Frente Comum realiza dia de luta em defesa do SNS

No dia 7, Dia Mundial da Saúde, a Frente Comum organizou diversas acções de luta em todo o País em defesa do SNS e pela valorização dos seus trabalhadores, independentemente da carreira ou profissão.

«Metade do orçamento do SNS é entregue a privados»

«A Frente Comum [de Sindicatos da Administração Pública] realizou nove iniciativas de norte a sul do País, hoje, Dia Mundial da Saúde, em defesa do SNS», afirmou Sebastião Santana, coordenador da estrutura, no decorrer da concentração em frente do Hospital de Vila Franca de Xira, que juntou dezenas de trabalhadores.

«Não queremos um SNS qualquer. Queremos um SNS público, geral, universal e gratuito, que seja o garante a toda a população do acesso a cuidados de saúde à prevenção da doença, tal como diz a Constituição», sublinhou.

O dirigente sindical recordou, sobre o local escolhido para a concentração, que o Hospital de Vila Franca de Xira (que serve cerca de 250 mil habitantes de cinco concelhos) é um dos que «está na calha» para ser transformado em PPP.

«Cerca de metade do orçamento do SNS é entregue a privados, directa ou indirectamente», referiu, acrescentando que «deve haver uma internalização desses valores e desses meios».

Na acção (como nas demais), a Frente Comum distribuiu um panfleto a trabalhadores e utentes em defesa do reforço do SNS e da valorização dos seus profissionais.

Hospital de São João

Também nesta data realizou-se uma concentração no Hospital de São João, Porto, que contou com o Secretário-Geral da CGTP-IN, que, referindo-se à mensagem do primeiro-ministro pelo Dia Mundial da Saúde, acusou o Governo de dizer uma coisa «no sentido de captar o voto», e fazer exactamente o contrário, devalorizando o SNS e os seus profissionais.

Tiago Oliveira lembrou que o Executivo demissionário tomou como opção a entrega do serviço público de saúde aos privados, e recusou a ideia (utilizada como justificação pelo Governo) de que não há dinheiro. «Haver dinheiro há, é preciso é haver opções políticas diferentes», apontou.

O dirigente da Inter deixou, ainda, um apelo aos trabalhadores para fazerem um avaliação do último ano, sob o Governo PSD/CDS, afirmando que «facilmente vão constatar que é muito fácil continuar a prometer, difícil é concretizar o que são as respostas necessárias, nomeadamente no SNS».

A CDU marcou presença nesta acção (como na de Vila Franca de Xira), estando representada pelo candidato Alfredo Maia.

Além destas, decorreram acções em hospitais de Peniche, Almada, Guarda, Portalegre, Faro, Castelo Branco e Coimbra.

 



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