No sábado em todo o País por «Casa para Viver»

No sá­bado, 28, têm lugar ac­çõespelo di­reito à ha­bi­tação noFun­chal, Guarda, Viseu, Lisboa, Coimbra, Co­vilhã, Faro, Porto, Al­mada, Braga, Gui­ma­rães, Por­timão, San­tarém, Aveiro, Lagos e nou­tras ci­dades do País.

«As di­fi­cul­dades de uns são os lu­cros de ou­tros»

As ini­ci­a­tivas – em mais 20 ci­dades do nosso País – são pro­mo­vidas pela Pla­ta­forma «Casa para Viver», que agrega vá­rios mo­vi­mentos. Um deles, o Porta a Porta lembra as ra­zões por que «saímos à rua pela quarta vez no es­paço de um ano e meio». «Com as pri­meiras três ma­ni­fes­ta­ções con­se­guimos tí­midos avanços. O [an­te­rior] go­verno PS meteu os in­te­resses da­queles que usam as casas para fazer lu­cros, os grandes pro­pri­e­tá­rios e a banca, à frente das ne­ces­si­dades da­queles que pre­cisam de “Casa para Viver” e não rompeu com a po­lí­tica de di­reita. Porém, de­mons­trou-se que outra po­lí­tica é pos­sível e ne­ces­sária», re­fere o mo­vi­mento.

As crí­ticas são agora di­ri­gidas ao ac­tual Exe­cu­tivo PSD-CDS, que agrava «o pro­blema de todos aqueles cujos sa­lá­rios, as re­formas ou as pen­sões ao fim do mês já são curtos ou sim­ples­mente não chegam para pagar a renda ou o cré­dito e con­ti­nuar a ter con­di­ções fi­nan­ceiras para ter dig­ni­dade na vida». «Mas as di­fi­cul­dades de uns são os lu­cros de ou­tros: no pri­meiro se­mestre deste ano, os cinco mai­ores bancos em Por­tugal lu­cram, por dia, 14,5 mi­lhões de euros», in­forma o Porta a Porta, adi­an­tando que «também os grandes se­nho­rios estão a acu­mular lu­cros ex­tra­or­di­ná­rios».

Os pro­testos de sá­bado tem como ob­jec­tivo exigir, entre ou­tras me­didas, baixar e re­gular as rendas para va­lores com­pa­tí­veis com os ren­di­mentos do tra­balho em Por­tugal; au­mentar a du­ração dos con­tratos de ar­ren­da­mento para um pe­ríodo mí­nimo de 10 anos; baixar as pres­ta­ções ban­cá­rias, pondo os lu­cros da banca a pagar, ga­ran­tindo que ne­nhuma fa­mília paga de pres­tação da casa que ha­bita mais de 35 por cento dos seus ren­di­mentos lí­quidos men­sais; au­mentar o parque de ha­bi­tação pú­blica em quan­ti­dade e qua­li­dade e pro­mover com ur­gência a re­a­bi­li­tação dos bairros so­ciais.

Faltam casas em Lisboa
Para ontem, 25, es­tava anun­ciada uma acção de de­núncia – na es­quina da Al­mi­rante Reis com a rua Nova do Des­terro – sobre a «tu­ris­ti­fi­cação» e a falta de casas na ci­dade de Lisboa. «Há mais 25 por cento de sem-abrigos nas ruas de Lisboa. Muitos são gente que vai para o tra­balho todos os dias e não têm di­nheiro para alugar uma casa», re­fere a Pla­ta­forma «Casa para Viver», dando conta de «cada vez mais lis­bo­etas que são ex­pulsos da ci­dade para ser cons­truída uma ci­dade ce­nário para tu­ristas», pre­vendo-se, até 2026, a cons­trução de 36 novos ho­téis e 4424 quartos. Lisboa conta ainda com 24 mil alo­ja­mentos lo­cais e, só entre 2019 e 2022, foram li­cen­ci­ados mais 1139.

 



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