Conselho Europeu insiste no militarismo e na guerra

No de­bate re­a­li­zado na sessão ple­nária de Es­tras­burgo, no dia 22 de Ja­neiro, o de­pu­tado do PCP no Par­la­mento Eu­ropeu, João Oli­veira, cri­ticou as con­clu­sões da pri­meira reu­nião do Con­selho Eu­ropeu di­ri­gida pelo novo pre­si­dente da­quele órgão, An­tónio Costa.

O de­pu­tado co­mu­nista des­tacou que tais con­clu­sões «são mo­tivo de pre­o­cu­pação» e que «quem criou ex­pec­ta­tivas» com a eleição de An­tónio Costa «es­tará hoje cer­ta­mente de­si­lu­dido ao ve­ri­ficar que afinal nada mudou nas po­lí­ticas da União Eu­ro­peia».

Con­si­derou que, nas con­clu­sões, bem como na in­ter­venção do pre­si­dente do Con­selho Eu­ropeu no de­bate, «as pre­o­cu­pa­ções com as de­si­gual­dades so­ciais têm apenas lugar de nota de ro­dapé» e «in­sistem no mi­li­ta­rismo, na guerra, na in­dús­tria de ar­ma­mento, no desvio de re­cursos or­ça­men­tais para a pro­dução de armas e mu­ni­ções».

Para João Oli­veira, «nada disso serve os povos, nada disso cor­res­ponde às ne­ces­si­dades e pri­o­ri­dades dos povos, nada disso con­tribui para cons­truir um fu­turo me­lhor». Por isso, fez um «de­safio claro» ao pre­si­dente do Con­selho Eu­ropeu para que co­loque nas pri­o­ri­dades da sua agenda «o au­mento de sa­lá­rios e pen­sões; o di­reito a uma ha­bi­tação digna e aces­sível a todos; o travão ao au­mento do custo de vida; o in­ves­ti­mento nos ser­viços pú­blicos para ga­rantir saúde, edu­cação, pro­tecção so­cial, cul­tura; a cons­trução da paz em vez da in­sis­tência na guerra». E en­fa­tizou que essas ques­tões pri­o­ri­tá­rias são as que cor­res­pondem «às ver­da­deiras ne­ces­si­dades dos povos».





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