Em greve
Anteontem, dia 18, fizeram greve os trabalhadores da Carris, em luta pelo aumento «real e substancial» dos salários e do subsídio de refeição, pela evolução faseada para as 35 horas semanais, pela criação do subsídio compensatório, para os trabalhadores dos sectores fixos, e pelo pagamento das deslocações aos trabalhadores do tráfego, sem a contabilização dos bónus. O STRUP promoveu, de manhã, um plenário em Santo Amaro (na foto), para debater formas de dar seguimento ao combate.
Hoje fazem greve os enfermeiros dos centros de saúde do distrito de Lisboa, organizados no SEP/CGTP-IN. Exigem «o pagamento de toda a remuneração em falta, nomeadamente os retroactivos desde 2018, decorrentes das progressões», bem como conclusão dos concursos das categorias de gestor e especialista, harmonização de condições remuneratórias e de meios, contratação de profissionais, investimento nos cuidados de saúde primários.
Para «impedir a banalização do trabalho suplementar», a FNAM decidiu prolongar, até 11 de Maio, a greve dos médicos, ao trabalho suplementar nos cuidados de saúde primários, marcada até 31 de Março. A federação acusa a ministra da Saúde de não ter iniciado a contratualização para 2025, na maioria das unidades locais de saúde, e de pretender transferir 174 centros de saúde para a gestão privada.
O SNTCT convocou greve na Intelcia, de 17 a 27 de Março, e uma greve de 24 horas, no dia 28, porque «é urgente o aumento negociado dos salários». Num comunicado de dia 14, o sindicato da FECTRANS/CGTP-IN assinalou que estes trabalhadores contribuem para os muitos milhões de euros de lucros obtidos pela MEO (Altice), mas os salários impostos pelas empresas são o mínimo nacional e «alguns prémios sem critérios».
Na Imprensa Nacional Casa da Moeda foi decidido fazer greves de quatro horas, a 30 de Março e 1 de Abril, para exigir aumentos salariais justos e respostas positivas a outras exigências. A decisão, tomada em plenário, no dia 11, é a resposta à intransigência da administração, como acusou a FIEQUIMETAL/CGTP-IN.
Desde dia 14 e até 1 de Abril, os trabalhadores da Cabelte voltam a fazer greves de duas e quatro horas. O SITE Norte prolongou as lutas iniciadas a 31 de Janeiro, por melhores salários, uma 5.ª diuturnidade (prémio de antiguidade na categoria) e trabalho nocturno a partir das 20h00.
Na Schmitt Elevadores, o SITE Norte convocou greves de três horas para 25 a 27 de Março, por aumentos salariais justos, redução do horário de trabalho e negociação do Caderno Reivindicativo.
Por objectivos semelhantes, para 27 e 28 de Março e 3, 4, 10 e 11 de Abri, estão marcadas greves de duas horas, na Manitowoc Crane Group.
Na segunda-feira e até às 6h00 de terça, dia 18, fizeram greve os trabalhadores da Acciona na VW Autoeuropa, em Palmela, pelo aumento real dos salários e melhores condições de trabalho e de vida. A administração da multinacional espanhola – como acusou o SITE Sul – veio propor como aumento o valor da actualização do salário mínimo nacional, que se aplica, por lei, a uma boa parte dos trabalhadores. No subsídio de alimentação, passou de 50 cêntimos para um euro.
Com adesão praticamente total, estimada pelo STAL em 98 por cento, fizeram greve os trabalhadores dos Serviços Municipalizados dos Transportes Urbanos de Coimbra, nos dias 10 a 12 de Março. Com a série de greves iniciada em Fevereiro (e cuja duração, a cada mês, aumenta um dia), os trabalhadores exigem a recuperação das carreiras dos motoristas e mecânicos, o aumento real dos salários, o Suplemento de Penosidade e Insalubridade e 25 dias de férias por ano (tal como os demais funcionários do município).