Por horários dignos e contra a repressão no Pingo Doce

Tra­ba­lha­dores do Pingo Doce con­cen­traram-se an­te­ontem junto ao Mi­nis­tério do Tra­balho, em Lisboa, para de­nun­ciar os ata­ques aos seus di­reitos e a re­cusa da em­presa em ne­go­ciar. A acção re­a­lizou-se no dia e no local em que es­tava pre­vista uma reu­nião entre o CESP, o Go­verno e o Grupo Je­ró­nimo Mar­tins (dono do Pingo Doce), ao qual este in­formou an­te­ci­pa­da­mente que não iria com­pa­recer – à se­me­lhança, aliás, do que fez na reu­nião an­te­rior.

O sin­di­cato do co­mércio, es­cri­tó­rios e ser­viços da CGTP-IN acusa a em­presa de con­ti­nuar a atacar os di­reitos con­sa­grados no Con­trato Co­lec­tivo de Tra­balho re­la­ti­va­mente aos ho­rá­rios, de não ga­rantir as con­di­ções de saúde e se­gu­rança nas lojas e de manter prá­ticas de pressão e re­pressão contra os seus só­cios.

O CESP re­corda que o Pingo Doce «tem de fixar os ho­rá­rios com 30 dias de an­te­ce­dência e não os pode al­terar sem o con­sen­ti­mento dos tra­ba­lha­dores», mas que esta não é a re­a­li­dade. Pelo con­trário, a em­presa «ataca rei­te­ra­da­mente o di­reito dos tra­ba­lha­dores à con­ci­li­ação da vida pes­soal com a pro­fis­si­onal». Além disso, as lojas «são in­se­guras, faltam equi­pa­mentos de pro­tecção bá­sicos, o que põe em risco a saúde dos tra­ba­lha­dores». Eram estas ma­té­rias, aliada à re­pressão contra os tra­ba­lha­dores – so­bre­tudo os sin­di­ca­li­zados no CESP – que o sin­di­cato pre­tendia dis­cutir com a em­presa na reu­nião.

 

 



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