Cuba denuncia actos violentos organizados a partir dos EUA

Grupos ter­ro­ristas ra­di­cados na Flo­rida, nos EUA, con­ti­nuam a pla­ni­ficar e fi­nan­ciar ac­ções vi­o­lentas contra o povo cu­bano, de­nun­ciou Ramón La­bañino, um dos cinco cu­banos que es­teve preso nos EUA e «Herói da Re­pú­blica de Cuba».

Num en­contro em Ha­vana por oca­sião do 127.º ani­ver­sário da morte em com­bate de An­tonio Maceo, pró­cere in­de­pen­den­tista, La­bañino re­cordou que o ob­jec­tivo desses planos, desde há mais de 64 anos, é der­rubar a Re­vo­lução cu­bana, e in­cluem morte e des­truição.

O eco­no­mista e es­critor é um dos cinco re­vo­lu­ci­o­ná­rios cu­banos que so­freu anos de prisão nos EUA por in­fil­trar-se em or­ga­ni­za­ções ter­ro­ristas e in­formar o seu país sobre a pre­pa­ração de ac­ções vi­o­lentas desses grupos, que con­ti­nuam a operar com total im­pu­ni­dade a partir de Miami.

La­bañino falou, num en­contro com tra­ba­lha­dores da Cu­bana de Avi­ação, dos 16 anos de de­tenção em cár­ceres norte-ame­ri­canos e das ope­ra­ções em que par­ti­cipou, com os seus quatro com­pa­nheiros, para im­pedir actos ter­ro­ristas que cus­ta­riam a vida de cu­banos.

A te­le­visão de Cuba re­velou há dias por­me­nores de uma in­ves­ti­gação em curso sobre a in­fil­tração na ilha de um cu­bano re­si­dente em Miami, com a pre­tensão de re­a­lizar sa­bo­ta­gens, fazer pro­pa­ganda contra-re­vo­lu­ci­o­nária e agredir ci­da­dãos. Para tais pro­pó­sitos, re­crutou pes­soas que in­di­caram como or­ga­ni­za­dores, ins­ti­ga­dores e fi­nan­ci­a­dores di­versos in­di­ví­duos ra­di­cados na Flo­rida.

Ao longo de seis dé­cadas, Cuba foi ví­tima de cen­tenas de ata­ques bom­bistas contra ins­ta­la­ções, da in­tro­dução de do­enças, de vi­o­lação das suas costas e es­paço aéreo, de se­questro de em­bar­ca­ções, da ex­plosão em pleno voo de um avião cu­bano, de mais de 600 ten­ta­tivas de as­sas­si­nato do líder da Re­vo­lução, Fidel Castro, não es­que­cendo o cri­mi­noso e cruel blo­queio, entre muitas ou­tras me­didas e ac­ções pro­mo­vidas pelos EUA.

De acordo com nú­meros ofi­ciais, tais actos ter­ro­ristas pro­vo­caram 3478 mortos e 2099 fe­ridos – ví­timas do ter­ro­rismo que com total im­pu­ni­dade é criado a partir dos EUA.




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