China defende ordem mundial assente na Carta das Nações Unidas

O ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, assegurou que a diplomacia chinesa defenderá, em 2024, um «mundo multipolar ordenado» e uma «globalização económica universalmente vantajosa».

Numa reunião com jornalistas, em Pequim, no contexto da segunda sessão da XIV Assembleia Popular Nacional (APN), explicou que tais objectivos significam respeitar os propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas e defender as normas básicas que regem as relações internacionais. «Multipolar não significa múltiplos campos, nem fragmentação ou desordem. Todos os países devem agir dentro do sistema internacional centrado na ONU e procurar a cooperação no quadro da governação global», precisou. E uma «globalização económica universalmente vantajosa» significa aumentar o nível económico e partilhá-lo de maneira mais justa», pormenorizou. «Todos os países, todos os grupos sociais e todas as comunidades devem participar no desenvolvimento económico e social e compartilhar os benefícios», insistiu.

Wang Yi defendeu um maior apoio aos países para que sigam um caminho de desenvolvimento adequado às suas condições nacionais. «Ninguém deve impor um modelo único de desenvolvimento a todo o mundo», realçou.

O governante também considerou importante proteger a estabilidade das cadeias industriais e de abastecimento mundiais para sustentar o crescimento robusto e dinâmico da economia global. Considerou tarefas da diplomacia chinesa o impulso de uma nova governação mundial e a defesa de maior representatividade dos mercados emergentes e dos países em desenvolvimento. Em suma, disse que a China desenvolverá «uma política externa de paz, que será uma força estabilizadora num mundo turbulento».

A presente sessão da APN é a mais importante reunião anual dos deputados chineses e decorre em paralelo com a sessão da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, pelo que ambos os eventos são conhecidos como as «duas sessões».

Desde 4 de Março, ambas as reuniões marcam a actualidade política chinesa, com o debate do relatório sobre o trabalho governamental em 2023 e as perspectivas para o corrente ano.

Entre as metas de desenvolvimento da China para 2024 apontadas pelo primeiro-ministro, Li Qiang, figuram o crescimento económico de cinco por cento e a criação de 12 milhões de postos de trabalho.

 



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