Nicolas Maduro toma posse amanhã como presidente da República Bolivariana da Venezuela

Amanhã, 10, re­a­liza-se em Ca­racas a ce­ri­mónia de ju­ra­mento do pre­si­dente Ni­colás Ma­duro, pe­rante a nova As­sem­bleia Na­ci­onal da Ve­ne­zuela, para o man­dato de 2025-2031. Para hoje está mar­cada uma grande ma­ni­fes­tação em Ca­racas, con­vo­cada pelo Par­tido So­ci­a­lista Uni­fi­cado da Ve­ne­zuela, a que Ma­duro per­tence. Esta é apenas uma das ini­ci­a­tivas mar­cadas para esta se­mana, entre as quais se in­cluem também o início do Con­gresso In­ter­na­ci­onal An­ti­fas­cista, a ins­ta­lação dos «acam­pa­mentos de Poder Po­pular» e uma «ca­ra­vana de mo­to­ri­zadas contra o fas­cismo».

O Tri­bunal Su­premo de Jus­tiça (TSJ) pro­clamou Ma­duro ven­cedor das elei­ções pre­si­den­ciais de Julho, cer­ti­fi­cando os re­sul­tados emi­tidos pelo Con­selho Na­ci­onal Elei­toral (CNE), que apontam a vi­tória de Ni­colás Ma­duro, com 51,92% dos votos vá­lidos. Ed­mundo Gon­zález Ur­rutia, can­di­dato da co­li­gação de ex­trema-di­reita Pla­ta­forma Uni­tária, ficou em se­gundo lugar, com 43,18%.

O TSJ sa­li­entou que o CNE en­tregou todos os do­cu­mentos so­li­ci­tados pelo Tri­bunal para a re­a­li­zação da ve­ri­fi­cação, tal como fi­zeram 33 dos 38 par­tidos po­lí­ticos – ou seja, todos os par­tidos, menos os in­te­grantes da Pla­ta­forma Uni­tária. Também re­cordou que nove dos dez can­di­datos pre­si­den­ciais – com ex­cepção de Gon­zález Ur­rutia, can­di­dato da Pla­ta­forma Uni­tária – com­pa­re­ceram ao tri­bunal para prestar es­cla­re­ci­mentos.

ALBA-TCP contra san­ções ile­gais
A Ali­ança Bo­li­va­riana para os Povos da Nossa Amé­rica-Tra­tado de Co­mércio dos Povos (ALBA-TCP) re­jeita a im­po­sição pelo Ca­nadá de me­didas co­er­civas uni­la­te­rais contra duas de­zenas de res­pon­sá­veis da Re­pú­blica Bo­li­va­riana da Ve­ne­zuela.

A or­ga­ni­zação de co­o­pe­ração la­tino-ame­ri­cana e ca­ri­benha de­nun­ciou que o go­verno do Ca­nadá, tal como o dos EUA, per­siste na sua po­lí­tica de impor me­didas co­er­civas contra fun­ci­o­ná­rios pú­blicos ve­ne­zu­e­lanos.

«Este tipo de ac­ções se­gui­distas do go­verno ca­na­diano jus­ti­fica o tra­ta­mento de­pre­ci­a­tivo que ac­tores po­lí­ticos dos EUA dão a esse país», as­si­nalou. E des­tacou que estas mal cha­madas «san­ções» não são mais do que uma ten­ta­tiva fa­lhada de pres­si­onar o país bo­li­va­riano com o pro­pó­sito de pro­mover a de­ses­ta­bi­li­zação e pro­pi­ciar uma mu­dança de go­verno pela força. Tudo isso, re­alçou, em franca vi­o­lação com os ob­jec­tivos e prin­cí­pios da Carta das Na­ções Unidas e o di­reito in­ter­na­ci­onal.

Já em fins de No­vembro, a ALBA-TCP tinha re­jei­tado «de forma ca­te­gó­rica» as me­didas co­er­civas uni­la­te­rais, ar­bi­trá­rias e ile­gais então im­postas pelos EUA a 21 fun­ci­o­ná­rios ve­ne­zu­e­lanos. A agressão mul­ti­di­men­si­onal dos EUA contra o povo ve­ne­zu­e­lano in­clui mais de 950 me­didas co­er­civas uni­la­te­rais ex­tor­sivas, im­postas desde 2017.



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