Comissão Europeia: mais militarismo, mais neoliberalismo, mais federalismo
«Os primeiros 100 dias de mandato da Comissão Europeia ficam marcados por três mais – mais militarismo e guerra, mais neoliberalismo, mais federalismo», considerou o deputado do PCP, João Oliveira.
Intervindo no passado dia 12, no quadro da sessão plenária do Parlamento Europeu, o eleito comunista português denunciou que a Comissão Europeia não encontrou nem tempo nem vontade para denunciar o genocídio do povo palestiniano, para se demarcar do regime genocida de Israel, de Netanyahu. Não encontrou tempo e recursos para investir na paz e em soluções que garantam a segurança colectiva em toda a Europa. Não encontrou tempo nem recursos para afectar ao combate ao problema da habitação, para melhorar o acesso à saúde e à educação, apoiando as políticas nacionais dos Estados membros.
Segundo João Oliveira, a Comissão Europeia não encontrou tempo nem recursos para responder a estes problemas, mas encontrou 800 mil milhões de euros para fazer a corrida aos armamentos e para apontar ao prolongamento da guerra na Ucrânia. Mais: a Comissão Europeia, nestes primeiros 100 dias, não encontrou soluções para as pequenas e médias empresas, soluções de apoio ao aproveitamento dos recursos produtivos de cada país, mas encontrou uma bússola para a competitividade, para abrir uma autoestrada às grandes multinacionais. Tal como não encontrou o tempo para respeitar os Estados membros nas suas competências próprias, seja em relação ao acordo do Mercosul, seja em relação ao 28.º regime jurídico, e quer avançar no sentido do federalismo.
«Este não é o caminho certo para os povos», reafirmou o deputado do PCP.