Venda de Novo Banco é assalto ao povo português

A anunciada venda do Novo Banco a um grupo francês da banca de investimento é o culminar de um processo que representa um «inaceitável assalto aos recursos do povo português», acusou o PCP no dia 13, data em que foi feito anúncio. Este assalto «pode e dever ser travado» e, para isso, o Partido avançará, na Assembleia da República, com uma iniciativa que o impeça e recupere o controlo público do banco, «colocando-o ao serviço do povo e do País».

Para o PCP, este «assalto», comprova a justeza das críticas que o Partido fez a todo o processo de resolução do banco e da sua entrega à Lone Star. Através da distribuição de dividendos, o fundo norte-americano assegurou a recuperação integral dos mil milhões de euros que injectou no capital do banco. Agora, decidindo a sua venda por 6,4 milhões de euros, obterá um resultado de 4,8 milhões de euros sem qualquer investimento próprio. A isto acresce a injecção de mais de 8 mil milhões de euros pelo Estado português no Novo Banco. «O povo português pagou, um fundo dos EUA lucrou e um grupo económico francês ficou com ele», lê-se no comunicado emitido pelo gabinete de imprensa comunista.

O PCP relembra ainda que as opções do governo PSD/CDS nos tempos da troika, «apesar das mentiras de então», foram no sentido de salvaguardar os interesses dos grandes accionistas do BES/GES. Já os seguintes governos PS, «abdicaram do interesse nacional» e «decidiram a venda e o acordo de capital contingente que permitiu a venda ao desbarato dos activos».

Quanto ao actual Governo PSD/CDS, este limitou-se a «observar a entrega do Novo Banco a um grupo estrangeiro, abandonando a sua recuperação pelo Estado», apesar dos 25 por cento de capital que nele detém.

 



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