Mundo do trabalho deve vir para o debate
«O problema do mundo do trabalho e o desequilíbrio entre o capital e o trabalho na sociedade portuguesa deve ter uma grande centralidade no debate das eleições presidenciais», defendeu António Filipe, dia 1, no final de uma reunião, a seu pedido, com o Secretário-Geral da CGTP-IN e outros dirigentes da confederação.
Os demais candidatos presidenciais «devem dar a sua opinião» também sobre a alteração da legislação laboral. O candidato apoiado pelo PCP observou que o PR «tem competências na fase final do processo legislativo», mas «o que consta do anteprojecto do Governo representa uma séria ameaça aos direitos dos trabalhadores».
Em declarações aos jornalistas, António Filipe lembrou que a Constituição «tem uma sólida armadura, relativamente à defesa de direitos históricos dos trabalhadores, e deve ser cumprida». Salientou ser «importante que a legislação não desvirtue ainda mais aquilo que consta da Constituição».
Pouco depois, também Tiago Oliveira falou sobre a reunião «bastante positiva» com António Filipe, reconhecendo que há «uma grande comunhão nas preocupações e nos objectivos a atingir de futuro».
O Secretário-Geral da CGTP-IN realçou que cabe ao Presidente da República «cumprir e fazer cumprir a Constituição», pelo que é importante que todos os candidatos se pronunciem sobre a revisão da legislação laboral. Acentuou a necessidade de «trazer esta discussão cada vez mais para a sociedade».