FNAM exige seriedade e soluções

Lusa


A Federação Nacional dos Médicos contestou o acordo que o Ministério da Saúde celebrou com o SIM (UGT), a 30 de Dezembro, e requereu a intervenção da DGERT «para que seja reposta a legalidade e desencadeada uma negociação séria e capaz de soluções concretas para todos os médicos, independente do seu vínculo contratual e filiação sindical».

«Sem me­didas que va­lo­rizem re­al­mente os mé­dicos, o SNS con­ti­nuará a perdê-los para o sector pri­vado e es­tran­geiro», pro­testou a FNAM, num co­mu­ni­cado de dia 2. Para a fe­de­ração, o «Mi­nis­tério da Saúde, li­de­rado por Ana Paula Mar­tins, con­tinua a não ga­rantir um sa­lário justo e me­lhoria das con­di­ções de tra­balho para os mé­dicos do Ser­viço Na­ci­onal de Saúde».

Por re­cusar a ne­go­ci­ação com a FNAM, o Mi­nis­tério «deixa os mé­dicos para trás e viola os pro­ce­di­mentos da con­tra­tação co­lec­tiva pre­vistos na lei».

A FNAM afirma que, «para os mé­dicos con­se­guirem repor a perda do poder de compra da úl­tima dé­cada, a ac­tu­a­li­zação sa­la­rial – a ter lugar ainda em 2024 – de­veria ser de 20 por cento». Mas o re­sul­tado do acordo foi «apenas uma ac­tu­a­li­zação de dez por cento, fa­seada ao longo de três anos e não es­tando ainda con­tem­plada a in­flação». «Não há pro­pa­ganda que dis­farce a in­su­fi­ci­ência desta ac­tu­a­li­zação e a es­colha po­lí­tica na sua con­cre­ti­zação», co­menta a FNAM.

Re­cu­sando qual­quer perda de di­reitos, a fe­de­ração exige «me­didas que ga­rantam uma ac­tu­a­li­zação sa­la­rial justa e equi­ta­tiva para todos os mé­dicos in­ternos e es­pe­ci­a­listas, in­de­pen­den­te­mente do seu re­gime de tra­balho e tempo de con­trato». São re­a­fir­madas, entre ou­tras, as rei­vin­di­ca­ções de re­po­sição da se­mana de tra­balho de 35 horas; rein­te­gração de mé­dicos in­ternos na car­reira; con­cursos para as­sis­tente que sejam cé­leres, com re­gras trans­pa­rentes e equi­ta­tivas para todas as áreas pro­fis­si­o­nais; de­di­cação ex­clu­siva de­vi­da­mente ma­jo­rada; re­po­sição dos 25 dias de fé­rias (mais cinco, se go­zados em época baixa; es­ta­tuto de pro­fissão de risco e des­gaste rá­pido; ga­ran­tias de for­mação pós-gra­duada; me­didas ver­da­dei­ra­mente pro­tec­toras da pa­ren­ta­li­dade.

 



Mais artigos de: Trabalhadores

Força das greves fez ouvir reivindicações justas

As lutas em uni­dade e com fir­meza, na Ve­olia (Super Bock), na Atlân­ti­co­line e em cen­tros de dis­tri­buição postal dos CTT, evo­luíram para a con­vo­cação de greves. Só assim mu­daram as po­si­ções pa­tro­nais.

Por negociação sem exclusão FENPROF do lado certo

A FEN­PROF con­testou a forma como foi apre­sen­tado o pro­to­colo sobre a re­visão do Es­ta­tuto da Car­reira Do­cente, tal como o seu con­teúdo. Optou por «ficar do lado dos pro­fes­sores» e não pres­cinde de ne­go­ciar.