Parar o massacre! Por um cessar fogo imediato e permanente!

Dirigentes palestinianos acusam as forças israelitas de cometer um «genocídio» e uma «limpeza étnica» na Faixa de Gaza e em todos os territórios palestinianos ocupados. Quase 50 dias de bombardeamentos causaram já mais de 13 mil mortos e dezenas de milhares de feridos palestinianos. Entretanto foi anunciado um acordo que prevê uma trégua temporária e que incorpora múltiplos aspectos.

Foram mortos mais de 13 mil palestinianos, em quase 50 dias de guerra

Crianças, mulheres, idosos, a população palestiniana, continua a ser morta pelos bombardeamentos e ataques israelitas, incluindo contra os locais em que esta procura socorro ou abrigo, como os hospitais, as escolas das Nações Unidas ou campos de refugiados na Faixa de Gaza, que continua sem receber alimentos, água, medicamentos, combustível ou electricidade.

A situação em torno do Hospital Indonésio e noutros hospitais a norte da Faixa de Gaza continuava a deteriorar-se à medida que as tropas israelitas apertam o cerco às instalações de saúde, onde permanecem milhares de feridos, doentes, pessoal médico e deslocados.

Os bombardeamentos israelitas têm também como objectivo as torres de comunicações na cidade de Gaza e no norte da Faixa.

Entretanto na terça-feira foi anunciada uma trégua temporária, a troca de israelitas feitos reféns e de palestinianos detidos pelas forças israelitas e a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza bloqueada. Além do Hamas e do Governo israelita, estão envolvidos na negociação, como mediadores, o Qatar e os EUA, entre outros actores.

 

Mahmoud Abbas
denuncia «genocídio»

O presidente da Autoridade Nacional Palestiniana, Mahmoud Abbas, reiterou o apelo aos EUA para que cessem a guerra de agressão levada a cabo pelo seu aliado israelita contra o povo palestiniano, cujo recente agravamento dura há já mais de mês e meio.

A partir de Ramala, num discurso pela televisão, Abbas dirigiu-se directamente ao presidente norte-americano, Joseph Biden, a quem urgiu a intervir de imediato para «deter a catástrofe humanitária e o genocídio» contra o povo palestiniano.

«Os palestinianos têm o direito de viver na sua pátria em liberdade e dignidade», afirmou Abbas, garantindo que o seu povo continuará a lutar até conseguir os seus legítimos direitos.

Também o porta-voz presidencial palestiniano, Nabil Abu Rudeina, acusou a Casa Branca de obstaculizar os esforços internacionais para parar a agressão israelita. O responsável instou Washington a assumir as suas responsabilidades e obrigar o Governo israelita a cessar «o genocídio contra o povo palestiniano».

De igual modo, o presidente do Conselho Nacional Palestiniano, Rawhi Fattouh, condenou os massacres israelitas nos territórios ocupados e ratificou a disposição do seu povo de continuar a luta pela libertação da pátria.

Denunciou «os atrozes massacres cometidos pelas forças de ocupação» nas escolas das nações Unidas de Al-Fakhoura, Tal Al-Zaatar e Abu Hussein, na Faixa de Gaza, que provocaram dezenas de mortos, e realçou que «o derramamento de sangue do povo só aumentará a nossa determinação de continuar a luta até à libertação e à criação do Estado da Palestina com Jerusalém Oriental como capital».

O Ministério dos Negócios Estrangeiros e dos Expatriados, em Ramala, entre outros aspectos, denunciou que os ataques israelitas têm o objectivo de forçar a expulsão de centenas de milhares de palestinianos que se recusaram a abandonar os seus lares, eliminando assim qualquer presença da população no norte da Faixa de Gaza, ressaltando que não existe nenhum lugar seguro para proteger a população das bombas lançadas pelos aviões de combate israelitas. Alertou que os «crimes de genocídio» são a política oficial israelita para lograr os seus planos na Faixa de Gaza, incluindo ataques a hospitais, escolas e lugares de culto. E destacou que «a tíbia reacção global permitiu a Israel aumentar os seus crimes contra civis e inclusivamente tornar-se mais audaz na sua estratégia genocida e de limpeza étnica».



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