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«Não será pelo PCP que o pro­jecto da di­reita será im­ple­men­tado», ga­rantiu Paulo Rai­mundo na con­fe­rência de im­prensa de ontem, na qual apre­sentou as con­clu­sões da reu­nião do Co­mité Cen­tral re­a­li­zada na vés­pera.

Re­su­mindo os as­pectos cen­trais do do­cu­mento apro­vado, que pu­bli­camos in­te­gral­mente nestas pá­ginas, o Se­cre­tário-Geral co­mu­nista ga­rantiu que o PCP «dará, desde o pri­meiro mi­nuto, com­bate à po­lí­tica de di­reita e aos pro­jectos re­ac­ci­o­ná­rios que se pro­curam afirmar, e vai fazê-lo uti­li­zando todos os meios ao seu dispor para esse com­bate».

A apre­sen­tação de uma moção de re­jeição ao pro­grama do fu­turo go­verno será um dos ins­tru­mentos uti­li­zados, re­velou, em res­posta a uma per­gunta co­lo­cada por um jor­na­lista. Sobre a efi­cácia de tal me­dida, Paulo Rai­mundo su­bli­nhou tratar-se de um «sinal po­lí­tico» acerca do po­si­ci­o­na­mento do PCP face ao pro­jecto po­lí­tico da di­reita. «Con­nosco não contam», re­a­firmou.

Co­men­tando os re­sul­tados, o di­ri­gente co­mu­nista sa­li­entou que eles criam uma si­tu­ação «ainda mais fa­vo­rável ao grande ca­pital e à in­ten­si­fi­cação da po­lí­tica de di­reita». A única «mu­dança» que virá desses par­tidos, alertou, é «mais fa­vo­re­ci­mento dos in­te­resses dos grupos eco­nó­micos, mais ata­ques aos ser­viços pú­blicos, a con­ti­nu­ação e acen­tu­ação do des­man­te­la­mento do SNS e da Es­cola Pú­blica, o ataque ao re­gime de­mo­crá­tico». Nada virá, desse lado, que fa­vo­reça os tra­ba­lha­dores e as po­pu­la­ções.

Paulo Rai­mundo res­pon­sa­bi­lizou o PS pela si­tu­ação agora criada, desde logo porque «com tudo na mão, uma mai­oria, um go­verno e con­di­ções fi­nan­ceiras, não res­pondeu aos pro­blemas cen­trais da vida dos que vivem e tra­ba­lham no País». Mas também por «ali­mentar e se ali­mentar das forças mais re­ac­ci­o­ná­rias».

O Se­cre­tário-Geral do PCP não deixou de apelar à par­ti­ci­pação dos tra­ba­lha­dores e do povo «em todas as lutas pelos seus di­reitos e pela vida me­lhor a que têm di­reito», bem como nas co­me­mo­ra­ções do 25 de Abril e do 1.º de Maio.

 

 



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Comunicado do Comité Central

O Co­mité Cen­tral do PCP, reu­nido a 12 de Março de 2024, ana­lisou os re­sul­tados das elei­ções para a As­sem­bleia da Re­pú­blica e das elei­ções para a As­sem­bleia Le­gis­la­tiva da Re­gião Au­tó­noma dos Açores, e o quadro po­lí­tico delas de­cor­rente. Apre­ciou ele­mentos da si­tu­ação na­ci­onal e in­ter­na­ci­onal e es­ta­be­leceu li­nhas da acção, ini­ci­a­tiva po­lí­tica e de re­forço do Par­tido, para res­ponder às exi­gên­cias que se co­locam.