Comunicado do Comité Central

O Co­mité Cen­tral do PCP, reu­nido a 12 de Março de 2024, ana­lisou os re­sul­tados das elei­ções para a As­sem­bleia da Re­pú­blica e das elei­ções para a As­sem­bleia Le­gis­la­tiva da Re­gião Au­tó­noma dos Açores, e o quadro po­lí­tico delas de­cor­rente. Apre­ciou ele­mentos da si­tu­ação na­ci­onal e in­ter­na­ci­onal e es­ta­be­leceu li­nhas da acção, ini­ci­a­tiva po­lí­tica e de re­forço do Par­tido, para res­ponder às exi­gên­cias que se co­locam.


I - Si­tu­ação na­ci­onal – as elei­ções le­gis­la­tivas e o quadro po­lí­tico re­sul­tante

1. O re­sul­tado da CDU nas elei­ções le­gis­la­tivas, com a re­dução da sua re­pre­sen­tação par­la­mentar e um nú­mero de votos e per­cen­tagem abaixo de há dois anos, traduz um de­sen­vol­vi­mento ne­ga­tivo. Um re­sul­tado que, com a eleição de 4 de­pu­tados, 3,3% e mais de 200 mil votos, cons­ti­tuiu, no en­tanto, uma ex­pressão de re­sis­tência com tanto mais valor e sig­ni­fi­cado quanto a sua cons­trução teve de en­frentar um pro­lon­gado en­qua­dra­mento ca­rac­te­ri­zado pela hos­ti­li­dade e me­no­ri­zação, pela con­ti­nuada fal­si­fi­cação de po­si­ci­o­na­mentos do PCP para ali­mentar pre­con­ceitos an­ti­co­mu­nistas e es­treitar o seu es­paço de cres­ci­mento, pela pro­moção de forças e con­cep­ções re­ac­ci­o­ná­rias, pelo fa­vo­re­ci­mento me­diá­tico de ou­tros e por uma for­jada dis­puta entre dois «can­di­datos a pri­meiro-mi­nistro» com o ob­jec­tivo de re­duzir a es­colha a op­ções se­me­lhantes, bran­quear res­pon­sa­bi­li­dades e es­conder so­lu­ções e po­lí­tica al­ter­na­tivas.

Um re­sul­tado al­can­çado a pulso, con­tra­ri­ando va­ti­cí­nios e mis­ti­fi­ca­ções, a partir de uma ampla cam­panha de con­tacto, es­cla­re­ci­mento e mo­bi­li­zação para o voto com a par­ti­ci­pação de mi­lhares de ho­mens e mu­lheres que sabem que a mu­dança de rumo, que é ne­ces­sária e pos­sível, exige mais força da CDU.

Pe­rante o novo quadro po­lí­tico, os tra­ba­lha­dores e o povo podem contar com o PCP, com a co­ragem de sempre, para de­fender os seus di­reitos, en­frentar os in­te­resses dos grupos eco­nó­micos e das mul­ti­na­ci­o­nais e afirmar os va­lores de Abril e o que eles trans­portam de re­fe­rência para a cons­trução de um Por­tugal de pro­gresso e so­be­rano.

2. Com a pre­vi­sível ob­tenção, por es­cassa margem, do maior nú­mero de votos e de­pu­tados por parte do PSD e CDS, com uma forte quebra da ex­pressão elei­toral do PS, criou-se uma si­tu­ação em que so­bres­saem: uma re­lação de forças no plano ins­ti­tu­ci­onal ainda mais fa­vo­rável ao grande ca­pital e ao apro­fun­da­mento da po­lí­tica de di­reita e de re­tro­cesso de di­reitos; o cres­ci­mento das forças que pro­ta­go­nizam pro­jectos re­ac­ci­o­ná­rios e fas­ci­zantes; o de­mis­si­o­nismo do PS face aos de­sen­vol­vi­mentos do quadro po­lí­tico, fa­ci­li­tando, por essa via, a acção po­lí­tica de um fu­turo go­verno da AD.

3. O re­sul­tado ob­tido pela AD (PSD/​CDS/​PPM) nestas elei­ções, ainda que aquém da vi­tória que al­me­java e que al­guns lhe va­ti­ci­navam, cons­titui um factor ne­ga­tivo para a res­posta aos pro­blemas com que os tra­ba­lha­dores e o povo se con­frontam, fa­ci­li­tando o ca­minho de re­tro­cesso e de ataque a di­reitos e fa­vo­re­ci­mento do grande ca­pital que marca o per­curso de sempre de PSD e CDS e po­ten­ci­ando riscos sé­rios de em­po­bre­ci­mento de­mo­crá­tico, já la­tentes em di­men­sões vá­rias da vida na­ci­onal.

Num quadro em que a dis­cussão e des­fecho sobre even­tuais acordos, seja com a IL ou o Chega, pre­en­cherão o de­bate me­diá­tico, é de su­bli­nhar que essa dis­cussão não deve iludir o que o pro­jecto da AD, e em con­creto os pro­gramas do PSD e do CDS, cons­ti­tuem por si só. Um pro­jecto de ataque a di­reitos dos tra­ba­lha­dores e agra­va­mento das con­di­ções de vida do povo, aos sa­lá­rios e às pen­sões, de au­mento da ex­plo­ração, de de­gra­dação de ser­viços pú­blicos, de pri­va­ti­za­ções e ten­ta­tiva de des­truição de fun­ções so­ciais do Es­tado em nome do ne­gócio pri­vado em áreas como as da saúde, edu­cação, pro­tecção so­cial ou ha­bi­tação.

Pro­jecto que, cor­res­pon­dendo à agenda do grande ca­pital, visa a ofen­siva contra o re­gime de­mo­crá­tico e a pró­pria Cons­ti­tuição, só con­cre­ti­zá­veis se con­tarem com a cum­pli­ci­dade, por acção ou omissão, por parte do PS.

4. O re­sul­tado agora ob­tido pela AD e o re­sul­tado do PS, com uma perda sig­ni­fi­ca­tiva de votos e de man­datos, são in­se­pa­rá­veis das op­ções da go­ver­nação do PS. A pro­moção da po­lí­tica de di­reita, ao longo destes úl­timos anos, e de forma par­ti­cular a sua im­po­sição pela mai­oria ab­so­luta do PS, com o que gerou de in­jus­tiças e le­gí­timo des­con­ten­ta­mento e in­sa­tis­fação face ao acu­mular de di­fi­cul­dades por parte dos tra­ba­lha­dores e do povo, fa­vo­receu o dis­curso de­ma­gó­gico.

A au­sência de res­postas a pro­blemas cru­ciais, para os quais o PCP sempre alertou e apre­sentou pro­postas que o PS in­sis­ten­te­mente re­cusou, foi apro­vei­tada para es­conder a acção pas­sada de PSD e CDS e os seus pro­jectos para a re­tomar agora.

5. O re­sul­tado do Chega, cons­truído a partir da men­tira e da de­ma­gogia mais ab­jecta, e que a po­lí­tica de di­reita de su­ces­sivos go­vernos fa­vo­receu, traduz, para lá da di­mensão re­ac­ci­o­nária, xe­nó­foba e ra­cista e do dis­curso de ódio que pro­moveu, a ilusão a que muitos mi­lhares de elei­tores foram le­vados sob um falso dis­curso contra a cor­rupção e as in­jus­tiças, das quais esse par­tido é ac­tivo cúm­plice e pro­motor.

Sem des­va­lo­rizar e deixar de alertar para o ca­rácter re­ac­ci­o­nário e fas­ci­zante deste par­tido, deve ser re­jei­tada a ten­ta­tiva de apre­sentar esse re­sul­tado e essa ex­pressão elei­to­rais como base de apoio à ex­trema-di­reita, de le­gi­ti­mação para pro­jectos an­ti­de­mo­crá­ticos, ou de ques­ti­o­na­mento do re­gime de­mo­crá­tico e do que Abril re­pre­sentou e re­pre­senta.

6. O Co­mité Cen­tral do PCP saúda todos os que cons­truíram a cam­panha de con­tacto, es­cla­re­ci­mento e mo­bi­li­zação para o voto, o co­lec­tivo par­ti­dário, os seus ali­ados – o PEV, a ID –, os ci­da­dãos sem fi­li­ação par­ti­dária e os jo­vens, que dão corpo à CDU, bem como todos os que de­po­si­taram a sua con­fi­ança e o seu voto na CDU, afir­mando a todos eles, aos tra­ba­lha­dores e ao povo por­tu­guês, que podem contar com a ini­ci­a­tiva e in­ter­venção do PCP para dar res­posta e so­lução aos pro­blemas e afirmar a po­lí­tica al­ter­na­tiva pa­trió­tica e de es­querda.

Ini­ci­a­tiva e in­ter­venção para de­fender o au­mento dos sa­lá­rios e pen­sões, a ha­bi­tação, a saúde, os di­reitos das cri­anças e dos pais, das mu­lheres, da ju­ven­tude, o am­bi­ente e a con­ser­vação da na­tu­reza, a Paz.

Ini­ci­a­tiva e in­ter­venção para, desde a pri­meira hora, en­frentar a po­lí­tica de di­reita e os seus pro­mo­tores, dar com­bate aos pro­jectos re­ac­ci­o­ná­rios, de­fender a li­ber­dade e a de­mo­cracia.

Ini­ci­a­tiva e in­ter­venção para im­pul­si­onar a con­ver­gência ne­ces­sária para dar corpo à po­lí­tica al­ter­na­tiva, afir­mando o seu pró­prio pro­jecto po­lí­tico, de­ter­mi­nado por op­ções claras de rup­tura com a po­lí­tica de di­reita, de con­fronto com os in­te­resses do grande ca­pital, de de­fesa da so­be­rania na­ci­onal, de re­toma dos va­lores, con­quistas e di­reitos que Abril con­sa­grou.

Ini­ci­a­tiva e in­ter­venção para levar mais longe a luta dos tra­ba­lha­dores e do povo que hoje, como sempre, se cons­titui como factor de­ci­sivo de re­sis­tência, trans­for­mação e avanço.

7. O Co­mité Cen­tral do PCP as­si­nala o re­sul­tado ob­tido pela CDU nas elei­ções para a As­sem­bleia Le­gis­la­tiva da Re­gião Au­tó­noma dos Açores, que re­pre­sentou uma pe­quena evo­lução do nú­mero de votos e a apro­xi­mação à eleição do de­pu­tado, que tal como há quatro anos não se ve­ri­ficou, desta vez, por uma di­fe­rença de apenas 85 votos. Um re­sul­tado que, al­can­çado num quadro em que pesou a pressão bi­po­la­ri­za­dora, ficou aquém do ne­ces­sário para in­flu­en­ciar di­rec­ta­mente a cor­re­lação de forças na­quela Re­gião Au­tó­noma.

8. A re­a­li­zação das elei­ções para a As­sem­bleia da Re­pú­blica não apagou os pro­blemas e di­fi­cul­dades que estão co­lo­cados aos tra­ba­lha­dores, ao povo e ao País.

A si­tu­ação na­ci­onal con­tinua mar­cada por fortes de­si­gual­dades e in­jus­tiças so­ciais e por um cres­ci­mento eco­nó­mico in­su­fi­ci­ente. Os baixos sa­lá­rios, pen­sões e re­formas, e as di­fi­cul­dades daí de­cor­rentes, con­trastam com a es­can­da­losa acu­mu­lação de lu­cros por parte dos prin­ci­pais grupos eco­nó­micos. Ao mesmo tempo, cerca de dois mi­lhões de por­tu­gueses estão em risco de po­breza ou ex­clusão so­cial.

O início deste ano foi mar­cado por um novo au­mento dos preços de bens e ser­viços es­sen­ciais, com par­ti­cular in­ci­dência nos preços da elec­tri­ci­dade, das co­mu­ni­ca­ções, dos bens ali­men­tares e nos va­lores das rendas de casa.

9. As pre­vi­sões mais re­centes de evo­lução do Pro­duto In­terno Bruto (PIB) con­firmam si­nais de abran­da­mento, apon­tando para um cres­ci­mento eco­nó­mico de 1,2% – o mais baixo desde 2014 -, que se as­so­ciam a um in­ves­ti­mento cujo cres­ci­mento real é de apenas 2,4%, mesmo em plena fase de exe­cução do Plano de Re­cu­pe­ração e Re­si­li­ência (PRR).

São evi­dentes as con­sequên­cias da de­gra­dação do apa­relho pro­du­tivo na­ci­onal e da cres­cente de­pen­dência do sector do tu­rismo, que ame­açam novos de­se­qui­lí­brios da ba­lança co­mer­cial. Os im­pactos de um en­qua­dra­mento ex­terno mar­cado pela in­cer­teza e pela re­visão em baixa das pers­pec­tivas de cres­ci­mento eco­nó­mico na União Eu­ro­peia (UE) e na Zona Euro cons­ti­tuem mo­tivo de pre­o­cu­pação face ao grau de de­pen­dência ex­terna do País.

A ma­nu­tenção das taxas de juro em va­lores ele­vados pro­lon­gará a dre­nagem de re­cursos dos tra­ba­lha­dores e das fa­mí­lias, assim como das em­presas, em es­pe­cial das micro, pe­quenas e mé­dias em­presas, para a banca, além de se re­per­cutir ne­ga­ti­va­mente nos custos do fi­nan­ci­a­mento do Es­tado.

10. Re­gista-se a de­gra­dação dos ser­viços pú­blicos e das fun­ções so­ciais do Es­tado, em par­ti­cular do Ser­viço Na­ci­onal de Saúde, onde con­ti­nuam a faltar pro­fis­si­o­nais e a en­cerrar ser­viços, bem como na Es­cola Pú­blica. Uma evo­lução também vi­sível na de­te­ri­o­ração da si­tu­ação das forças e ser­viços de se­gu­rança, na jus­tiça e no con­junto da Ad­mi­nis­tração Cen­tral e Local.

11. Por­tugal pre­cisa de uma po­lí­tica que en­frente as in­jus­tiças e as de­si­gual­dades e que aponte ao de­sen­vol­vi­mento e ao pro­gresso do País. Uma po­lí­tica que re­cuse a sub­missão a di­nâ­micas, ex­ternas e in­ternas, que são con­trá­rias aos seus in­te­resses e ne­ces­si­dades de de­sen­vol­vi­mento. Uma po­lí­tica que pro­mova a va­lo­ri­zação dos sa­lá­rios, das pen­sões e re­formas, a de­fesa dos ser­viços pú­blicos, o di­reito à saúde, à edu­cação, à se­gu­rança so­cial, à ha­bi­tação, aos trans­portes, o de­sen­vol­vi­mento da pro­dução na­ci­onal, o apoio à pe­quena e média agri­cul­tura e aos micro pe­quenos e mé­dios em­pre­sá­rios, ga­ranta a jus­tiça fiscal, dê com­bate à cor­rupção e ga­ranta o acesso à jus­tiça, pro­mova a ci­ência e a tec­no­logia, a sal­va­guarda do meio am­bi­ente, a de­fesa da so­be­rania na­ci­onal, a paz e co­o­pe­ração entre os povos.

12. As elei­ções para o Par­la­mento Eu­ropeu, que se re­a­li­zarão a 9 de Junho, cons­ti­tuem um mo­mento par­ti­cu­lar­mente im­por­tante de exi­gência de um outro ca­minho para o País e para a Eu­ropa. Um ca­minho as­sente na me­lhoria das con­di­ções de vida, no de­sen­vol­vi­mento, no pro­gresso so­cial, na paz, na co­o­pe­ração mu­tu­a­mente van­ta­josa entre Es­tados so­be­ranos e iguais em di­reitos, no com­bate às de­si­gual­dades, às in­jus­tiças e a todas as dis­cri­mi­na­ções, na ga­rantia de uma re­lação har­mo­niosa e sus­ten­tável entre o ser hu­mano e a Na­tu­reza.

A CDU é uma força in­dis­pen­sável e in­subs­ti­tuível, que conta de­ci­si­va­mente: para a rup­tura com o rumo de de­si­gual­dade, de­pen­dência e su­bor­di­nação im­posto ao País; para en­frentar, sem he­si­ta­ções, as im­po­si­ções da União Eu­ro­peia, em es­pe­cial os con­di­ci­o­na­lismos as­so­ci­ados à moeda única, as res­tri­ções or­ça­men­tais, a falta de in­ves­ti­mento, o sub­fi­nan­ci­a­mento e de­fi­nha­mento dos ser­viços pú­blicos, as li­be­ra­li­za­ções e pri­va­ti­za­ções; para a de­fesa dos ser­viços pú­blicos e dos sec­tores pro­du­tivos na­ci­o­nais – da in­dús­tria, da agri­cul­tura e das pescas; para a afir­mação dos in­te­resses na­ci­o­nais e para o pleno apro­vei­ta­mento das ca­pa­ci­dades e do po­ten­cial do País; para en­frentar a re­sig­nação, para afirmar a so­be­rania e in­de­pen­dência na­ci­o­nais e avançar na re­cu­pe­ração de ins­tru­mentos ne­ces­sá­rios ao de­sen­vol­vi­mento de Por­tugal; para lutar pela Paz, contra a guerra e a cor­rida aos ar­ma­mentos.

O PCP não se­para o com­bate no Par­la­mento Eu­ropeu para afirmar os in­te­resses na­ci­o­nais da luta por uma Eu­ropa de co­o­pe­ração, pro­gresso so­cial e de paz, in­dis­so­ciável da luta para romper com a po­lí­tica de di­reita.

An­co­rada na sin­gular in­ter­venção dos de­pu­tados do PCP no Par­la­mento Eu­ropeu nos úl­timos cinco anos, que im­porta con­ti­nuar a va­lo­rizar e a di­vulgar, e de­nun­ci­ando a ampla iden­ti­dade de po­si­ções de PS, PSD, CDS, Chega e IL, em tudo aquilo que de mais ne­ga­tivo foi de­ci­dido no âm­bito da União Eu­ro­peia nestes anos, a CDU in­ter­virá na cam­panha elei­toral apos­tada em re­do­brar o es­cla­re­ci­mento, in­for­mação, mo­bi­li­zação, luta e afir­mação do ca­minho al­ter­na­tivo ne­ces­sário, em de­fesa dos in­te­resses dos tra­ba­lha­dores, do povo e do País.

13. No mo­mento em que se as­si­nala o 50.º ani­ver­sário do 25 de Abril, im­porta afirmar o que Abril sig­ni­ficou de con­quistas nos planos so­cial, po­lí­tico, cul­tural, eco­nó­mico e de afir­mação de so­be­rania, com­ba­tendo as fal­si­fi­ca­ções e o bran­que­a­mento do fas­cismo, afir­mando o de­ter­mi­nante e ina­pa­gável papel do PCP na re­sis­tência ao fas­cismo e na Re­vo­lução de Abril, bem como na re­sis­tência à contra-re­vo­lução e à po­lí­tica de di­reita apos­tada na sua des­ca­rac­te­ri­zação e des­truição das suas con­quistas. As co­me­mo­ra­ções po­pu­lares cons­ti­tuem um im­por­tante mo­mento de afir­mação da luta dos tra­ba­lha­dores e do povo por­tu­guês, pela li­ber­dade e a de­mo­cracia, e de exi­gência de uma po­lí­tica que res­ponda aos pro­blemas do País e às as­pi­ra­ções dos tra­ba­lha­dores, dos jo­vens e do povo por­tu­guês.

Num quadro em que re­cru­descem ex­pres­sões re­ac­ci­o­ná­rias de cariz ra­cista, xe­nó­fobo e an­ti­de­mo­crá­tico, em que a luta pela paz ganha par­ti­cular im­por­tância, fica ainda mais claro que é na de­fesa e afir­mação dos va­lores de Abril e no cum­pri­mento da Cons­ti­tuição da Re­pú­blica, na con­cre­ti­zação dos seus ob­jec­tivos, va­lores e pro­jecto de de­sen­vol­vi­mento na­ci­onal e eman­ci­pação in­di­vi­dual e so­cial que re­side a pos­si­bi­li­dade real de um Por­tugal com fu­turo.

 

II - O de­sen­vol­vi­mento da luta de massas

1. O Co­mité Cen­tral do PCP su­blinha o valor e a im­por­tância da luta de massas para en­frentar a ofen­siva contra os di­reitos e as con­di­ções de vida, des­taca o papel da luta dos tra­ba­lha­dores com cen­tenas de ac­ções em em­presas e lo­cais de tra­balho, em de­fesa do au­mento dos sa­lá­rios, dos di­reitos, das con­di­ções de tra­balho, da re­dução dos ho­rá­rios de tra­balho e do com­bate à pre­ca­ri­e­dade.

Sa­li­entam-se e saúdam-se as ac­ções na Ad­mi­nis­tração Pú­blica Cen­tral e Local (no­me­a­da­mente, na saúde, na edu­cação, na jus­tiça, nas forças e ser­viços de se­gu­rança), no Sector Em­pre­sa­rial do Es­tado, na co­mu­ni­cação so­cial, na banca, na ho­te­laria, no sector so­cial, na grande dis­tri­buição, nas in­dús­trias ali­mentar, ener­gé­tica, me­ta­lúr­gica, quí­mica, mi­neira, do ma­te­rial eléc­trico, têxtil, ves­tuário e cal­çado, nos trans­portes, nas lim­pezas, em­presas pres­ta­doras de ser­viços, na avi­ação ou na cul­tura.

Sa­li­enta-se ainda a luta de ou­tras ca­madas e sec­tores so­ciais e das po­pu­la­ções, como as lutas dos agri­cul­tores, dos es­tu­dantes e dos re­for­mados, as lutas em torno do di­reito à ha­bi­tação, em de­fesa do Ser­viço Na­ci­onal de Saúde, contra o ra­cismo e a xe­no­fobia, bem como as muitas ac­ções pela paz que têm vindo a ter lugar um pouco por todo o País, par­ti­cu­lar­mente de so­li­da­ri­e­dade com a Pa­les­tina.

2. O Co­mité Cen­tral do PCP as­si­nala o êxito do XV Con­gresso da CGTP-IN, a grande cen­tral sin­dical dos tra­ba­lha­dores por­tu­gueses, que cons­ti­tuiu uma po­de­rosa de­mons­tração de con­fi­ança, es­tí­mulo e afir­mação de uma força or­ga­ni­zada, in­flu­ente e mo­bi­li­za­dora, ele­mento de­ci­sivo na luta que con­tinua e se vai de­sen­volver em de­fesa dos in­te­resses de classe dos tra­ba­lha­dores.

3. O Co­mité Cen­tral do PCP apela às or­ga­ni­za­ções e mi­li­tantes do PCP e da JCP, a todos os de­mo­cratas e pa­tri­otas, à ju­ven­tude, para que se em­pe­nhem nas co­me­mo­ra­ções do 50.º ani­ver­sário da Re­vo­lução de Abril, va­lo­ri­zando as co­me­mo­ra­ções po­pu­lares, nas suas va­ri­adas ex­pres­sões.

O PCP apela igual­mente à par­ti­ci­pação nas ac­ções mar­cadas para os pró­ximos dias, no­me­a­da­mente as ma­ni­fes­ta­ções dos es­tu­dantes do En­sino Su­pe­rior, a 21 de Março, e a ma­ni­fes­tação na­ci­onal de mu­lheres con­vo­cada para o dia 23 de Março pelo Mo­vi­mento De­mo­crá­tico de Mu­lheres.

O PCP sa­li­enta ainda a re­a­li­zação da se­mana da igual­dade, de 18 a 22 de Março, da ma­ni­fes­tação na­ci­onal de jo­vens tra­ba­lha­dores, em Lisboa e Porto, em 27 de Março, e apela a uma forte acção de con­tacto e mo­bi­li­zação com vista às co­me­mo­ra­ções do 1.º de Maio pro­mo­vidas pela CGTP-IN, mo­mento de afir­mação da de­ter­mi­nação dos tra­ba­lha­dores em de­fender e con­quistar di­reitos.

Jor­nadas que cons­ti­tuem no con­texto ac­tual mo­mentos mar­cantes que se in­serem no ca­minho de com­bate, rup­tura e al­ter­na­tiva de que Por­tugal pre­cisa.

 

III - Em de­fesa da Paz, contra o mi­li­ta­rismo e a guerra

1. Para todos quantos no mundo se pre­o­cupam ge­nui­na­mente com o pre­sente e o fu­turo da Hu­ma­ni­dade, só pode ser mo­tivo de in­qui­e­tação a in­ten­si­fi­cação da po­lí­tica dos EUA, da NATO, da UE, de au­mento da tensão in­ter­na­ci­onal, de ins­ti­gação da con­fron­tação, do mi­li­ta­rismo e da guerra, no­me­a­da­mente na Eu­ropa, no Médio Ori­ente ou na Ásia-Pa­cí­fico, que é acom­pa­nhada pelo au­mento da ex­plo­ração e o ataque aos di­reitos.

Uma po­lí­tica que tem ex­pressão no apoio e cum­pli­ci­dade para com a po­lí­tica de ocu­pação e os crimes de Is­rael nos ter­ri­tó­rios pa­les­ti­ni­anos ocu­pados e no Médio Ori­ente, cuja ac­tual e brutal agressão, par­ti­cu­lar­mente na Faixa de Gaza, é res­pon­sável por mais de cem mil ví­timas, na sua mai­oria cri­anças e mu­lheres, por cerca de dois mi­lhões de des­lo­cados, pela ne­gação das mais es­sen­ciais con­di­ções de vida, o que con­fi­gura uma po­lí­tica ge­no­cida por parte de Is­rael.

Uma po­lí­tica que se ex­pressa igual­mente na re­jeição e boi­cote aos apelos e às ini­ci­a­tivas que visam o diá­logo e a paz, na in­sis­tência da es­ca­lada ar­ma­men­tista, no pro­lon­ga­mento e no agra­va­mento da guerra na Ucrânia, com as gra­vosas con­sequên­cias e os sé­rios pe­rigos que com­porta para os povos ucra­niano e russo, para os povos da Eu­ropa e do mundo.

A mesma po­lí­tica que as­se­gura mi­lhares de mi­lhões de lu­cros aos grupos eco­nó­micos do ar­ma­mento, da energia, da ali­men­tação, da dis­tri­buição ou à banca, à custa dos tra­ba­lha­dores e dos povos, que estão a pagar os custos da es­ca­lada da guerra e das san­ções.

Por­tugal não deve con­ti­nuar a ali­nhar, a sub­meter-se e a servir de ins­tru­mento de in­te­resses que são con­trá­rios aos do povo por­tu­guês e dos povos do mundo. Por­tugal deve con­tri­buir para a so­lução pa­cí­fica dos con­flitos in­ter­na­ci­o­nais, o de­sar­ma­mento geral, si­mul­tâneo e con­tro­lado, a dis­so­lução dos blocos po­lí­tico-mi­li­tares e o es­ta­be­le­ci­mento de um sis­tema de se­gu­rança co­lec­tiva, com vista à cri­ação de uma ordem in­ter­na­ci­onal capaz de as­se­gurar a paz e a jus­tiça nas re­la­ções entre os povos, como es­ta­be­lece a Cons­ti­tuição da Re­pú­blica Por­tu­guesa.

O Co­mité Cen­tral do PCP su­blinha a res­pon­sa­bi­li­dade dos EUA nos crimes de Is­rael e de­nuncia o veto da ad­mi­nis­tração norte-ame­ri­cana às ini­ci­a­tivas que no âm­bito da ONU visam es­ta­be­lecer um cessar-fogo ime­diato e per­ma­nente na Faixa de Gaza e a ur­gente ajuda hu­ma­ni­tária à po­pu­lação pa­les­ti­niana, assim como de obs­truir uma so­lução po­lí­tica para o con­flito que ga­ranta a con­cre­ti­zação do di­reito do povo pa­les­ti­niano a um Es­tado so­be­rano e in­de­pen­dente, com as fron­teiras de 1967 e ca­pital em Je­ru­salém Ori­ental, e a efec­ti­vação do di­reito ao re­torno dos re­fu­gi­ados, con­forme de­ter­minam as re­so­lu­ções da ONU.

Do mesmo modo, o Co­mité Cen­tral do PCP re­a­firma que os EUA, a NATO e a UE devem cessar de ins­tigar e ali­mentar a guerra na Ucrânia e abrir vias de ne­go­ci­ação com os de­mais in­ter­ve­ni­entes, no­me­a­da­mente a Fe­de­ração Russa, vi­sando al­cançar uma so­lução po­lí­tica para o con­flito, a res­posta aos pro­blemas de se­gu­rança co­lec­tiva e do de­sar­ma­mento na Eu­ropa, o cum­pri­mento dos prin­cí­pios da Carta da ONU e da Acta Final da Con­fe­rência de Hel­sín­quia.

2. Numa si­tu­ação em que se apro­fundam di­fi­cul­dades e con­tra­di­ções e em que avulta a sua su­bal­ter­ni­zação e de­pen­dência face aos in­te­resses dos EUA, a União Eu­ro­peia im­pul­siona as suas po­lí­ticas ne­o­li­be­rais, mi­li­ta­ristas e fe­de­ra­listas ex­pressas, entre ou­tros gra­vosos as­pectos, na ma­nu­tenção em alta das taxas de juro pelo Banco Cen­tral Eu­ropeu, em po­lí­ticas or­ça­men­tais ainda mais res­tri­tivas, em novos pro­cessos de li­be­ra­li­zação, em ata­ques às li­ber­dades, aos di­reitos, à so­be­rania e à de­mo­cracia, ou no es­tí­mulo e apoio à guerra.

A UE e as suas po­lí­ticas con­firmam-se como ele­mentos es­sen­ciais no agra­va­mento da ex­plo­ração, no ataque aos di­reitos, numa ainda maior acu­mu­lação e con­cen­tração da ri­queza, na im­po­sição e apro­fun­da­mento de re­la­ções de de­pen­dência eco­nó­mica e de do­mínio po­lí­tico, com a con­se­quente de­te­ri­o­ração das con­di­ções de vida, o au­mento das in­jus­tiças e de­si­gual­dades so­ciais, o agra­va­mento das as­si­me­trias de de­sen­vol­vi­mento entre países.

As­sume par­ti­cular gra­vi­dade a apo­logia do mi­li­ta­rismo e da guerra por parte da UE, ex­pressa nas de­zenas de mi­lhares de mi­lhões que ca­na­liza para a es­ca­lada ar­ma­men­tista e a guerra ou no pro­cla­mado ob­jec­tivo da sua trans­for­mação num novo bloco po­lí­tico-mi­litar be­li­cista, com­ple­mentar à NATO. Uma de­riva que é acom­pa­nhada de uma cam­panha de pro­pa­ganda que pro­cura impor um pen­sa­mento único e de­turpar e mar­gi­na­lizar os que de­fendem a Paz e re­jeitam o mi­li­ta­rismo e a guerra.

Neste sen­tido, o Co­mité Cen­tral do PCP va­lo­riza o «Apelo comum para as elei­ções para o Par­la­mento Eu­ropeu», que foi lan­çado por di­versas forças po­lí­ticas de di­fe­rentes países na Eu­ropa e que re­pre­senta um sinal de es­pe­rança, de con­fi­ança, de con­ver­gência e de de­ter­mi­nação na luta por uma vida me­lhor, pela igual­dade, por uma Eu­ropa de paz, co­o­pe­ração e pro­gresso so­cial, por uma Eu­ropa dos tra­ba­lha­dores e dos povos.

 

IV - Re­forçar o Par­tido, di­na­mizar a ini­ci­a­tiva po­lí­tica

1. O Co­mité Cen­tral do PCP saúda as or­ga­ni­za­ções e mem­bros do Par­tido e da JCP pela sua in­ter­venção mi­li­tante, na ba­talha elei­toral e para além dela, dando tes­te­munho da de­ter­mi­nação, co­ragem e con­fi­ança que a si­tu­ação exige, in­de­pen­den­te­mente de obs­tá­culos e di­fi­cul­dades.

2. A si­tu­ação ac­tual, o ca­pi­ta­lismo e a sua na­tu­reza, a acção do im­pe­ri­a­lismo, o do­mínio do grande ca­pital sobre a so­ci­e­dade por­tu­guesa, os pro­jectos re­ac­ci­o­ná­rios que lhe estão as­so­ci­ados com o ob­jec­tivo de dar um golpe pro­fundo e com­pletar a obra des­trui­dora contra Abril, co­locam com acres­cida ac­tu­a­li­dade como al­ter­na­tiva o pro­jecto e os va­lores de Abril e afirmam a ne­ces­si­dade e im­por­tância do ideal e pro­jecto co­mu­nista, de li­ber­dade, de­mo­cracia e so­ci­a­lismo, do papel e acção do Par­tido Co­mu­nista Por­tu­guês.

Os re­sul­tados elei­to­rais, in­dis­so­ciá­veis das cir­cuns­tân­cias es­pe­cí­ficas em que se ve­ri­fi­caram, são ne­ga­tivos para os tra­ba­lha­dores e o povo. In­de­pen­den­te­mente da de­ma­gogia e dis­si­mu­lação da di­reita, os re­sul­tados elei­to­rais con­fi­guram reais pe­rigos e ame­aças. A força dos tra­ba­lha­dores e do povo, usando todos os di­reitos que a Cons­ti­tuição da Re­pú­blica Por­tu­guesa con­sagra, tem a di­mensão capaz de en­frentar os pe­rigos, der­rotar pro­jectos re­ac­ci­o­ná­rios, romper com a po­lí­tica de di­reita e de ab­di­cação na­ci­onal, com o do­mínio do grande ca­pital e de abrir ca­minho a uma al­ter­na­tiva pa­trió­tica e de es­querda com os va­lores de Abril no fu­turo de Por­tugal.

O Co­mité Cen­tral do PCP re­a­firma que, sejam quais forem as cir­cuns­tân­cias, os tra­ba­lha­dores e o povo por­tu­guês podem contar, como sempre con­taram nos seus 103 anos de his­tória, com o Par­tido Co­mu­nista Por­tu­guês, par­tido ne­ces­sário, in­dis­pen­sável e in­subs­ti­tuível na de­fesa dos seus in­te­resses e di­reitos.

3. O Co­mité Cen­tral do PCP con­si­dera que, in­de­pen­den­te­mente do apro­fun­da­mento da aná­lise da si­tu­ação nas suas vá­rias di­men­sões, este é o mo­mento de tomar a ini­ci­a­tiva, de es­cla­recer e mo­bi­lizar, para en­frentar pe­rigos, pro­mover a rup­tura, afirmar a al­ter­na­tiva, cons­truir e avançar.

O Co­mité Cen­tral do PCP re­a­firma a im­por­tância das ori­en­ta­ções da Con­fe­rência Na­ci­onal «Tomar a Ini­ci­a­tiva. Res­ponder às novas exi­gên­cias. Re­forçar o Par­tido», a que é ne­ces­sário con­ti­nuar a dar con­cre­ti­zação em toda a sua di­mensão e ar­ti­cu­lando os seus vá­rios as­pectos.

No se­gui­mento das elei­ções para a As­sem­bleia da Re­pú­blica, numa si­tu­ação po­lí­tica e so­cial com grandes exi­gên­cias, sa­li­enta-se a ne­ces­si­dade da in­ter­venção po­lí­tica, do de­sen­vol­vi­mento da luta de massas, do for­ta­le­ci­mento das or­ga­ni­za­ções uni­tá­rias dos tra­ba­lha­dores e de ou­tros sec­tores da po­pu­lação, do tra­balho com ou­tros de­mo­cratas e pa­tri­otas, o re­forço do Par­tido, como as­pectos cen­trais da acção das or­ga­ni­za­ções do Par­tido.

Assim impõe-se: a ini­ci­a­tiva do Par­tido cen­trada na li­gação aos tra­ba­lha­dores e às massas po­pu­lares; a ne­ces­sária dis­cussão da si­tu­ação, ori­en­ta­ções e ta­refas e ini­ci­a­tivas em que se des­tacam desde já os co­mí­cios em Lisboa, Se­túbal e Porto, e a acção de con­tacto com os tra­ba­lha­dores e a po­pu­lação de 21 a 24 de Março; o pros­se­gui­mento das co­me­mo­ra­ções do 103.º ani­ver­sário do Par­tido; a adopção de me­didas para as­se­gurar uma ampla co­me­mo­ração do 50.º ani­ver­sário do 25 de Abril, com um con­junto de ini­ci­a­tivas pró­prias, de que se des­taca a re­a­li­zação da sessão 25 Abril uma Re­vo­lução Li­ber­ta­dora e Eman­ci­pa­dora, Abril é Mais Fu­turo, a 7 de Abril, e da ini­ci­a­tiva Festa da Ju­ven­tude, Mais Abril, a 13 de Abril; o con­tri­buto para a grande jor­nada do 1.º de Maio or­ga­ni­zada pela CGTP-IN; a in­ter­venção na ba­talha das elei­ções para o Par­la­mento Eu­ropeu de 9 de Junho; a pre­pa­ração da Festa do Avante! que terá lugar nos dias 6, 7 e 8 de Se­tembro, a afir­mação do Par­tido, do seu ideal e pro­jecto.

O re­forço do Par­tido co­loca-se como questão cen­tral de­sig­na­da­mente no âm­bito da res­pon­sa­bi­li­zação de qua­dros, do re­cru­ta­mento e in­te­gração dos novos mi­li­tantes, da in­ter­venção e or­ga­ni­zação nas em­presas e lo­cais de tra­balho, das me­didas no plano da co­mu­ni­cação, in­for­mação e pro­pa­ganda, in­cluindo a cam­panha de di­fusão do Avante, e da ga­rantia da in­de­pen­dência fi­nan­ceira do Par­tido.

 

* * *

 

Com con­fi­ança nos tra­ba­lha­dores e nas massas po­pu­lares e no de­sen­vol­vi­mento da luta, com o re­forço do Par­tido e da sua li­gação aos tra­ba­lha­dores e ao povo, o PCP, força de Abril, com a co­ragem de sempre, es­tará à al­tura de res­ponder, seja em que cir­cuns­tân­cias for, à cons­trução da al­ter­na­tiva pa­trió­tica e de es­querda, da de­mo­cracia avan­çada com os va­lores de Abril no fu­turo de Por­tugal, à luta pelo so­ci­a­lismo e o co­mu­nismo.

 



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