Placa em homenagem a Octávio Pato descerrada em Vila Franca de Xira.
Prossegue a homenagem do Partido a Octávio Pato, por ocasião do seu centenário. Após a inauguração de uma exposição na passada semana, militantes e amigos do Partido juntaram-se, no sábado, 12, para recordar o seu património de intervenção.
Francisco Lopes, membro dos organismos executivos do Comité Central do PCP, e Rui Pato, filho de Octávio Pato, deram início à iniciativa ao inaugurar a placa comemorativa onde lemos: «No centenário de Octávio Pato evocamos a memória do dirigente comunista na terra em que viveu e cresceu», acto que deu lugar a um período de aplausos marcado pelo entusiasmo e orgulho sentido pelos presentes.
Cumprido este primeiro momento, as largas dezenas de camaradas principiaram num desfile até ao Ateneu Artístico Vilafranquense, onde decorreria a segunda parte da sessão. Durante o trajecto foi notória a força dos muitos que pintaram de vermelho as ruas da cidade, mesmo quando a chuva forçava a equilibrar a utilidade do chapéu-de-chuva com o orgulho de levantar bem alto a bandeira do Partido.
Chegados ao auditório do Ateneu, coube a Rodrigo Figueiredo, militante do PCP, dar início à sessão sinalizando a presença da família de Octávio Pato e dando palco à banda Cancioneiro Clandestino, que deixou as emoções à flor da pele com interpretações do Vale Escuro de Adriano Correia de Oliveira e a Jornada de Lopes-Graça.
Seguiram-se as intervenções de Cláudia Martins, membro dos organismos executivos no Concelho e Candidata à Câmara Municipal e de Francisco Lopes.
A candidata realçou a ligação de Octávio Pato à sua terra, onde «organizou a esperança quando tudo parecia perdido» e cedo aprendeu «entre as fábricas e os campos do Ribatejo, que a injustiça não se aceita, combate-se». Rematou afirmando que sendo Vila Franca um concelho que «respira resistência» a melhor forma de o honrar é «continuar a lutar por uma vida melhor nesta terra que nunca aceitou ser pequena.»
Francisco Lopes, por seu lado, lembrou o trajecto do camarada no Partido, desde a adesão e a tortura às mãos da PIDE até ao papel decisivo na Revolução e na elaboração da Constituição. Recordando ainda o contexto do ano de 1941, quando Octávio Pato decide juntar-se ao PCP mesmo «vendo a Europa e o Mundo dominado pelas botas de Hitler e do nazi-fascismo» deixando o conselho, a todos os que ainda não o tenham feito, de «seguir, em 2025, o exemplo de Octávio Pato em 1941.»