Só o voto na CDU conta para desenvolver a Madeira

No sábado, 18, o Secretário-Geral do PCP participa num jantar-comício no Funchal, integrado numa das muitas acções de campanha da CDU para asEleições Legislativas Regionais antecipadas que se realizam a 26 de Maio.

«A justiça social precisa de mais CDU»

Estas regionais ocorrem depois de o Presidente da República ter dissolvido o Parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em Janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.

Ao Avante!, Edgar Silva, primeiro candidato da CDU, salientou que as eleições acontecem «num quadro de brutal agravamento da injustiça social na Madeira e no Porto Santo», onde «cinco por cento da população tem 58 por cento da riqueza criada».

«Nestas eleições, todos quantos querem lutar para que esta Região não continue a ser o lugar onde a pobreza é máxima, onde se praticam os mais baixos salários, onde existem as mais baixas pensões e as mais baixas reformas, aqueles que não aceitam que esta continue a ser a Região mais desigual do País, só podem votar na CDU», apelou.

Ilustrou a situação com os problemas no acesso à saúde, «entre quem fica nas listas de espera para consultas ou cirurgias» e «quem tem dinheiro para resolver o seu problema», ou à habitação, «numa terra onde arrendar uma moradia, e mais ainda comprar casa, passou a ser um privilégio de poucas famílias».

Luta pela subsistência

Nas zonas de ultraperiferia «quase tudo está em falta, desde o esgoto à urbanização» e as escolas «cristalizam as injustiças e as diferenças sociais, no acesso à educação e no acesso à cultura». «O subdesenvolvimento na Região Autónoma da Madeira é uma consequência da falta de investimento público nas localidades ultraperiféricas», denunciou Edgar Silva, reforçando que «o subdesenvolvimento expressa a posição periférica através das necessidades básicas por resolver», ao contrário de outras localidades que, na Madeira e no Porto Santo, «se constituem como centros onde se concentram e acumulam os investimentos».

A CDU não só aponta as responsabilidades dos governantes do PSD e do CDS por estes problemas do subdesenvolvimento, como apresenta propostas concretas para uma necessária alternativa, para a transformação desta realidade estruturalmente injusta.

 

Agravamento das desigualdades

Numa Região que já tinha as maiores desigualdades sociais do País, o problema habitacional está a tornar mais extremadas e ainda mais fundas as desigualdades sociais. «No paraíso privado dos investidores em que se tornou a Madeira, com o Governo PSD/CDS ao serviço dos negociantes e o aumento galopante das rendas, as medidas de apoio público à habitação acabam nas contas de certos senhorios e nas mãos dos especuladores», apontou Edgar Silva, referindo que «este é o maior fracasso» da governação anterior, como «está exposto na extensa lista de espera de milhares de famílias que nesta terra não conseguem uma casa para ter uma vida digna».

Outro indicador das desigualdades é o agravamento dos problemas da exploração e da precariedade laboral.

 

«Desenvolver, Democratizar, Descolonizar»

«Quais são as referências mais fortes do Manifesto Eleitoral e do projecto alternativo defendido pela CDU nestas Eleições Legislativas Regionais?», questionou o Avante!. «A CDU apresenta um projecto alternativo para o desenvolvimento. Nós temos propostas concretas» para «que se cumpra Abril nesta Região, para que a Autonomia se coloque ao serviço dos trabalhadores e do povo», afirmou Edgar Silva, assinalando que, passados 50 anos da Revolução dos Cravos, na Região estão por realizar os «três D, que marcaram o programa político dos Capitães de Abril: Desenvolver, Democratizar, Descolonizar».

Para a CDU é prioritário «Desenvolver», através de «medidas de combate aos enormes abismos sociais e territoriais que caracterizam esta terra»; é urgente dar resposta ao objectivo de «Democratizar», com «medidas concretas para alterar as profundas injustiças sociais, de modo que a democracia económica não continue a ser uma miragem»; é imperioso «Descolonizar», através «de projectos que libertem do que resta do jugo colonial» e «do muito que está enraizado de poderio dos senhores do mando nestas ilhas», assinalou o candidato.

 



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