Paulo Raimundo destacou a composição das listas, com gente «conhecedora do chão que pisa»:«são estes os nossos rostos e candidatos; são eles que dão a cara por uma larga equipa – uns candidatos, outros não candidatos – em prol da melhoria das condições de vida das populações», sublinhou, em Sesimbra.

Nas sessões, o Secretário-Geral elencou algumas das áreas onde se faz notar o papel determinante dos autarcas da CDU, como é o caso do apoio ao movimento associativo, ao desporto ou a atenção prestada às questões, do ambiente, da educação, da cultura e da habitação.

Em Sesimbra e Alcácer do Sal, lembrou a importância da actuação da CDU que, em ambos, assume a presidência da câmara, em executivos nos quais «trabalho, honestidade, competência» não é slogan, é prática.

O dirigente comunista frisou, ainda, a importância de que cada activista tome a iniciativa, intensificando o esclarecimento, falando com ainda mais gente, e fazendo das eleições um grande momento de mobilização das populações, para que estas sejam não só votantes na CDU, mas, também, construtoras e protagonistas do seu próprio projecto de futuro.

Força unitária e popular
Em Alcácer do Sal, Paulo Raimundo lembrou que a CDU não é apenas mais uma força política, é, sim, uma «frente que une gente independente e, até, apoiantes de outros partidos que sabem que, nas autarquias, a Coligação é o espaço e projecto que garante que se viva melhor em cada terra».

«É, por isso, uma força unitária e popular que responde, a partir dos órgãos autárquicos, aos anseios, interesses e direitos da maioria da população», afirmou.

O Secretário-Geral referiu que a CDU desenvolve um projecto que «respeita os trabalhadores e, desde logo, os das autarquias». Assim é em todos os concelhos de gestão PCP-PEV, nos quais se aplicam as 35 horas semanais e o suplemento de penosidade e insalubridade pelo valor máximo legal, se incentiva a progressão de carreiras pelo recurso à opção gestionária, se procede à majoração de dias de férias e se valorizam as condições de segurança e higiene no trabalho.

300 mil crianças
Referindo que «Sesimbra precisa de mais CDU, e a CDU precisa do povo de Sesimbra ainda mais mobilizado e exigente», o dirigente comunista recordou a data celebrada naquele domingo, o Dia da Criança: «para nós, não é possível continuarmos, no nosso País, numa situação onde temos mais de dois milhões de pessoas a viver na pobreza, 300 mil das quais crianças,[que] seriam 500 mil se não fossem os tais apoios e subsídios que alguns querem acabar».

O Secretário-Geral frisou o confronto e o contraste destes números com a injustiça e a desigualdade reinantes no País, com os grandes grupos económicos a acumular cada vez mais lucros em cima da pobreza dos trabalhadores e do povo. Para citar um exemplo, mencionou o caso da banca, que «encaixa», por dia, 13 milhões de euros de lucros. «Com 13 milhões de euros de lucros por dia era rápido, fácil e de um dia para o outro que se resolvia a pobreza das 300 mil crianças. Não aceitamos que isto possa continuar», vincou.

Construir a terra onde dá gosto viver

A apresentação pública da candidatura da CDU à Câmara Municipal de Alcácer do Sal, realizada na Avenida dos Aviadores, foi um momento de reunião de muitos activistas e apoiantes da CDU, que se juntaram para dar o seu apoio à força de transformação que tem liderado os destinos deste concelho.

Na mesa da iniciativa, apresentada por Ana Mendes, estiveram, além de Paulo Raimundo, André Martelo, do Comité Central, Ângelo Alves, da Comissão Política, Vítor Proença, actual presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal e Arlindo Passos, presidente da União de Freguesias de Alcácer do Sal e Santa Susana e candidato da CDU à presidência do Município nestas eleições autárquicas.

Referindo-se a este projecto que junta gente «dos mais variados quadrantes», Paulo Raimundo destacou o papel determinante das pessoas que compõem este grande projecto autárquico da CDU, pessoas «que querem viver melhor na sua terra e que fazem por isso todos os dias» e gente de «trabalho, honestidade e competência» que não estão cá «para encher listas» ou «fazer corpo presente» mas, sim, «para serem protagonistas e construtores desta que é a sua força».

Continuando a caracterizar a natureza deste projecto, o dirigente comunista afirmou que a CDU é, em Alcácer, o «projecto ao serviço do Rio Sado, da sua divulgação, preservação e fruição»; o projecto «do Nónio e ao serviço da mobilidade das pessoas»; «do parque urbano 25 de Abril e da melhoria do cais da carrasqueira»; assim como o projecto da «requalificação das ruas e do espaço urbano», em particular no Torrão e em Casebres.

É porque «vivemos, sabemos e sentimos os problemas e dificuldades pelas quais passam parte significativa dos que cá vivem e trabalham» que é neste projecto autárquico que a população de Alcácer do Sal encontra as gentes e o programa que correspondem àqueles que são os seus anseios e exigências.

Para além do Secretário-Geral do PCP, interveio Arlindo Passos, que conta com um longo percurso autárquico e no movimento associativo, e que começou por referir que «esta candidatura representa a continuidade de um trabalho sério, feito lado a lado com a população e que queremos levar ainda mais longe».

Foi com esta forma de ser, lado a lado com as populações, «que juntos defendemos a reposição das freguesias, lutámos por melhores serviços de saúde e educação, apoiámos os trabalhadores e valorizámos o movimento associativo» e assim continuará a luta por «melhores salários para os nossos trabalhadores» «o rosto reconhecível do trabalho no nosso concelho», acrescentou.

Lembrando ainda diversos aspectos da obra realizada pela CDU no concelho de Alcácer, assim como na freguesia, desde a construção e inauguração de vários parques infantis, o parque urbano ou o centro náutico, apontou ainda a importância de «investir cada vez mais em políticas de fixação de jovens e novos habitantes» nomeadamente através da «construção de casas a custo controlado».

Os alcacerenses podem contar com a CDU para continuar a construir uma terra onde dá gosto para viver e continuar a avançar nas mais variadas áreas, desde as necessárias obras na Nacional 253 à defesa de um turismo «que potencie a cultura e património» do concelho.

Progresso é marca comum das gestões CDU

Em Sesimbra, a sessão decorreu no Grémio e contou com uma sala cheia de apoiantes convictos da necessidade de reforçar a CDU e reeleger Francisco Jesus como presidente da Câmara.

O candidato destacou a capacidade de intervenção da CDU no Município, onde «mais de 98 por cento das propostas levadas a reunião de câmara foram aprovadas por unanimidade».

Francisco Jesus lembrou algumas das muitas conquistas e, «desde logo, nos serviços da água, com a construção do reservatório do Cabeço de Melão, e a substituição de condutas e dos sistemas de captação e distribuição».

O autarca assinalou, igualmente, a área da higiene urbana e resíduos, na qual a Câmara realizou «um investimento que não teve paralelo na aquisição de novas viaturas, no reforço dos recursos humanos», «no reforço financeiro e de meios para as juntas, na recolha porta-a-porta, nos bioresíduos e na compostagem».

O presidente mencionou, ainda, áreas que deveriam ser responsabilidade do Estado central, mas onde o poder local intervém, como é o caso da educação, recordando a construção a decorrer na Escola Navegador Rodrigues Soromenho, na qual a Câmara já investiu cinco milhões de euros (recebendo, apenas, 700 mil da administração central) e o projecto da nova escola na Quinta do Conde.

«Não concordamos com a “descentralização” de competências para o concelho» e «não vamos deixar de lutar por esse financiamento [do Estado central]», afirmou «mas não vamos ficar à espera».

Em relação à habitação, recordoua construção de 22 fogos de habitação pública na Rua 2 de Abril e de 90 na Cotovia (estes, em curso), a reabilitação de 60 fogos na Almoinha e a requalificação de espaços públicos e exteriores nos bairros de habitação pública.

O edil referiu, ainda, muitas outras realizações da CDU: criação do Gabinete de Apoio ao Movimento Associativo; novos relvados em todos os grandes campos de jogos do concelho; reabilitação da capela de S. Sebastião; criação da Casa da Água; novos parques e substituição de parques infantis; novo espaço público na zona de Negreiros; e criação do Centro de Actividades Ambientais e Desportivas da Lagoa de Albufeira.

Também intervieram Filipa Negrini, da Juventude CDU, que frisou a forma como a Coligação é a única força política que «afirma os jovens como protagonistas do seu projecto»; João Narciso, cabeça-de-lista à Assembleia Municipal (e actual presidente deste órgão), que sublinhou o processo democrático na escolha dos candidatos da CDU às autarquias; e Susana Silva, d’«Os Verdes», que destacou a necessidade de se avançar com uma real regionalização, denunciando a desresponsabilização do Estado com a chamada «descentralização de competências».

No início da sessão, que foi apresentada pela actual vice-presidente da Câmara e mandatária concelhia, Felícia Costa, subiram ao palco os candidatos ao Município e à presidência das juntas.

A presença do Secretário-Geral não se cingiu à sessão, participando no desfile que a antecedeu (animado pelo grupo musical D’Fiesta) e visitando a Feira Festa da Quinta do Conde.