Paulo Raimundo valorizou a «grande sintonia» entre o PCP e o PEV após uma reunião entre os dois partidos que se realizou, no dia 11, em Lisboa. No encontro procedeu-se ao balanço das últimas eleições e à análise do novo quadro político, marcado pelo avanço da direita e pela intensificação da sua política.

«Podemos dizer que há uma grande sintonia face aos desafios que agora se colocam num quadro exigente, em que a direita ganha músculo e fica com campo mais aberto para continuar a sua política antipopular», salientou. O Secretário-Geral comunista, que prestava declarações à imprensa no final do encontro, referia-se aos ataques anunciados à Segurança Social, aos direitos laborais, ao SNS e à lista de privatizações que está em vista. «Podemos dizer que neste quadro mais exigente, cá estamos unidos neste combate à política de direita», afirmou.

De acordo com Paulo Raimundo, esta sintonia sente-se igualmente na «procura das soluções que se impõem na vida das pessoas» e nas próximas eleições autárquicas, plano em que a CDU – que junta o PCP, o PEV e a ID – tem «provas dadas».

Salientando o contributo do PEV, partido com um «número muito significativo de eleitos, com muito trabalho realizado», o dirigente destacou também o papel de muitos independentes e pessoas de outros partidos que, nas autarquias, sabem que é na «CDU que está o seu projecto e o seu programa de acção para viver melhor nas suas terras».

«É com esta confiança que vamos para a batalha das autárquicas. Com 19 municípios em que queremos renovar a nossa gestão e com tantos outros no horizonte, com razões acrescidas, para tentar disputar», acrescentou ainda.

Com Paulo Raimundo, na delegação do PCP, estiveram Jorge Cordeiro, dos organismos executivos do Partido, e Paula Santos, da Comissão Política e presidente do grupo parlamentar comunista.