Agressão imperialista

Líbia quer a paz<br>mas a NATO faz guerra

O pre­si­dente da Líbia, Mu­ammar Kah­dafi, aceita não in­te­grar even­tuais ne­go­ci­a­ções para pôr fim ao con­flito ar­mado no país, mas a Ali­ança Atlân­tica con­tinua os bom­bar­de­a­mentos mos­trando que só co­nhece o ca­minho da guerra.

«Kah­dafi aceita que o diá­logo ocorra sem a sua pre­sença»

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Após uma reu­nião da co­missão de me­di­a­dores da União Afri­cana (UA) re­a­li­zada em Pre­tória, na África do Sul, os chefes de Es­tado sul-afri­cano, do Congo, da Mau­ri­tânia, do Mali e do Uganda anun­ci­aram que o di­ri­gente líbio não co­loca en­traves a que o diá­logo ocorra sem a sua pre­sença.

Neste con­texto, a UA apelou «às partes em con­flito para que ini­ciem um diá­logo na­ci­onal com vista a um cessar-fogo global, uma re­con­ci­li­ação na­ci­onal e ao es­ta­be­le­ci­mento de dis­po­si­ções para a tran­sição».

Na ca­pital sul-afri­cana, so­bres­saíram ainda as crí­ticas duras do pre­si­dente do país, Jacob Zuma, à NATO. Para Zuma, é ur­gente pôr cobro aos bom­bar­de­a­mentos da Ali­ança Atlân­tica, até porque, in­sistiu, «a fi­na­li­dade da re­so­lução 1973 não era au­to­rizar uma cam­panha para uma mu­dança de re­gime ou um as­sas­sínio po­lí­tico».

Re­a­gindo à reu­nião da co­missão de me­di­a­dores da UA, as au­to­ri­dades de Tri­poli rei­te­raram ainda que aceitam a re­a­li­zação de elei­ções li­vres no prazo de um ano, mas os re­beldes re­jeitam tal pro­posta e in­sistem no aban­dono de Kah­dafi, isto é, na ab­di­cação da es­tru­tura de poder vi­gente.

Apesar do im­passe mi­litar no ter­reno, os amo­ti­nados sentem a força do man­dato de cap­tura emi­tido pelo Tri­bunal Penal In­ter­na­ci­onal contra Kah­dafi e dois ou­tros di­ri­gentes lí­bios por ale­gados crimes contra a hu­ma­ni­dade, e, so­bre­tudo, sabem estar res­pal­dados pelos bom­bar­de­a­mentos da NATO, os quais, nos úl­timos dias, obri­garam a um recuo das forças ar­madas no su­do­este do País.

O li­geiro avanço das mi­lí­cias de Ben­gasi tem cus­tado a morte de cen­tenas de civis lí­bios. Ainda na pas­sada se­mana, pelo menos 15 pes­soas mor­reram num bom­bar­de­a­mento da Ali­ança Atlân­tica em Brega, acon­te­ci­mento que a NATO re­jeita ser da sua res­pon­sa­bi­li­dade, ao mesmo tempo que re­cusa sus­pender os bom­bar­de­a­mentos, mesmo quando um dos países in­te­grantes da agressão im­pe­ri­a­lista, a Itália, apela à sus­pensão dos ata­ques para evitar o avo­lumar do drama hu­ma­ni­tário.



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