Abril é a vida concreta de cada um

Num al­moço re­a­li­zado no do­mingo, 27, em Serpa, co­me­mo­ra­tivo dos 51 anos da Re­vo­lução de Abril, Paulo Rai­mundo apelou à luta em de­fesa das con­quistas e va­lores de Abril, que são muito con­cretos e têm forte im­pacto na vida das pes­soas.

Os jo­vens devem tomar nas mãos as suas vidas e os seus di­reitos

«É pre­ciso pe­na­lizar os par­tidos res­pon­sá­veis por todas e cada uma das oito ur­gên­cias que estão hoje en­cer­radas no País» e «por todas e cada uma das sete que es­ti­veram en­cer­radas ontem», afirmou o Se­cre­tário-Geral do Par­tido, acres­cen­tando as 19 que es­ti­veram en­cer­radas no an­te­rior fim-de-se­mana.

Paulo Rai­mundo alargou a ne­ces­si­dade de pe­na­li­zação aos «par­tidos das men­tiras», que «vendem ilu­sões à ju­ven­tude»: «so­lu­ções cor-de-rosa, azul às bo­li­nhas dos uni­cór­nios para aqui, dos uni­cór­nios para ali, uni­cór­nios que, tal e qual como sa­bemos, nada têm a ver com a re­a­li­dade», pois esta é mar­cada pelos baixos sa­lá­rios, a pre­ca­ri­e­dade, a di­fi­cul­dade em en­con­trar uma casa que se possa pagar. «É isto que é pos­sível re­solver.» O di­ri­gente co­mu­nista apelou aos jo­vens para que «tomem nas mãos as suas vidas, tomem nas mãos os seus di­reitos, deem um murro na mesa, pro­vo­quem um so­bres­salto».

Após lem­brar que neste úl­timo ano de go­ver­nação AD o cír­culo do dis­trito de Beja não teve qual­quer de­pu­tado eleito pela CDU, Paulo Rai­mundo afirmou que é pre­ciso cor­rigir essa «in­jus­tiça contra o pró­prio povo» e que terá de ser o povo a fazê-lo.

O pri­meiro can­di­dato da CDU pelo cír­culo elei­toral de Beja às le­gis­la­tivas, Ber­nar­dino So­ares, lem­brou que a di­reita e a ex­trema-di­reita ti­veram nas úl­timas elei­ções, no dis­trito, «uma mi­noria de votos, mas ele­geram a mai­oria dos de­pu­tados». Ora, acres­centou, isso su­cedeu porque faltou a eleição do de­pu­tado da CDU. Para que isso não volte a acon­tecer, ga­rantiu, só há uma so­lução: «eleger no­va­mente um de­pu­tado da CDU.»

Ber­nar­dino So­ares in­sistiu na ideia de que «o Baixo Alen­tejo pre­cisa da CDU no Par­la­mento», pois sem eleitos co­mu­nistas e eco­lo­gistas «não está lá nin­guém para de­fender os in­te­resses da re­gião e exigir os in­ves­ti­mentos ne­ces­sá­rios: as es­tradas, a fer­rovia, os mé­dicos, e para de­fender a me­lhoria da qua­li­dade de vida. É para isso que lu­tamos!»

Obra co­lec­tiva a con­ti­nuar
Já o can­di­dato da CDU à pre­si­dência da Câ­mara Mu­ni­cipal de Serpa, João Dias, re­a­firmou o or­gulho pela imensa obra re­a­li­zada ao longo de quase cinco dé­cadas, na Câ­mara Mu­ni­cipal e nas fre­gue­sias do con­celho. Trata-se, re­alçou, de uma re­a­li­zação co­lec­tiva de «cen­tenas e cen­tenas de eleitos ao longo de todos estes anos», entre os quais se in­cluem os que in­te­gram a equipa da CDU que «ac­tu­al­mente gere os des­tinos do nosso con­celho, en­ca­be­çada pelo João Efi­génio».

Para João Dias, se o con­celho de Serpa e as suas fre­gue­sias «não se­riam os mesmos, e es­ta­riam num pa­tamar muito in­fe­rior de de­sen­vol­vi­mento, se a CDU não ti­vesse as­su­mido desde o 25 de Abril as mais altas res­pon­sa­bi­li­dades neste con­celho», também é ver­dade que o poder local de­mo­crá­tico é, por de­fi­nição, «uma obra ina­ca­bada»: e por isso «aqui es­tamos para, dando con­ti­nui­dade ao pro­jecto au­tár­quico da CDU, apro­fundar ainda mais uma gestão de­mo­crá­tica, de pro­xi­mi­dade e ino­va­dora, que res­peita e va­lo­riza os tra­ba­lha­dores da au­tar­quia», con­cluiu.

 



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