Mais futuro do que história

Um pouco por todo o País, os mi­li­tantes co­mu­nistas por­tu­gueses têm ce­le­brado o 103.º ani­ver­sário do seu Par­tido. No dia 18, entre di­ri­gentes, mi­li­tantes, fun­ci­o­ná­rios e co­la­bo­ra­dores, um al­moço as­si­nalou a efe­mé­ride na So­eiro Pe­reira Gomes, Sede Na­ci­onal do PCP, em Lisboa.

«Tempos de grande exi­gência re­clamam um Par­tido de­ter­mi­nado, coeso e con­victo»

Foi a 6 de Março que o Par­tido ce­le­brou o 103.º ani­ver­sário da sua fun­dação, mas por todo o País estão ainda a de­correr al­moços, jan­tares e di­versas ou­tras ini­ci­a­tivas de co­me­mo­ração destes mais de 100 anos de his­tória ímpar, de de­di­cação e luta contra todas as formas de ex­plo­ração e opressão, pela li­ber­dade, a de­mo­cracia e o so­ci­a­lismo.

Em Lisboa, no dia 18, um al­moço de ani­ver­sário juntou largas de­zenas de ca­ma­radas da es­tru­tura cen­tral do Par­tido na sede cen­tral, na Rua So­eiro Pe­reira Gomes. A in­ter­venção do mo­mento po­lí­tico da ini­ci­a­tiva ficou a cargo de Rui Fer­nandes, membro da Co­missão Po­lí­tica do Co­mité Cen­tral.

«103 anos de vida de um Par­tido, que com le­gí­timo or­gulho, se afirma como par­tido da classe ope­rária e de todos os tra­ba­lha­dores e que no longo tempo da sua exis­tência provou ser a força mais com­ba­tiva e con­se­quente em de­fesa dos in­te­resses dos tra­ba­lha­dores e do nosso povo», co­meçou por as­si­nalar o di­ri­gente. «Um Par­tido firme no seu ideal, que não aban­dona os seus prin­cí­pios. Um Par­tido que não deixa cair o sonho, o pro­jecto po­lí­tico, a acção re­vo­lu­ci­o­nária», acres­centou.

 

Par­tido mais forte para re­no­vadas exi­gên­cias

«Ce­le­bramos o ani­ver­sário do nosso Par­tido quando todos temos a cons­ci­ência de que vi­vemos tempos duros», afirmou, re­fe­rindo-se aos con­flitos como a «bar­bárie que se con­suma na Pa­les­tina», ao re­forço das po­si­ções das forças fas­cistas e ex­trema-di­reita, ao sis­tema ca­pi­ta­lista que apro­funda a sua ex­plo­ração e às po­lí­ticas de di­reita e à so­cial-de­mo­cracia eu­ro­peia «ge­ra­doras de mais mi­séria, guerra e de ata­ques aos di­reitos dos tra­ba­lha­dores». Tempos estes de grande exi­gência que, para o di­ri­gente, re­clamam um «Par­tido Co­mu­nista de­ter­mi­nado, coeso e con­victo».

«O quadro po­lí­tico que vi­vemos im­plica mais luta», ob­servou, «luta que exige um Par­tido mais forte no plano or­gâ­nico, ide­o­ló­gico e fi­nan­ceiro». Mais forte, afirmou igual­mente, «tra­zendo ao Par­tido novos mi­li­tantes, res­pon­sa­bi­li­zando mais ca­ma­radas», di­na­mi­zando a «venda do Avante!», re­for­çando a sua «li­gação à vida» e dando an­da­mento aos eixos apro­vados na Con­fe­rência Na­ci­onal.

 

 



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