Utentes do autocarro Viana do Castelo-Porto voltaram a alertar para a ausência de soluções para os 200 euros mensais da deslocação e para uma «equidade tarifária» com o praticado no País.

A reivindicação consta numa carta-aberta dirigida na passada semana aos presidentes das câmaras (CM) do Porto e de Viana do Castelo, da Área Metropolitana do Porto (AMP) e da Comunidade Intermunicipal do Alto Minho (CIM). No documento, citado pela Lusa, os passageiros lembram que na «reunião promovida pelo presidente da CM do Porto com o presidente da CM de Viana do Castelo», a 11 de Março, «todas as entidades se manifestaram disponíveis para encontrar uma solução que permita a mobilidade em transporte público entre Viana do Castelo e Porto em condições de equidade tarifária com o praticado na generalidade do País». «Apesar da urgência da situação, desconhecem-se quaisquer desenvolvimentos até à presente data», lamentam.

Em Janeiro, os utilizadores do autocarro expresso pela autoestrada A28 entre Viana do Castelo e o Porto, que pagavam 88 euros mensais, passaram a pagar 171,60 euros (22 dias x 2 viagens x 3,90 euros), devido a uma redução do apoio dado pela CM de Viana do Castelo.

Ao longo da campanha eleitoral para as legislativas de 10 de Março, os candidatos da CDU pelo círculo eleitoral de Viana do Castelo propuseram – entre outros investimentos para o transporte público – a criação de um passe nacional intermodal e inter-regional, com um custo de 40 euros mensais, possibilitando as deslocações entre Viana do Castelo e o Porto de comboio ou de autocarro, como muitos utentes necessitam.