Voltar a caminhos já trilhados em Montemor-o-Novo

António Pinetra e Gil Porto, dois dos três vereadores da CDU em Montemor-o-Novo, falaram com o Avante! acerca deste último mandato, marcado por um executivo liderado pelo PS em aliança com o CDS, da obra feita pela CDU nos 40 anos anteriores e sobre desafios colocados para vencer a eleição autárquica.

Dar mais força à força do povo

Está claro, «para quem cá vive», aquilo que «era o concelho há quarenta e tal anos e aquilo que é hoje», afirma António Pinetra, reflectindo sobre o trabalho da CDU à frente do município até 2021, numa «actuação virada para criar condições a nível de saúde, educação e tudo aquilo a que as pessoas têm direito.»

Quando, nas últimas eleições, o PS conquistou pela primeira vez a Câmara de Montemor, «estava criada uma ideia de que era necessário mudar», motivada pela propaganda da oposição, mesmo que «dentro das propostas apresentadas, nada estava que pudesse alterar positivamente a vida das populações.» Após as eleições, rapidamente «é feita uma coligação entre o PS e o CDS», mesmo que não oficialmente, como aponta Gil Porto. O vereador eleito nas listas da CDU assinalou ainda a «alteração do ponto de vista da comunicação» e a «suspensão de um conjunto de obras que estavam previstas arrancar» como exemplos da forma como o PS se procurou «descolar da gestão CDU»; intenção que, quanto aos projectos de obras, vinha alicerçada no propósito de os lançar mais tarde, recolhendo assim os méritos. Quantos às obras «colocadas na gaveta» desde 2021, Gil Porto enumera algumas: «a escola de Cortiçadas de Lavre; a escola do Ciborro; a escola n.º1 em Montemor; o cine-teatro Curvo Semedo que tinha um projecto de requalificação; o Convento da Saudação ou a estrada que liga Montemor a Reguengo de São Mateus.». Esta decisão de procurar omitir o papel da CDU no desenvolvimento de todos estes projectos levou à suspensão permanente de vários deles, demonstrando qual o lugar dos problemas reais dos montemorenses na lista de prioridades do PS.

Confrontados com esta realidade, Gil Porto afirma que os vereadores da CDU têm «feito uma oposição clara de alternativa», «sempre confiantes que, em quatro anos, ficasse claro para a população que o que o PS e CDS prometeram não cumpriram.»

Condições para quem cá vive

Se os 40 anos de gestão CDU são lembrados como um «período que transformou Montemor», estes últimos anos, para António Pinetra, são marcados por retrocessos e interrupções «num caminho que vinha sendo percorrido.»

Aquilo que hoje se exige passa por garantir «condições para quem cá vive e quem quer vir para cá viver», aproveitando o território do concelho, requalificando os muitos edifícios que têm essa necessidade e valorizando o trabalho. Sobre este último ponto, o vereador dá o exemplo «da zona industrial da ADUA», que tanto precisa de uma requalificação, sendo que «nem um sinal de trânsito foi lá colocado».

Futuro de Montemor

Se há algo «que estes quatro anos provaram», é que «não há outra forma de desenvolver o concelho que não seja com a CDU», afirma António Pinetra, considerando que «estão criadas as condições para que a CDU possa retomar a gestão do concelho.»

O programa eleitoral da CDU «não deve ser muito diferente daquilo que fizemos até há quatro anos», sendo que é determinante «dar prioridade às requalificações urbanas, aos caminhos que ligam as freguesias, à manutençãodas infra-estruturas culturais e desportivas e à questão da habitação.» Quanto a este último aspecto, o vereador refere que «existem muitas casas fechadas e degradadas, algumas que nem se sabe quem são os proprietários» sendo necessário tomar medidas para «criar habitação social».

O ambiente também não é esquecido, com destaque para a luta pela retirada dos camiões transportadores de matéria perigosa do centro da cidade, realidade que representa um perigo para os munícipes em caso de acidente. A CDU tem-se «batido ao longo dos anos», defendendo a solução de «fazer o desvio pela autoestrada», solução barrada pelos governos e contrária aos «interesses das concessionárias.»

 

Construir com o movimento associativo

O projecto autárquico da CDU destaca-se pela forma como conhece a realidade em que intervém, mas também pela maneira como procura desenvolver, junto das populações, os concelhos e freguesias que as mesmas imaginam. Um dos aspectos centrais desta forma de estar é o contacto permanente com o movimento associativo que dinamiza cultural e desportivamente as regiões.

Neste quesito, o vereador António Pinetra salienta o trabalho dos executivos da CDU que procuraram criar uma «dinâmica cultural do agrado de toda a gente», privilegiando o contacto com as populações e agentes culturais, desenvolvendo «iniciativas para todas as faixas etárias, desde festivais para os mais jovens a folclore e fado para os mais antigos».

O vereador Gil Porto apontou ainda que «não tem sido trabalhado com o movimento associativo o desenvolvimento de novas propostas», mantendo-se somente «iniciativas culturais e desportivas» criadas no período em que a CDU liderou a Câmara.

 

Eleger Carlos Pinto de Sá presidente da Câmara

Urge retomar um caminho de progresso no concelho e, para que isso seja realidade, a CDU apresenta Carlos Pinto de Sá, actual presidente da Câmara de Évora, ao município de Montemor-o-Novo. O professor de Economia já desempenhou, entre 1994 e 2012, as funções de presidente da Câmara de Montemor.

Na apresentação dos primeiros candidatos às juntas de freguesia e à Assembleia Municipal, no passado dia 17, Carlos Pinto de Sá afirmou a importância de «voltar a ter uma estratégia de desenvolvimento integrada», alicerçada na «economia local, a área social, o ambiente, a cultura e a participação popular.»

Destacando o «compromisso com o acolhimento, integração e apoio a quem escolheu o concelho para residir e trabalhar», o candidato lembrou que «nada está garantido senão a nossa forte vontade» e que é «com trabalho que lá chegaremos.»



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