«Regabofe no lay-off» na Autoeuropa

«É pre­ciso acabar com o re­ga­bofe no lay-off», exigiu a FI­E­QUI­METAL/​CGTP-IN, num co­mu­ni­cado emi­tido após uma reu­nião com o se­cre­tário de Es­tado do Tra­balho, na qual co­locou a exi­gência do fim ime­diato do lay-off na VW Au­to­eu­ropa, por este ser des­ne­ces­sário e também para de­fender a Se­gu­rança So­cial.

A fe­de­ração de­fendeu ainda que é pre­ciso pre­servar também «a saúde, o em­prego e as con­di­ções de vida de todos os tra­ba­lha­dores».

«É já a ter­ceira vez que a VW Au­to­eu­ropa re­corre ao lay-off: pri­meiro, foi a falta de chips; de­pois, foram as cheias na Es­lo­vénia; agora, pro­curam jus­ti­ficar com uma crise ine­xis­tente» e, sa­li­enta-se no co­mu­ni­cado, «de todas as vezes, as pri­meiras ví­timas foram os tra­ba­lha­dores com vín­culo pre­cário, nas em­presas for­ne­ce­doras» da Au­to­eu­ropa.

Ao per­mitir e manter esta me­dida, o Go­verno con­tradiz a pro­pa­lada ne­ces­si­dade de sus­ten­ta­bi­li­dade da Se­gu­rança So­cial, pro­cu­rando assim en­con­trar pre­texto para re­duzir a pro­tecção so­cial.

Por outro lado, para cum­prir o vo­lume de pro­dução que tem pre­visto, a ad­mi­nis­tração ace­lera a ca­dência das li­nhas de mon­tagem, im­pondo ritmos de tra­balho de­su­manos, para pro­duzir mais carros em menos dias e com menos tra­ba­lha­dores.

 

Au­mento em 2023

No re­la­tório sobre em­prego e for­mação, re­la­tivo ao ano de 2023, o Centro de Re­la­ções La­bo­rais (en­ti­dade tri­par­tida tu­te­lada pelo Mi­nis­tério do Tra­balho) re­gistou que «1113 en­ti­dades em­pre­ga­doras es­ti­veram em si­tu­ação de lay-off, o que cor­res­pondeu a um au­mento de cerca de 169% face ao pe­ríodo ho­mó­logo». A agência Lusa, no dia 19, re­feriu ainda que foi as­si­na­lada no re­la­tório uma in­versão da ten­dência de de­crés­cimo que se ve­ri­fi­cava desde 2020.

O re­la­tório foi ela­bo­rado a partir das es­ta­tís­ticas da Se­gu­rança So­cial, for­ne­cidas pelo Ins­ti­tuto de In­for­má­tica do Mi­nis­tério, através do Bo­letim es­ta­tís­tico do Ga­bi­nete de Es­tra­tégia e Pla­ne­a­mento (GEP).



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