Pela efectiva implementação da Educação Sexual nas escolas

A Edu­cação Se­xual nas es­colas, pre­vista na lei, de­veria fun­ci­onar como um «ele­mento cen­tral da po­lí­tica de pro­moção da saúde se­xual e re­pro­du­tiva», as­sume o PCP num pro­jecto de re­so­lução re­cen­te­mente en­tregue na As­sem­bleia da Re­pú­blica, no qual re­co­nhece que a sua real im­ple­men­tação nas es­colas está «aquém do pos­sível». Assim, mais de 20 anos pas­sados «desde a sua con­cepção ini­cial e mais de 10 sobre a sua obri­ga­to­ri­e­dade, é pre­mente a ne­ces­si­dade de uma efec­tiva im­ple­men­tação da Edu­cação Se­xual em meio es­colar, trans­versal e in­ter­dis­ci­plinar, ade­quada às ne­ces­si­dades ac­tuais da ju­ven­tude», acres­centa.

Esta é, para o PCP, uma questão com múl­ti­plas va­lên­cias, ao con­correr desde logo para a «me­lhoria dos re­la­ci­o­na­mentos afec­tivo-se­xuais entre os jo­vens e a com­pre­ensão de si e dos ou­tros, para a pre­venção de ocor­rên­cias ne­ga­tivas que possam de­correr dos com­por­ta­mentos se­xuais» – como gra­videz pre­coce e in­fec­ções se­xu­al­mente trans­mis­sí­veis. É ainda fun­da­mental, acres­centa, para a to­mada de de­ci­sões cons­ci­entes e se­guras e para a pro­tecção face aos vá­rios tipos de ex­plo­ração e abusos se­xuais.

Uma das me­didas que o Par­tido propõe é a ac­tu­a­li­zação dos «pa­râ­me­tros e li­nhas mes­tras da Edu­cação Se­xual para res­ponder aos de­sa­fios do pre­sente e ne­ces­si­dades dos es­tu­dantes, de acordo com as re­co­men­da­ções da OMS, da As­so­ci­ação do Pla­ne­a­mento Fa­mi­liar e da in­ves­ti­gação pro­du­zida nesta ma­téria». A im­ple­men­tação de uma ló­gica par­ti­ci­pa­tiva ba­seada na re­a­li­dade de cada es­cola e de cada turma, o in­cen­tivo à dis­cussão desta te­má­tica fora dos es­paços for­mais e lec­tivos, en­vol­vendo as as­so­ci­a­ções de es­tu­dantes, e o re­forço do nú­mero de téc­nicos es­pe­ci­a­li­zados, no­me­a­da­mente psi­có­logos, nas es­colas pú­blicas, são ou­tras das me­didas in­dis­pen­sá­veis.

A re­a­li­zação das in­ter­ven­ções ne­ces­sá­rias onde se re­giste a falta de es­paço fí­sico ade­quado para im­ple­men­tação do ga­bi­nete de apoio ao aluno, a for­mação per­ma­nente de pro­fes­sores e edu­ca­dores e a ga­rantia de dis­tri­buição gra­tuita de mé­todos an­ti­con­ce­ci­o­nais e ar­tigos de hi­giene mens­trual são também pro­postas dos co­mu­nistas.

 



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