Fim da submissão do País à Vinci

O PCP re­agiu, em nota de im­prensa de dia 18, à en­trega ao Go­verno, pela ANA, de um re­la­tório ini­cial sobre o Novo Ae­ro­porto de Lisboa (NAL), que con­firma a sub­missão do País aos in­te­resses da Vinci.

O Par­tido con­si­dera que tanto o do­cu­mento como as de­cla­ra­ções sobre ele, onde se re­ferem prazos e mon­tantes sem quais­quer ga­ran­tias, deixam adi­vi­nhar a trans­fe­rência de ainda mais re­cursos pú­blicos para Vinci, seja pelo Or­ça­mento do Es­tado ou de fundos co­mu­ni­tá­rios, seja pelo pro­lon­ga­mento da con­cessão dos ae­ro­portos na­ci­o­nais a esta mul­ti­na­ci­onal fran­cesa, «fa­cul­tando-lhe novos e ainda mai­ores lu­cros».

Esta con­cessão por um pe­ríodo de 50 anos (a par da pri­va­ti­zação da ANA) tem re­ve­lado, afirma o PCP, «um ne­gócio ab­so­lu­ta­mente rui­noso para o País», que re­sultou em mais de 20 mil mi­lhões de euros de lu­cros para a mul­ti­na­ci­onal. Do outro lado ficou Por­tugal, que não só perdeu re­ceitas ae­ro­por­tuá­rias, como con­tinua sem ter o NAL.

«Para lá de do­cu­mentos e re­la­tó­rios, o que foi posto em marcha é o pro­lon­ga­mento do tempo de vida do Ae­ro­porto Hum­berto Del­gado, vi­sando alargar a sua ca­pa­ci­dade – in­cluindo com a ex­pansão de Figo Ma­duro – e pro­longar a sua ac­ti­vi­dade no centro da ci­dade de Lisboa», des­tacam os co­mu­nistas.

No co­mu­ni­cado re­fere-se, ainda, as me­didas que se têm de tomar para pôr fim a um ne­gócio de­sas­troso, que apenas be­ne­ficia a Vinci, no­me­a­da­mente o res­gate da con­cessão. O Par­tido de­fende, igual­mente, que se de­sen­volvam todos os es­forços para ga­rantir a cons­trução fa­seada do NAL em seis anos.

 



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