­bornou jor­na­listas e ma­ni­pulou meios de co­mu­ni­cação com fins pro­pa­gan­dís­ticos, na época da Guerra Fria, a men­tira das ditas armas de des­truição mas­siva ira­qui­anas na ONU (com di­reito à apre­sen­tação pelo Se­cre­tário de Es­tado norte-ame­ri­cano Colin Powell de um frasco com pó branco que as re­ve­laria) e o vídeo en­ce­nado pelos cha­mados «Ca­pa­cetes Brancos», re­fe­ridos como provas para levar a cabo guerras de agressão no Iraque e na Síria nos co­meços deste sé­culo. De­nun­ciou também a «enorme men­tira in­ven­tada» para des­pres­ti­giar a po­lí­tica chi­nesa em Xin­jiang.

Mesmo pes­soas nos EUA, su­bli­nhou, re­co­nhe­ceram que o go­verno norte-ame­ri­cano «é o maior pro­pa­gador de de­sin­for­mação na his­tória do mundo».



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