Na vanguarda da luta pelos direitos

O Partido dos trabalhadores

A ac­ti­vi­dade dos eleitos co­mu­nistas dá ex­pressão ins­ti­tu­ci­onal à luta que se trava nas em­presas e lo­cais de tra­balho em de­fesa do em­prego e dos di­reitos.

Os de­pu­tados co­mu­nistas dão voz aos tra­ba­lha­dores

O de­pu­tado Jorge Ma­chado apre­sentou um re­que­ri­mento ao Mi­nis­tério da Eco­nomia e do Em­prego sobre a «grave si­tu­ação no sector cor­ti­ceiro em Santa Maria da Feira». O eleito co­mu­nista alerta para o agra­va­mento ve­ri­fi­cado nos úl­timos meses em vá­rias em­presas do sector, de que o en­cer­ra­mento dos grupos «Su­bercor» e «Jo­a­quim Lima» – que pro­vocou cen­tenas de des­pe­di­mentos – é o mais fla­grante exemplo. Mas não é o único, alerta Jorge Ma­chado, cha­mando a atenção para a «ins­ta­bi­li­dade so­cial» ve­ri­fi­cada em im­por­tantes uni­dades in­dus­triais do sector cor­ti­ceiro. 
Para o de­pu­tado co­mu­nista, para quem a origem do pro­blema re­side na «con­cen­tração e con­trolo ace­le­rado da pro­dução e co­mer­ci­a­li­zação num grupo res­trito de grandes mo­no­pó­lios, onde se des­taca, como é sa­bido, o de Amé­rico Amorim», isto é par­ti­cu­lar­mente evi­dente em em­presas como a «Abel da Costa Ta­vares», a «Álvaro Co­elho & Ir­mãos», a «Mun­dial Cor­tiças», a «Ju­venal Fer­reira da Silva» ou a «Co­elho Cork», que passam por pro­cessos de des­pe­di­mento e, muitas delas, em risco de en­cerrar. Do Go­verno, o PCP exige me­didas ac­tivas para de­fender os di­reitos dos tra­ba­lha­dores, os postos de tra­balho e o pró­prio fu­turo do sector cor­ti­ceiro.
Num outro re­que­ri­mento, apre­sen­tado por Bruno Dias, Fran­cisco Lopes e José Al­berto Lou­renço, o PCP de­nuncia as ile­ga­li­dades co­me­tidas na «Lis­nave Yards»: se­gundo in­for­mação pres­tada ao PCP pelo SITE SUL, o pa­trão li­mita-se a in­formar os tra­ba­lha­dores, no final da jor­nada, se estes têm que con­ti­nuar a la­borar e du­rante quantas horas mais, o que, lem­bram os de­pu­tados co­mu­nistas, «não tem qual­quer co­ber­tura legal». Para que tudo es­ti­vesse con­forme a lei, a em­presa tinha de ter um ho­rário pre­vi­a­mente es­ta­be­le­cido e pa­recer da co­missão sin­dical. 
Como o PCP e as or­ga­ni­za­ções re­pre­sen­ta­tivas dos tra­ba­lha­dores sempre afir­maram – e a ACT con­firmou re­cen­te­mente – «ne­nhum tra­ba­lhador pode ser obri­gado a fazer horas su­ple­men­tares “à borla” du­rante a se­mana, sá­bado ou fe­riado, sem que es­teja ela­bo­rado um ho­rário, com início e termo da jor­nada de tra­balho e pa­recer da co­missão sin­dical», lê-se numa nota de im­prensa da Di­recção da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal de Se­túbal sobre este as­sunto.

De­fender a pesca

O de­pu­tado do PCP ao Par­la­mento Eu­ropeu, João Fer­reira, es­teve no dia 18 em con­tacto com as co­mu­ni­dades pis­ca­tó­rias de Se­túbal e da Costa da Ca­pa­rica, em Al­mada, a dar conta das con­clu­sões do re­la­tório sobre a Pe­quena Pesca Cos­teira, a Pesca Ar­te­sanal e a Re­forma da Po­lí­tica Comum de Pescas, ela­bo­rado por si e apro­vado pelo Par­la­mento Eu­ropeu. Entre ou­tras ques­tões, o re­la­tório prevê apoios à cons­trução de infra-es­tru­turas como portos de pesca e ins­ta­la­ções para o de­sem­barque, ar­ma­ze­na­mento e venda dos pro­dutos da pesca e a formas de as­so­ci­ação, or­ga­ni­zação e co­o­pe­ração dos pro­fis­si­o­nais do sector, bem como a cri­ação de me­ca­nismo de apoio para si­tu­a­ções de emer­gência e a ins­tau­ração de com­pen­sa­ções fi­nan­ceiras du­rante os pe­ríodos de pa­ragem bi­o­ló­gica.
Va­lo­ri­zando a im­por­tância da apro­vação do do­cu­mento, João Fer­reira acres­centou que o mesmo, por si só, não tem «força de lei», pois será através da vo­tação final do Par­la­mento e do Con­selho eu­ro­peus que se irá de­ter­minar o fu­turo da Po­lí­tica Comum de Pescas. Para o Par­tido, cabe ao Go­verno exigir que, no âm­bito do Quadro Co­mu­ni­tário de Apoio, através do Fundo Eu­ropeu das Pescas, sejam uti­li­zadas as verbas para a cons­trução das infra-es­tru­turas ne­ces­sá­rias para o de­sen­vol­vi­mento da ac­ti­vi­dade pis­ca­tória, para criar mais em­prego e re­novar a Frota Pes­queira Na­ci­onal.



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