Girón, 1961: triunfo de Cuba contra o imperialismo

Os cubanos celebraram a 17 de Abril os 64 anos da vitória de Playa Girón contra uma invasão mercenária que, com o apoio dos EUA, visava derrotar o processo revolucionário nascente em Cuba. Uma celebração que ganha tanto mais significado quando a administração norte-americana agrava o bloqueio.

Playa Girón foi a primeira grande derrota do imperialismo norte-americano na América Latina

O Presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, valorizou a força moral dos cubanos que enfrentaram a invasão mercenária na Playa Girón, em 1961, considerada a primeira grande derrota do imperialismo norte-americano no continente. «Vinham com abundante armamento, o mais moderno, com treino pelo exército norte-americano e apoio de barcos do império. Mas careciam de três armas decisivas: moral, ideais, coragem. Em menos de 72 horas renderam-se perante a moral, os ideais e a coragem do povo cubano», escreveu.

Em 17 de Abril de 1961, mais de 1500 mercenários treinados, armados e equipados pela CIA e o Pentágono, com o apoio directo do exército norte-americano, desembarcaram em território cubano, como parte da Operação Pluto, aprovada pelo presidente norte-americano Dwight Eisenhower no ano anterior. A agressão tinha como propósito instalar uma “testa de ponte” para estabelecer um denominado governo provisório que solicitaria de imediato o reconhecimento e a intervenção dos EUA e da Organização de Estados Americanos.

Previamente ao desembarque mercenário nesse ponto do centro-sul de Cuba, oito aviões B-26 camuflados com falsas insígnias da Força Aérea Revolucionária atacaram os aeroportos de Havana e de Santiago de Cuba.

No dia 16 de Abril, no funeral das vítimas dessa agressão, o líder cubano, Fidel Castro, proclamou o carácter socialista da Revolução Cubana – a «dos humildes, pelos humildes e para os humildes». A partir desse momento, o Exército Rebelde e outras forças populares defenderam a Revolução Socialista. E triunfaram.

As tropas revolucionárias, vitoriosas, fizeram cerca de 1200 prisioneiros, a maioria exilados cubanos, e, a 24 de Abril, o presidente dos EUA, John F. Kennedy, foi obrigado a reconhecer o envolvimento do seu governo na operação.

Solidariedade hoje
Está em curso em Portugal uma campanha de solidariedade com Cuba, cen­trada na re­colha de fundos e de ma­te­rial médico e lú­dico, que se encontra aberta a todos. Para lá da so­li­da­ri­e­dade po­lí­tica, re­for­çando a de­núncia do criminoso blo­queio imposto pelos EUA e a exi­gência do seu fim, a cam­panha tem uma com­po­nente fi­nan­ceira e material.

As con­tri­bui­ções financeiras devem ser feitas através do IBAN PT50 0033 0000 0058 0164 1169 7. Pe­didos de in­for­ma­ções sobre a con­tri­buição ma­te­rial podem ser ob­tidos con­tac­tando c.so­li­da­ri­e­dade.cuba@gmail.com e +351 962 022 208/ 7.

Brin­quedos, ma­te­rial es­colar, me­di­ca­mentos, ma­te­rial hos­pi­talar e equi­pa­mentos geriátricos são os ma­te­riais mais ne­ces­sá­rios e que são solicitados nesta campanha, o que em si mesmo cons­titui uma de­núncia do ca­rácter de­su­mano do blo­queio imposto pelos EUA. Há também ma­te­riais – pins, sacos, ca­dernos e ca­necas – para venda, com o ob­jec­tivo de obter fundos para a cam­panha de solidariedade.

A próxima iniciativa no âmbito da campanha tem lugar no próximo sábado, 26, às 15h30, na Taberna de São Pedro na Afurada, em Vila Nova de Gaia.

 



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