Encontro de partidos comunistas em Paris

A convite do Partido Comunista Francês, realizou-se no passado dia 5 de Maio, em Paris, uma reunião entre diversos partidos comunistas no plano europeu, em que participaram o Partido Comunista Austríaco, o Partido dos Trabalhadores da Bélgica, o Partido Comunista da Boémia e Morávia (República Checa), o AKEL (Chipre), o Partido Comunista de Espanha, o Partido da Refundação Comunista (Itália) e o Partido Comunista Português.

A reunião de trabalho proporcionou um espaço de diálogo entre partidos comunistas, que permitiu uma troca de opiniões sobre os desenvolvimentos na situação internacional e, particularmente, na situação da Europa e nos respectivos países, tendo ainda sido apontadas possibilidades do desenvolvimento de linhas de cooperação entre os partidos presentes. O PCP fez-se representar por Pedro Guerreiro, membro do Secretariado do Comité Central do PCP e responsável da Secção Internacional, e por Cristina Cardoso, membro do Comité Central e da Secção Internacional do PCP.

Os partidos presentes tiveram ainda a oportunidade de participar numa conferência realizada na sede nacional do PCF sob o lema «Contra a austeridade e pela paz», que encerrou com a intervenção de Fabien Roussel, Secretário nacional do Partido Comunista Francês.

Transmitindo as saudações fraternais e combativas dos comunistas portugueses, o PCP sublinhou na sua intervenção que uma das tarefas mais importantes dos comunistas na actualidade é promover uma ampla frente em prol da paz e da solidariedade internacionalista com os povos que lutam pelos seus legítimos direitos e soberania, resistindo à ingerência e à agressão do imperialismo.

Entre outros aspectos, salientou que a União Europeia se torna cada vez mais belicista, empenhada em continuar a guerra na Europa, com todas as suas consequências dramáticas e graves perigos, e em obstruir qualquer possibilidade de diálogo que possa abrir caminho à paz e à segurança colectiva na Europa. Satisfazendo as exigências de Trump e da NATO, a UE está a enveredar pelo caminho do militarismo, procurando impor um aumento brutal das despesas militares à custa das condições de vida e dos direitos dos povos.

«Convencidos da nossa razão, não recuando perante a propaganda de guerra, erguemos corajosamente a bandeira da paz, pelo desarmamento, em defesa dos princípios da Carta das Nações Unidas, contra a militarização da UE, pela dissolução da NATO e a favor do estabelecimento de um sistema de segurança colectiva», afirmou.

 



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