O talento ao serviço da liberdade de um povo

Paulo Rai­mundo vi­sitou na sexta-feira, 14, a ex­po­sição de pin­tura «Non­vi­o­lent re­sis­tance», da jovem ar­tista plás­tica Rita An­drade, pa­tente até 14 de Julho na Fá­brica do Braço de Prata, em Lisboa. A mostra é cons­ti­tuída por cerca de duas de­zenas de tra­ba­lhos re­la­ci­o­nados com a luta do povo pa­les­ti­niano pelos seus le­gí­timos di­reitos na­ci­o­nais, com a bru­ta­li­dade da ocu­pação is­ra­e­lita e com a hi­po­crisia dos que tanto falam em «di­reitos hu­manos» e «li­ber­dade» e apoiam os crimes que Is­rael co­mete todos os dias na Pa­les­tina ocu­pada.

Al­gumas das obras, conta a ar­tista, foram pro­du­zidas nos úl­timos meses, já com o ac­tual ge­no­cídio em curso; ou­tras, mais an­tigas, não deixam de de­nun­ciar a opressão e a vi­o­lência que marcam desde há dé­cadas o dia-a-dia do povo pa­les­ti­niano, que Rita An­drade tes­te­mu­nhou quando, em 2019, vi­sitou os ter­ri­tó­rios ocu­pados. Nada co­meçou em Ou­tubro de 2023, ga­rantiu.

O Se­cre­tário-Geral do PCP, que já tinha vi­si­tado a an­te­rior ex­po­sição da ar­tista, também sobre a Pa­les­tina, va­lo­rizou o em­penho de Rita An­drade na so­li­da­ri­e­dade com o povo pa­les­ti­niano. Muito em­bora se trate de um con­tri­buto in­di­vi­dual, in­tegra-se numa cres­cente cor­rente co­lec­tiva que exige a paz no Médio Ori­ente e a cri­ação de um Es­tado da Pa­les­tina so­be­rano, in­de­pen­dente e viável nas fron­teiras an­te­ri­ores a Junho de 1967 e com ca­pital em Je­ru­salém Ori­ental.

Me­tade das re­ceitas re­sul­tantes da venda dos tra­ba­lhos re­ver­terá para o ob­jec­tivo de re­tirar uma fa­mília pa­les­ti­niana de Gaza. Uma das cri­anças foi fe­rida há poucos dias, na sequência de um es­ti­lhaço de uma ex­plosão lhe ter mu­ti­lado uma das mãos.

O res­pon­sável pelo es­paço cul­tural fez questão de ir ao en­contro de Paulo Rai­mundo para guiar uma vi­sita àquele que é um dos mais vi­brantes es­paços cul­tu­rais da ca­pital, que acolhe ex­po­si­ções, con­certos e ou­tras ac­ti­vi­dades cul­tu­rais sem nada co­brar aos ar­tistas. Nuno Na­bais contou epi­só­dios da his­tória da an­tiga fá­brica de ma­te­rial mi­litar e deu a co­nhecer al­gumas das di­fi­cul­dades que o pro­jecto cul­tural atra­vessa, em vir­tude das di­fi­cul­dades co­lo­cadas pelo mu­ni­cípio da ca­pital.

 



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