Níger, Mali e Burkina Faso retiraram-se da CEDEAO

O Níger, o Mali e o Bur­kina Faso de­ci­diram re­tirar-se da Co­mu­ni­dade Eco­nó­mica dos Es­tados da África Oci­dental (CE­DEAO), se­gundo um co­mu­ni­cado con­junto pu­bli­cado no do­mingo, 28 de Ja­neiro, pelo Con­selho Na­ci­onal para a Sal­va­guarda da Pá­tria (CNSP) ni­ge­rino.

Os chefes de Es­tado dos três países «as­sumem todas as suas res­pon­sa­bi­li­dades pe­rante a his­tória e, res­pon­dendo às ex­pec­ta­tivas, pre­o­cu­pa­ções e as­pi­ra­ções das suas po­pu­la­ções, de­cidem com total so­be­rania a re­ti­rada ime­diata» dos três países desta or­ga­ni­zação mul­ti­la­teral.

Ni­amey, Ba­mako e Ua­ga­dugu acu­saram a CE­DEAO de estar sob in­fluência de po­tên­cias es­tran­geiras e de ter atrai­çoado os seus prin­cí­pios fun­da­men­tais, assim como «ter-se con­ver­tido numa ameaça para os seus Es­tados mem­bros e suas po­pu­la­ções».

A CE­DEAO «não deu as­sis­tência aos nossos Es­tados no con­texto da nossa luta contra o ter­ro­rismo e a in­se­gu­rança», su­blinha a nota, que também as­si­nala que o bloco re­gi­onal afri­cano aplicou àqueles países «san­ções ile­gais, ile­gí­timas, de­su­manas e ir­res­pon­sá­veis».

Unidos por uma ali­ança de de­fesa co­lec­tiva, os três países sahe­li­anos, an­tigas co­ló­nias fran­cesas, en­frentam desde há anos ata­ques de grupos ar­mados li­gados ao «Es­tado Is­lâ­mico» e à «Al-Qaeda», que pra­ticam actos ter­ro­ristas na re­gião do Sahel.

Re­cen­te­mente, os novos go­vernos do Mali, Bur­kina Faso e Níger ex­pul­saram dos seus países os con­tin­gentes de tropas fran­cesas ali es­ta­ci­o­nados, acu­sando Paris de ser res­pon­sável pela sua «con­tínua de­te­ri­o­ração da si­tu­ação de se­gu­rança».

 



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