Face à entrevista de dia 24 ao Secretário-Geral do PCP no Telejornal da RTP das 20 horas, o Partido, informa o Gabinete de Imprensa em nota de dia 25, formalizou queixa junto da Comissão Nacional de Eleições, da Entidade Reguladora para a Comunicação Social e da Comissão da Carteira Profissional de Jornalista.

Para o PCP, «os órgãos de comunicação social – e a televisão pública com responsabilidades acrescidas – assumem um importante papel em períodos eleitorais (como o que vivemos), no quadro dos princípios constitucionais conquistados com a Revolução de Abril, do qual o PCP é um dos principais construtores».

O Partido esclarece, ainda, que «não estão em causa opções editoriais», mas sim os termos em que a entrevista foi conduzida, de forma «absolutamente inaceitável», onde não foi feita uma única pergunta sobre a situação política nacional.

«A liberdade de imprensa não pode ser sinónimo de instrumentalização da titularidade de jornalista para, no uso dessas funções, fazer desaguar as suas concepções ideológicas. José Rodrigues dos Santos tem todo o direito de exercitar esse posicionamento em outros espaços e instrumentos. Mas não pode nem tem o direito, por razões éticas que não apenas deontológicas, de aproveitar um espaço mediático para transformar uma entrevista num ajuste de contas, sublinha o Partido, que classificou a actuação do jornalista como «um desonesto exercício de manipulação».